quarta-feira, 31 de agosto de 2011

DEM garante 30% do Pronatec para regiões Norte e Nordeste


A Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira, 31, emenda do Democratas de autoria da deputada Professora Dorinha (TO) e subscrita pelo deputado Onyx Lorenzoni (RS), que propõe que 30% do que será investido na ampliação dos cursos técnicos e profissionalizantes do Pronatec possam ser destinados às regiões Norte e Nordeste. Para o líder do Democratas na Câmara, ACM Neto, essa é uma questão de justiça social e de focar o olhar numa região que é bem mais pobre e padece de problemas sociais graves.

“O Norte e Nordeste do Brasil precisam de mais atenção do poder público e podem ter, na oportunidade do ensino técnico profissionalizante , o surgimento de uma vida nova de esperança”, disse. “Esse não é assunto de governo e oposição. É de justiça social. É um projeto importante porque incide numa das mais importantes carências brasileiras, justamente no grau médio”, completou.

De acordo com ACM Neto, integrantes do PT articularam para derrubar a emenda. “Eles precisam entender que quando o assunto é bom para o País, tem o apoio do Democratas. Por isso que melhoramos o projeto e destinamos mais vagas ao Norte e Nordeste, regiões mais carentes”, disse.

Fonte: Assessoria de imprensa


ACM Neto diz que aprovação da Emenda 29 é prioridade


Enquanto líderes do governo querem recriar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) sob a forma de CSS (Contribuição Social para a Saúde), as mortes nas filas dos hospitais aumentam pela falta de investimento na saúde na mesma proporção em que o governo quebra um recorde no controle do trabalho da Câmara. No primeiro semestre, o governo impediu a votação de propostas legislativas enviando ao Congresso Medidas Provisórias e Projetos de Lei em regime de urgência. Pela primeira vez na história do Legislativo, a pauta do plenário da Casa esteve trancada todos os dias do primeiro semestre.

“Enquanto isso, as pessoas morrem nas filas dos hospitais e temos que nos deparar com notícias de grávidas perdendo seus filhos. Tudo por falta de vontade política em votar a Emenda 29”, indignou-se o líder do Democratas, ACM Neto (BA). O governo alega que, se aprovada, a proposta pode aumentar os gastos da União com a saúde sem previsão de receitas para isso. “É lamentável. Para nós, a aprovação da Emenda 29 é uma prioridade. Esperamos que os deputados governistas entendam que a Câmara precisa ter independência para votar de acordo com os interesses da sociedade”, concluiu Neto.

O deputado Ronaldo Caiado (GO) afirmou que nos últimos dois anos o governo fez o impossível para adiar a votação da Emenda. “Se aprovarmos essa medida injetaremos R$ 35 bi na saúde, mas o Palácio do Planalto e a base governista preferem negociatas do BNDES com a Petrobras. Na hora que é dinheiro para a saúde, a argumentação é de que precisam economizar. Economizam com a vida do cidadão. É um total desapego com a vida das pessoas”, disse. “Nenhum brasileiro quer um imposto novo. Querem recursos bem investidos em saúde e querem que suas famílias não morram nas filas dos hospitais. Para capitalizar Petrobras, emprestar dinheiro ao FMI e aumentar gastos não precisa de imposto”, concluiu.

Para o baiano Cláudio Cajado, o problema no governo é a falta de critérios. “Governar é uma questão de prioridade, e prioridade é a saúde. Tem gente morrendo nas UTIs e a especialidade do governo parece ser somente a de criar novos impostos”, pontuou.

Fonte: Agência Liderança


Nêumanne e os termidorianos Roberto Romano - O Estado de S.Paulo - 26 de agosto de 2011


O livro de José Nêumanne Pinto O que Sei de Lula ajuda a reflexão ética e política. As suas páginas ultrapassam a figura do suposto pai da Pátria. Elas narram, em surdina, o golpe político encenado pelos que se abrigam no Partido dos Trabalhadores e em agremiações similares. Nêumanne traça um retrato fiel do proprietário no condomínio petista. Os fatos brotam diante de nossos olhos e têm como base a experiência pessoal do autor e documentos ou testemunhos de pessoas que seguiram a carreira do líder. O seu relato segue o preceito de Tucídides e Tácito: nada adiantar sem provas e, sempre, manter a isenção de ânimo.

