sexta-feira, 1 de julho de 2011

Oposição quer convocar Pimentel a explicar fusão do Pão de Açúcar


O líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA), protocolou requerimento na Comissão de Defesa do Consumidor para convocar o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a esclarecer na Casa a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na operação da possível fusão entre as redes atacadistas Pão de Açúcar e Carrefour.

No requerimento, ACM Neto argumenta que “toda a população brasileira” deve ser “penalizada” com a injeção de recursos do BNDES na operação privada e solicita a presença de Pimentel para explicar os motivos que levaram o banco a adotar tal decisão.

“Julgamos conveniente ouvir o ministro a respeito da operação mais recentemente anunciada e de outras ocorridas no passado recente. Teríamos também a oportunidade de questionar Fernando Pimentel acerca do papel que deve desempenhar o BNDES em nossa economia, bem como dos critérios adotados pela instituição para contemplar as empresas com seu apoio financeiro”, justificou ACM Neto.

O grupo francês Carrefour anunciou nesta terça (28) ter recebido uma proposta de fusão de ativos no Brasil com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), holding que detém as lojas do Pão de Açúcar, Compre Bem e Extra. Segundo a nota do Carrefour, a proposta foi apresentada na segunda (27) pela empresa brasileira Gama, que pertence ao fundo BTG Pactual, do investidor André Esteves, com o apoio financeiro de R$ 4 bilhões do BNDES.

Na mesma comissão, ACM também protocolou requerimento solicitando a realização de audiência pública com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o professor do Departamento de Economia da PUC-RJ, Rogério L. Furquim Werneck, sobre a fusão.

“Julgamos apropriado convidar pessoas altamente preparadas e capacitadas para esclarecer as várias dúvidas que recaem sobre essas operações que contam com o apoio financeiro governamental”, argumentou o líder do DEM no pedido.

O líder do DEM ainda apresentou pedido de informação ao Ministério do Desenvolvimento para obter mais detalhes das operações.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário