quarta-feira, 31 de março de 2010

CURTINHA DO DIA: PAC 2, planejamento ou enganação?



O governo federal lançou nesta segunda feira o PAC 2, com quase 1 trilhão de reais de investimento para os próximos quatro anos. Setores como energia e habitação serão priorizados nesse segundo momento. Contudo não se entende esse lançamento precoce, haja vista que o PAC 1 não chegou nem perto de ser finalizado com apenas 40% das ações da 1ª etapa concluído.

As direções nacionais do DEM, PSDB e PPS divulgaram nota conjunta em que criticam o novo Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2. Para a oposição o PAC 2 nada mais é que uma farsa que tem cunho eleitoral. Para o presidente Lula, "É pensando quatro anos para frente que a gente pode construir esse país mais rapidamente". Contudo o tom eleitoral se fez presente com o discurso da ministra Dilma que voltou a criticar governos passados, “foram superadas décadas de estagnação”. Para a pré-candidata do PV Marina Silva, PAC “é colagem de obras”.

Na Bahia o lançamento do PAC 2 não foi tolerado, em nota publicada no site Bahia Noticia o Deputado ACM Neto (DEM), afirmou que o governador Jaques Wagner (PT) ao invés de ir a Brasília para celebrar o lançamento do PAC 2, deveria ficar na Bahia para fazer com que PAC 1 saia do papel. Segundo os Democratas das 115 obras previstas para a Bahia no PAC 1, apenas 20 foram entregues.

Agora a pergunta fica no ar, o lançamento do PAC 2 é resultado de um planejamento a longo prazo ou é apenas um ato eleitoreiro?

CURTINHA DO DIA: Ressuscitando o Carlismo.



O governador Jaques Wagner conseguir ressuscitar o Carlismo na Bahia, não que o Carlismo seja positivo ou negativo a questão aqui não é essa. A discussão principal é que em tempos de situação o Carlismo era constantemente criticado pelo PT partido do nosso governador, que durante as eleições passada não poupou criticas a esse grupo político. Hoje os criticados do passado recente voltaram a terem os holofotes em sua direção, já que o nosso governador exalta a capacidade política dos membros do antigo Carlismo, como César Borges e Otto de Alencar. Agora a pergunta fica no ar, acreditemos nas criticas do passado ou nos elogios do presente?

sábado, 27 de março de 2010

Segurança Pública - Um desafio político na América Latina


Durante o seminário internacional de “Segurança Pública” – Um desafio Político na America Latina, promovido pela Fundação Liberdade e Cidadania, entidade ligada ao partido Democrata e Fundação Konrad Adeneauer, ocorrido no Hotel Pestana em Salvador, reuniu especialistas em segurança pública do Brasil, México, Paraguai, Venezuela, Chile, Argentina, Panamá e Colômbia.

Ficou claro que o grande problema da America Latina é o trafico de drogas. Para Cesar Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro a repressão mexe no preço das drogas não na oferta. Ou seja, é necessário um trabalho eficiente e continuo para que a oferta seja atingida.

Para Paola Holguín, assessora do Presidente da Colômbia, é necessária fortalecer a Democracia e acabar com brigas entre esquerda e direita, a segurança não é divisora de ideologias.

A questão da insegurança na Bahia não foi esquecida no seminário. Logo na abertura o Dr. Peter Fischer-Bolin, representante no Brasil da Fundação Konrad Adenauer, citou que na sua passagem pela Bahia em férias familiares na capital baiana, ao se deslocar para o interior baiano passando por Feira de Santana, tomou conhecimento de três homicídios na cidade, ao perguntar sobre o assunto foi informado que o acontecimento era normal na região.

O parlamentar ACM Neto, declarou que no Brasil, o modelo de segurança pública está muito dependente dos governos federal e estadual. É preciso uma maior participação das prefeituras. Já o presidente do PSDB baiano, Antonio Imbassahy, afirmou que nos últimos três anos, enquanto em São Paulo o número de homicídios caiu 39%, em Salvador houve um aumento de 90%. Logo em seguida Imbassahy perguntou: O que mudou? As pessoas, a legislação, não. Mudo o governo. O governo é incompetente e incapaz de fazer uma boa gestão na segurança pública como vem sendo realizado em São Paulo.

O governo da Bahia foi mais uma vez criticado pelo secretário de segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, que condenou o descaso e a falta de investimento na polícia técnica baiana e afirmou que o investimento na polícia técnica de São Paulo é fundamental para o esclarecimento de crimes através da produção de laudos e apresentação de provas consistentes. Já o ex-secretário nacional de segurança criticou a propaganda do governo baiano que responsabiliza o crack por 80% dos homicídios na Bahia.

O que pudemos observar no seminário além das mazelas da America Latina, é que a Bahia vive um momento crítico no que tange a segurança pública e o pior é que as ações não vêm sendo tomadas como deveriam ser. A falta de investimento na segurança é o principal responsável pelo crescimento alarmante de homicídios na Bahia.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Educação: Fiquem atentos eles querem nos enganar.