O livro narra as agruras, as idiossincrasias, as matreirices do personagem que, ainda hoje, governa o Brasil. A cada instante fica bem claro que a cadeira da Presidência da República é ocupada por certa personalidade vicária, à espera de um retorno triunfal, em 2014, do verdadeiro dono. Tudo indica a prática de um império de tipo cesarista: populismo, propaganda, cargos e recursos públicos em favor de um homem. Temos aí a face visível da tragédia. A escondida indica o oportunismo das esquerdas, que, para chegarem ao poder, jogaram às urtigas ideologias, programas, posturas éticas.

Na história política moderna, este não é o primeiro golpe da esquerda para garantir aos seus líderes as benesses palacianas. Um intelectual insuspeito, porque fiel à ideologia, Alain Badiou prova que o Termidor, quando acabou a Revolução Francesa, se deveu aos jacobinos. "Os termidorianos históricos não são aristocratas, restauradores, ou mesmo girondinos. São as pessoas da maioria robespierrista na Convenção" (1). Os partidários do Incorruptível - apelido de Robespierre - aboliram as teses revolucionárias. "Meditar sobre a corrupção", adianta Badiou, "com certeza não é inútil hoje. (...) Sylvain Lazarus mostrou que "corrupção" designa inicialmente a precariedade política, ligada ao seu princípio real subjetivo (a virtude, os princípios). E depois, como resultado, vemos a corrupção material. Um termidoriano, em sua essência política, é um corrompido. O que significa: um aproveitador da precariedade das convicções (e das vontades). Aliás, os termidorianos históricos são, o dossiê é claro, corrompidos no sentido usual". Primeiro os valores éticos são alardeados, depois eles se transformam, na metamorfose ambulante, em "bravatas".

Após anos proclamando a virtude, a facção jacobina decidiu melhorar sua vida rifando os antigos ideais? Negativo. A corrupção não caiu nas hostes da esquerda de repente. A historiografia da Revolução Francesa evidencia, com documentos e relatos de vida, a maneira como líderes "puros" e "inflexíveis", que usavam a guilhotina contra adversários, se foram apropriando desde cedo da riqueza pública em proveito pessoal. Quem deseja se informar leia o dossiê, publicado por Michel Benoit, 1793, a República da Tentação, um Caso de Corrupção na Primeira República (2). O autor narra a odisseia de Claude Bazire e seus pares, todos da ala radical esquerdista. Um caso basta: em 1792 foi roubado o armário com joias da antiga Coroa francesa. "O ministro Roland, ao informar a Assembleia sobre o roubo, tinha apontado com o dedo os verdadeiros responsáveis: a Comuna Insurrecional e o Comitê de Vigilância, do qual Bazire e Chabot eram integrantes, mas ele não denunciou os verdadeiros culpados, por insuficiência de provas..." (3). As estripulias dos "puros" aumentaram com a impunidade, até que eles foram condenados por corrupção.

O exemplo francês teve antecedentes de corrupção e voracidade de poder na Revolução Puritana da Inglaterra, no século 17. Os radicais exigiam que os governantes e juízes prestassem contas à cidadania dos recursos humanos e materiais sob sua responsabilidade. Falamos da famosa accountability. No entanto, com o avanço do movimento, a morte do rei, os cargos de mando serviram como aperitivo saboroso para os que se designavam santos incorruptíveis. John Milton, o poeta revolucionário, bem antes que morresse a República ditatorial inaugurada por Cromwell, desencantou-se com os líderes corrompidos. E veio a trama do monumental poema O Paraíso Perdido. Os comandantes revolucionários são retratados como anjos caídos. Em vez de libertar os ingleses, eles, radicais, fizeram o contrário de Moisés, pois instalaram um pandemônio de servidão como se levassem o povo eleito de volta ao Egito... Maiores informações podem ser lidas no insuspeito historiador, porque marxista, Christopher Hill (4).

Quem se corrompe e renega ideais costuma apelar para o realismo político. Mas o cacoete maquiavélico é confissão de algo sinistro: a hipocrisia disfarçava, sob os rostos imaculados e as falas virtuosas dos supostos jacobinos, o vulgar oportunismo. A traição dos militantes e líderes da esquerda ao seu discurso anterior não muda o fato brutal, a ganância pelo poder a qualquer custo. Sem a corrupção ética da esquerda, o sr. da Silva não teria a força que lhe garantiu o Planalto duas vezes e, mesmo, o conduzirá à Presidência em 2014. Lúcido Elias Canetti: "Nunca vi um homem vituperando contra o poder sem o secreto desejo de possuí-lo". Os hipócritas jamais perdoarão a José Nêumanne Pinto o seu ato, corajoso ao extremo, de rasgar a máscara da virtude ostentada no passado por quem, hoje, elogia a desfaçatez como artifício político. Ler as páginas desse livro é um exercício de lucidez histórica.

(1) O que é um termidoriano?, no livro editado por C. Kintzler A República e o Terror (Paris, Kimé, 1995).

(2) Paris, L"Armançon Ed., 2008.

(3) Benoit, página 61.

(4) Milton e a Revolução Inglesa (Penguin, 1979).

FILÓSOFO, PROFESSOR DE ÉTICA E FILOSOFIA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP), É AUTOR, ENTRE OUTROS LIVROS, DE ''O CALDEIRÃO DE MEDEIA'' (PERSPECTIVA)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

'Lula não é de esquerda, é um conservador e grande conciliador', diz jornalista autor de livro sobre ex-presidente.



SÃO PAULO - Observador privilegiado da ascensão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde os tempos de líder sindical no ABC paulista, o jornalista e escritor José Nêumanne Pinto defende em seu livro lançado na semana passada, "O que sei de Lula", a desmistificação do petista como um revolucionário e representante da esquerda brasileira. Ele considera Lula o maior político que o país já teve, mas diz que, na essência, ele é um "conservadoraço". Nêumanne acompanhou, como repórter, de perto a rotina de Lula no tempo das greves no ABC e chegaram a ser amigos. Mas, com a eleição de Lula, a relação acabou.


Eu sempre me rebelei com a imagem que foi sendo feita ao longo do tempo e pensei: eu tenho o privilégio de conhecer bem o assunto, a origem, a saga dele e o fato de ele nunca ter sido revolucionário de esquerda. Escrevi esse livro ao sabor da memória - conta.

O GLOBO: Qual a maior revelação que o livro traz?

JOSÉ NÊUMANNE PINTO: É que o Lula não é de esquerda, é um conservador e grande conciliador.

O GLOBO: Além de dizer que Lula nunca foi de esquerda, o senhor questiona o mito em que ele se transformou. O que o fez chegar a essa conclusão?

NÊUMANNE: Isso não é uma opinião. Eu mostro isso com episódios. Entre 1978 e 1979 eu fui procurado pelo Claudio Lembo, presidente da Arena na época, porque ele tinha uma missão. O general Golbery do Couto e Silva queria fazer a volta dos exilados e queria apoio do Lula. A reunião foi em um sítio do sindicato e lá eu ouvi o Lula dizer: Dr Claudio, fala para o general que eu não entro nessa porque eu quero que esses caras se danem. Os caras estão lá tomando vinho e vêm para cá mandar em nós? O Lula falava que a igreja tinha 2 mil anos de dívidas com a classe trabalhadora e que não resolveria em dois anos. Com os estudantes dizia que poderia fazer um pacto: eles não encheriam o saco do sindicato e o sindicato não encheria o deles. Isso tudo eu vi, ninguém me contou. Ele é um conservadoraço. Nunca foi revolucionário.

O GLOBO:Mas e a história dele com o PT?

NÊUMANNE: Eu costumo usar a seguinte imagem para ilustrar a história da esquerda na vida dele. Pense numa cebola. O núcleo da cebola é o homem. O resto é casca ideológica e política construída ao longo do tempo. O meu objetivo era descascar essa cebola e chegar ao homem, porque eu acho que o segredo do sucesso do Lula é a condição humana dele, a origem, o ambiente familiar, a carreira no sindicato e, sobretudo, dois talentos, que não têm nada a ver com ideologia. O primeiro é o talento que ele tem de se comunicar. O segundo é que Lula é o maior de todos os conciliadores da história do Brasil. O Lula conseguiu um milagre. Quando eu conheci o Lula se falava muito que a esquerda brasileira só se reunia na cadeia, porque eram todos inimigos. E o Lula foi o primeiro cara que uniu a esquerda mesmo sem ser de esquerda.

O GLOBO: Qual dessas caraterísticas é, na sua opinião, a responsável por torná-lo, como o sr. diz, o maior político do Brasil?