É certo que a educação é o alicerce de qualquer nação que almeje ser grande, contudo com o Brasil parece ser diferente. A educação continua não sendo levada a serio. Em todos os ramos da gestão pública observamos a falta de ações e projetos para que a educação no Brasil seja aprimorada. Os poucos investimentos voltados à educação continuam sendo realizados sem nexo nem ordem.


No que se referem ao governo federal, os paliativos criados acabam gerando uma educação de má qualidade e uma grande proliferação de faculdades com nenhuma preocupação com a qualidade do ensino e sim, só apenas com o retorno dos investimentos realizados.


Quando falo em paliativos, me refiro aos programas do governo federal que ajudam os jovens a ingressarem no ensino superior, como: Prouni, Fies, Enem. Gostaria de salientar que sou a favor desses programas, que visão minimizar o déficit educacional no Brasil, como também pela certeza que as faculdades públicas, sejam elas federais ou estaduais não atendem a demanda que o estado necessita. O grande problema é que a base continua sendo deixada de lado, não se tem bons frutos com raízes fracas.


O Ministério da Educação (MEC) reprovou 36,3% dos 4.819 cursos de ensino superior avaliados no Enade, o exame nacional de desempenho dos estudantes realizado no ano passado. Ao todo, 1.752 cursos das 30 áreas submetidas ao Enade tiraram as notas 1 e 2, as mais baixas da avaliação. Somente 6% dos cursos receberam a nota 5, a maior do Enade. Enquanto 23,26% das públicas tiraram desempenho muito bom ou excelente (notas 4 e 5), somente 6,8% das privadas conseguiram o mesmo resultado.


Veja agora como o nosso governo investe na educação de base do Brasil:


INVESTIMENTO DIRETO EM EDUCAÇÃO BÁSICA (% DO PIB)
Educação infantil 0,4%
Ensino Fundamental I 1,5%
Ensino Fundamental II 1,4%
Ensino Médio 0,6%
Total da educação básica 3,9%

Os números acima ilustram meu descontentamento com os investimentos voltados a educação de base. Com investimentos como esses como podemos usar a educação como principal e talvez único meio de mudança, e dissolvimento das diferenças tão impregnada na sociedade brasileira.


Caro leitor, você sabe por que a maioria dos alunos do nível superior em faculdades publica são da classe média? Porque esses tiveram um ensino base de qualidade, enquanto a maioria da população tem que se virar com os 3,9% do PIB voltados à educação básica no país.


É um fato que os investimentos voltados à educação são feitos de forma fracamente eleitoreira, como dizia Anísio Teixeira. Só se investe no ensino superior, pois lá estão os votos. Essa é a minha triste conclusão.


Ministério da Educação: http://portal.mec.gov.br/index.php
Todos pela educação: http://www.todospelaeducacao.org.br/Numeros.aspx?action=1

terça-feira, 2 de março de 2010

Grito de Alerta



Meus caros leitores, mais uma vez nós seremos protagonistas do futuro da política brasileira, as eleições se aproximam e com ela a oportunidade de fazermos uma mudança no cenário político nacional. Não vamos mais uma vez perder essa oportunidade, pois no final somos nós que fazemos a diferença.


É necessário que haja um maior envolvimento sobre os assuntos pertinentes a nossa coletividade, e a política é um dos alicerces principais da mudança que tanto almejamos.


Os discursos são importantes, os debates também, porém os projetos são mais importantes ainda. A nossa sociedade necessita de estadistas, de pessoas que pensem nas próximas gerações e trabalhem para oferecer a mesma um futuro com maiores possibilidades e dignidade.


Minha intenção não é indicar esse ou aquele candidato, mas sim despertar em você o interesse político, e fazê-lo perceber que a política está inserida em nosso dia-dia. Seja na saúde, educação, segurança, habitação, alimentação, entre outros fatores tudo envolve a política e o candidato que você escolheu.


A nossa jovem Democracia necessita da sua participação para chegar à fase adulta, e essa fase só será alcançada quando a população do nosso país em sua maioria souber usar de forma coerente as ferramentas que o sistema democrático oferece e que tanto lutamos para conquistar.


Como dizia o filósofo francês Joseph De Maistre (1753-1821) crítico da revolução francesa, inimigos das republicas e defensor das monarquias e do papa durante anos. “Cada povo tem o governo que merece.” A expressão não crítica os maus governos, mas sim aos responsáveis pela eleição de seus representantes.


Portanto, aos eleitores eu peço sabedoria e serenidade na escolha dos seus candidatos, pois os mesmos estarão escolhendo seus representantes. Aos candidatos peço que pensem nas próximas gerações e não nas próximas eleições. Ou seja, a mudança que tanto almejamos está em nossas mãos.