NÊUMANNE: Ele é o maior político brasileiro e eu não considero isso necessariamente um elogio. Você sabe o que é o político brasileiro? É o cara que faz qualquer coisa para ficar no poder e isso é o Lula. A primeira vez que eu usei essa expressão o Serra (ex-governador José Serra) me chamou e disse que Getúlio Vargas era o maior político que o país havia tido. Eu falei: Serra, o Getúlio meteu uma bala no peito por causa de uma corrupçãozinha por causa de um segurança do pai dele. O Lula administrou uma quadrilha chamada mensalão e a oposição não tem um cara para enfrentá-lo na eleição. Nunca houve um conciliador como Lula.

O GLOBO: Isso foi aprendido ou é inato?

NÊUMANNE: É inato e foi desenvolvido. Quando eu conheci o Lula ele não tinha noção desses talentos. Nas primeiras entrevistas que eu fiz com ele na época do sindicato ele era terrível, despreparado. Eu fui vendo, aos poucos, ele se transformar num cara genial, no meu melhor entrevistado. O talento de conciliador ele descobriu no bar da Tia Rosa, em frente ao sindicato em São Bernardo do Campo, onde fazia as negociações quando sindicalista. O PT que Lula fundou é a soma dos sindicalistas autênticos, a Igreja progressista e a esquerda armada.

O GLOBO: Todos esses setores tinham como plano usá-lo para chegar ao poder, mas foi ele quem acabou usando todos eles?

NÊUMANNE: Eu defendo isso no livro. Primeiro o Golbery pensou que ia dominar o Lula. A igreja tentou usá-lo, mas na primeira oportunidade ele jogou a esquerda para escanteio ao escolher o José Alencar para vice, representante de um partido evangélico.

O GLOBO: E o ex-ministro José Dirceu?

NÊUMANNE: O Lula usou o Zé Dirceu. O PT era esfacelado e o Lula não tinha domínio sobre o PT. O Zé Dirceu é quem tinha e deu o domínio a Lula. Primeira chance que ele teve, despachou o Zé Dirceu. Eu sempre achei que o projeto do Lula era o Palocci (ex-ministro da Fazenda na gestão Lula).

O GLOBO: O senhor diz que Lula não mudou tanto nesses quase 40 anos, contrariando o que diz o próprio. Em que ele continua o mesmo?

NÊUMANNE: Apesar de ele dizer que é uma metamorfose ambulante, ele não mudou. Ele usa os mesmos métodos. No palanque nos tempos do sindicalismo a primeira coisa que eu aprendi foi o método dele. Ele botava dois companheiros para defender teses diferentes. Um a favor de manter a greve e o outro contra. Ele olhava a reação do povo e decidia. Esse é o cara que colocou Dirceu versus Palocci. Ele governa na cizânia. Ele tem a sabedoria ancestral de dividir para reinar. Um repórter da revista Playboy perguntou a ele quais eram as duas maiores personalidades do século 20? Ele disse Gandhi e Hitler. Um pacifista e um assassino. Isso é ele.

O GLOBO: Você acredita que ele voltará a disputar a Presidência?

NÊUMANNE: Cada dia mais eu me convenço de que esse é o plano dele.

O GLOBO: Há algo que você sabe sobre Lula e não está no livro?

NÊUMANNE: Tem coisas que não dá para contar. Tem coisas que eu não posso provar e, se escrevo, ou vou para a cadeia ou tomo um tiro.

Fonte: O Globo

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Oposição garante aumento do Bolsa Família


O Congresso Nacional (sessão conjunta da Câmara e do Senado) aprovou nesta quinta-feira quatro projetos de crédito suplementar para custear programas e ações a serem implementadas neste ano e que não haviam sido incluídos no Orçamento. O principal deles (PLN 1/11) abre crédito suplementar no valor de R$755 milhões para pagar o reajuste dos benefícios do programa Bolsa Família. O menor valor pago passou de R$22 para R$32, e o maior passou de R$200 para R$242. Os recursos estão sendo retirados da reserva de contingência do Orçamento. Os valores foram reajustados por decreto, em março.

Também foi aprovado o PLN 4/11, que abre crédito suplementar no valor de R$205,6 milhões para viabilizar o programa Brasil Sem Miséria, por meio de ações dos ministérios do Meio Ambiente, da Integração Nacional e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Os recursos serão utilizados pelos três ministérios, respectivamente, no pagamento pela prestação de serviços de conservação de recursos naturais no meio rural, como forma de incentivar o uso sustentável da natureza; em obras para fornecimento de água potável; e em capacitação profissional.

Os parlamentares aprovaram ainda o PLN 9/11, que concede um total de R$48 milhões à Justiça Eleitoral, à Justiça do Trabalho e à Secretaria dos Portos da Presidência da República. Desse valor, R$21 milhões destinam-se à Justiça do Trabalho para diversas obras, como a construção de fóruns trabalhistas e edifícios-sede em cidades da Bahia, do Maranhão, de Goiás, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Na Secretaria de Portos, outros R$14,7 milhões servirão para a conclusão de obras de dragagem em diversos portos brasileiros; para a recuperação de áreas do Porto de São Francisco do Sul (SC); e para finalizar o reforço da estrutura de abrigo do Porto de Itajaí (SC).

Por fim, foi aprovado o PLN 17/11, que abre crédito suplementar no valor de R$150,6 milhões para os ministérios da Justiça e da Defesa. Esses recursos serão investidos nas defensorias públicas, hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, compra de viaturas para penitenciárias e ações do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol). Outra parte dos recursos financiará obras das Forças Armadas.

Vetos - "Apoiamos os programas e esperamos que o governo mantenha um canal de diálogo aberto, porque queremos votar os vetos do Orçamento de 2011, dos royalties do pré-sal e os da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)", disse o líder do Democratas, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto.

A vice-presidente da Câmara e da Mesa do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), disse que tem havido negligência quanto aos vetos, que não têm sido lidos nas sessões conjuntas (a leitura marca o início da tramitação). Ela disse que vai tentar negociar um prazo para colocá-los em votação.

O vice-líder do governo no Congresso Gilmar Machado (PT-MG) disse que tentará construir uma pauta de votações nas sessões do Congresso todas as semanas.

Fonte: www.acmneto.com.br


‘É o momento das oposições apresentarem uma candidatura única’, diz Aleluia


A oposição ao governo Jaques Wagner parece mesmo está imbuída em torno de um projeto único para a disputa as eleições municipais de 2012. Em entrevista à Rádio Metrópole, nesta sexta-feira (26), o presidente do Democratas na Bahia, José Carlos Aleluia, mostrou-se totalmente disposto a caminhar junto com outros partidos para tentar vencer a disputa pela Prefeitura de Salvador.

Aleluia acredita que é possível administrar Salvador, desde que tenha experiência e saiba eleger prioridades. Para tanto admitiu que a oposição conversa em busca de um único nome. “É o momento das oposições tentarem apresentar uma candidatura única, desejável que seja no primeiro turno. Sou favorável e estou trabalhando no sentido de unir os partidos que querem algo diferente para Salvador”, disse o ex-deputado.

Quando questionado o porquê não lançar seu próprio nome como pré-candidato ou do deputado federal ACM Neto, Aleluia reafirmou o desejo de união. “O Neto é meu companheiro, do meu partido, tem o desejo, como tenho também. Mas quando se quer buscar a unidade, não se pode impor nome. Nem o PMDB, nem ninguém está impondo nada. É buscar como se pode fazer essa união e, sobretudo, qual o projeto comum para Salvador”, disse.

Erro da oposição na eleição passada

A vitória de Jaques Wagner de forma expressiva na eleição de 2010 foi, em parte, devida ao erro de estratégia da oposição. É o que admite José Carlos Aleluia, que, se coloca como um dos responsáveis pelo erro. “Tínhamos candidatos com bom potencial, que era o caso do Paulo Souto e do Geddel, mas terminamos montando chapas separadas com dificuldades estruturais e todas terminaram melancolicamente”.

Cenário Político

O ex-deputado também falou sobre a crise enfrentada pela presidente Dilma Rousseff, diante de denúncias de corrupção contra seus ministros, e opinou o que falta para a criação de uma CPI. “O cidadão não está satisfeito. Há um divórcio entre o que pensa o cidadão comum e os interesses eleitorais dos deputados. Não há políticos interessados em representar essas ideias, em representar a sociedade”, disparou.

Fonte: Metrópole FM

Ouça entrevista completa: http://tinyurl.com/3b9g39g



Aleluia denuncia retenção de cotas do ICMS pelo governo


“O governador Jaques Wagner precisa explicar por que o governo não fez o repasse das cotas do ICMS para os municípios na última terça-feira. Afinal nunca antes na história da Bahia aconteceu um fato dessa natureza”, cobra o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia.


Segundo o líder oposicionista, a transferência dos recursos aos municípios sempre foi realizada às terças-feiras. “Mas, na semana passada, isso não aconteceu para prejuízo das 517 prefeituras baianas, cuja grande maioria enfrenta dificuldades com arrecadação e depende do repasse para fechar as contas”, reclama.


Aleluia critica o silêncio da UPB, entidade representativa das prefeituras, sobre o problema. “Infelizmente não podemos esperar outro comportamento de uma instituição que foi aparelhada pelo governo e seu presidente petista passeia pela Europa”.


Na avaliação do presidente democrata, a retenção do dinheiro das prefeituras só pode ter sido motivada pela necessidade de tapar alguns dos inúmeros rombos existentes nas finanças estaduais.

“Os escandalosos gastos com a reeleição causaram desequilíbrio nas contas do estado e o Ministério Público e os Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios precisam averiguar essa situação, em que, para cobrir rombos, nem os recursos das prefeituras estão sendo respeitados”, alerta Aleluia.


Fonte: Imprensa Democratas Bahia


Aleluia: Juiz contraria interesse de vice e é desqualificado na imprensa


“O vice-governador Otto Alencar aprendeu rápido o modus operandi petista. Bastou o juiz federal Salomão Viana, do TRE, ter o devido cuidado na apuração das listas de apoio ao PSD na Bahia, para o neo-aliado petista contrariado tentar desqualificá-lo e intimidá-lo pela imprensa”, comenta o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia.


Para o líder oposicionista, o histórico do juiz Salomão Viana é de seriedade e de rigor legal, por isso não surpreende a decisão de revisar as suspeitas listas de apoio dos 313 municípios baianos ao PSD. “Não poderia se esperar outro comportamento de um magistrado com essas características diante de um processo de registro partidário cheio de fraudes e irregularidades”.


Aleluia observa que, ao contrário do dito pelo vice-governador, pretenso presidente do PSD baiano, não é só na Bahia em que a Justiça Eleitoral está cumprindo sua obrigação de analisar cuidadosamente o processo de registro do novo partido. “Em São Paulo, foram detectadas várias fraudes e irregularidades. O mesmo ocorre no Rio de Janeiro, Paraná e Amazonas, estados em que a Justiça vem tomando medidas que, para infelicidade do vice neo-aliado, vão inviabilizar o PSD para as eleições de 2012”.


Na avaliação do presidente democrata, o desespero já tomou conta dos inventores do PSD diante da impossibilidade de cumprimento dos prazos regulamentares. “Para queimar etapas, eles agora estão apelando para que o TSE descumpra uma norma criada pelo próprio Tribunal. O desespero é sintoma de insanidade, minha gente!”.


Fonte: Imprensa Democratas Bahia


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Saída de vereadoras favorece planos do DEM de cacifar ACM Neto para 2012


Vista como mais um sinal do esvaziamento do DEM em Salvador, a liberação das vereadoras Andrea Mendonça e Tia Eron para filiação a outras legendas esconde, na verdade, uma estratégia do Democratas para melhorar a performance legislativa da sigla nas próximas eleições municipais e, ao mesmo tempo, fortalecer a candidatura do partido à Prefeitura, que, tudo indica, deve ser assumida pelo deputado federal ACM Neto.

Há pelo menos quatro meses, a direção do DEM na capital baiana investe pesado na identificação de lideranças de bairros e candidaturas de perfil essencialmente popular para lançar à Câmara Municipal, em substituição a quadros já estabelecidos na agremiação. Dessa forma, pretende encravar a pré-candidatura de ACM Neto em grotões da periferia onde, na sucessão passada, ele demonstrou mais fragilidade.

O partido parte do pressuposto de que as legendas que já tiverem vereadores, candidatos naturais à reeleição, serão aquelas que enfrentarão mais problemas para eleger bancadas à Câmara, a exemplo do PMDB, do PSDB e até do PT. “Vai ser um salve-se quem puder nestas legendas, daí a estratégia diferenciada que o DEM está trilhando”, diz um membro do partido, explicando a opção da sigla por “zerar” a bancada a partir de agora na Câmara.

A contrapartida oferecida pela agremiação aos quadros que contacta no subúrbio é exatamente a certeza de que, tendo agora um candidato a prefeito que, segundo as últimas pesquisas de opinião, aparece como favorito, eles terão a garantia de que o voto de legenda deve alavancar bastante seus nomes em 2012. “Uma mão lava a outra nesse processo e todo mundo está entendendo a estratégia”, completa o mesmo quadro democrata.

Ele acrescenta que ainda não pode contar com essa possibilidade, que está sendo discutida no Congresso, mas afirma que se a obrigatoriedade das coligações proporcionais for extinta até o próximo pleito, o DEM contará com mais esta mudança a seu favor, no sentido de fazer uma bancada considerável na Câmara Municipal que será eleita no próximo ano.

Fonte: Política Livre

Aleluia: Wagner revela tolerância com corrupção


“O mais sintomático da entrevista do governador Jaques Wagner à imprensa nacional não foi a sua descabida pretensão presidencial, mas a tolerância que manifestou com relação à corrupção”, observa o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia.


O líder oposicionista destaca as falas do governador baiano, registradas na edição do jornal Valor Econômico, de quarta-feira. “No almoço com empresário, em São Paulo, ao ser questionado sobre as várias denúncias de corrupção no Governo Dilma, Wagner disse que ‘o governo não pode fazer do combate à corrupção bandeira de governo’”.


Mas o pior, acentua Aleluia, foi o dito posteriormente pelo governador. “Wagner falou que combater a corrupção ‘seria um desserviço ao Brasil’. Segundo as palavras ditas pelo governante baiano: ‘não estamos em um patamar (de corrupção) que assuste, no mundo todo há esse problema’”.


“Alto lá, seu Wagner. Como é que não assusta a queda de três ministros em menos de oito meses sob acusações de corrupção e um quarto sob sérias suspeitas também?”,questiona Aleluia, querendo saber ainda: “Em qual país do mundo há essa epidemia de corrupção na atualidade?”.


Para o presidente democrata, a população brasileira escorchada pela maior carga tributária do mundo não admite que o dinheiro público arrecadado com os impostos seja desviado impunemente pela corrupção que assola o País.


“O povo quer tolerância zero. O governador Jaques Wagner está na contramão da história ao revelar sua tolerância com a corrupção. Ainda bem que a péssima administração que faz na Bahia já não o habilita a concorrer a mais nenhum cargo de gestor público, muito menos para a Presidência da República”, diz Aleluia.


Fonte: Imprensa Democratas

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CORRUPÇÃO NO TURISMO JÁ AVANÇA SOBRE A COPA


Investigação do Ministério Público, iniciada no ano passado, já havia constatado fraude e desvio de dinheiro público em convênio de R$ 1,1 milhão do Ministério do Turismo com a Associação Brasileira de Transportes Aéreos (Abetar). Mesmo assim, o contrato destinado à qualificação de pessoal para o Mundial de 2014 foi ampliado em março pelo ministro Pedro Novais. Segundo o MPF, há fortes indícios de que o presidente da Abetar superfaturava preços, simulava serviços e ainda contratava, sem licitação, empresas fantasmas ou de fachada em nome de filha, sobrinho, amigos ou pessoas ligadas a ele. Em depoimento ontem, no Senado, Novais voltou a defender os convênios assinados com a Abetar.

Ministro Pedro Novais ampliou convênio de qualificação de pessoal para o Mundial de 2014 investigado pela Procuradoria da RepúblicaNotíciaGráfico

O ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), prorrogou convênio alvo de fraude e de desvio de dinheiro público, apesar das apurações do Ministério Público Federal. A pasta repassou R$ 1,1 milhão para a Associação Brasileira de Transportes Aéreos Regionais (Abetar) para capacitação profissional visando a Copa do Mundo. O inquérito materializa a preocupação do Palácio do Planalto com a corrupção envolvendo projetos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O dinheiro fazia parte do programa Bem Qualificar Copa.

A decisão do ministro, que assinou a prorrogação do convênio, foi publicada no Diário Oficial da União em 17 de março de 2011, quase um ano depois da prorrogação assinada pelo então secretário-executivo Mário Moyses. A pasta já havia desembolsado no ano anterior todo o valor previsto no contrato. Antes mesmo do fim do convênio, em 7 de julho, a Abetar pediu ao ministério um novo prazo para concluir os cursos e o aditivo de R$ 553,8 mil. Com base em nota técnica assinada pela ex-coordenadora de Qualificação Freda Dias, o pedido foi aceito e a prorrogação de ofício, validada até 2013 pelo ex-secretário executivo Frederico Silva da Costa.

A Abetar, que já recebeu R$ 4,5 milhões do governo federal em outros contratos, deveria oferecer cursos de qualificação à distância para funcionários de empresas aéreas e dos aeroportos regionais. As investigações da Procuradoria da República em São Paulo e da Polícia Federal revelam indícios de má aplicação dos recursos, superfaturamento, favorecimento de diretores da entidade e uso de empresas fantasmas. A análise do material didático mostra ainda a utilização de trechos copiados da internet e de cursos de capacitação de grandes empresas brasileiras. O conteúdo dos cursos incluía aulas de ética, cidadania e comportamento.

A apuração começou no ano passado pela Procuradoria da República em São José dos Campos (SP). Segundo o MPF, a diretoria da Abetar contratava — sem licitação — empresas ligadas ao presidente da entidade, Apóstole Lazaro Chryssafidis, o Lack, para executar serviços previstos no convênio. Uma delas, a CH2 Comunicação, está registrada no apartamento de Lack e em nome do sobrinho dele. Em depoimento aos procuradores, Andreas Lazaro confirmou que a empresa, fundada em 2006, tinha sido criada exclusivamente para atender demandas do tio e que Lack era responsável por manipular a conta bancária da empresa.

A segunda empresa — Tovi Treinamemento — é fantasma, segundo o MPF. Não tem sede e nem funcionários. Está registrada em uma casa simples em São José dos Campos. A empresa estava em nome de uma antiga assistente administrativa da Abetar que era responsável pela produção do conteúdo dos cursos. A outra sócia é a filha de Helen Maria de Lima e Silva, contadora e amiga de Lack, que aparece em diversos contratos da entidade com o Ministério do Turismo.

DVDs

A terceira empresa contratada pela associação é o Instituto Nova Cidadania, que deveria funcionar em uma sala ao lado da Abetar, mas nunca abriu as portas. A diretora da entidade é a própria Helen, e tem como presidente outra funcionária da Abetar. A quarta empresa investigada pelo MPF é a ARC Consultoria Empresarial, da ex-diretora do ministério Anya Ribeiro de Carvalho.

Funcionária comissionada, ela foi nomeada em janeiro de 2004 para o cargo de diretora do Departamento de Planejamento e Avaliação. Mesma época em que foram contratados o ex-secretário executivo Frederico Silva da Costa e a diretora de qualificação, Regina Cavalcante, ambos presos pela Polícia Federal na Operação Voucher.

Em um dos depoimentos prestados aos procuradores, a funcionária de uma empresa informou que havia sido contratada para copiar o material do curso para DVD. Cada reprodução custaria R$ 7. Ao todos, seriam copiados 1.500 DVDs, o que dá R$ 10,5 mil. No entanto, o ministério pagou R$ 190 mil. Segundo o MPF, o inquérito está em fase final.

"A grande dificuldade é distinguir o que realmente foi feito do que foi desviado dos cofres públicos. O convênio fere, desde o princípio, o interesse público porque oferece cursos de treinamento para empresas privadas ," destaca o procurador da República Fernando Lacerda Dias. Ao todo, o Ministério Público Federal está investigando 15 contratos do ministério com a Abetar. São três inquéritos diferentes que apuram suspeitas de fraudes entre 2006 e 2010.

Em nota, a Abetar negou qualquer irregularidade na destinação do dinheiro público e afirmou que "as contratações foram estabelecidas diante de rigorosos critérios de seleção e procuraram os melhores profissionais de mercado para o desenvolvimento das atividades." A entidade afirma que as prestações de contas foram aprovadas pelos órgãos competentes e que a apuração dos fatos também é de interesse da Abetar.

O Ministério do Turismo informou que o ministro Pedro Novais prorrogou o convênio em decorrência de atrasos no repasses dos recursos. A pasta informou ainda que encaminhou processo do convênio com a Abetar para a Controladoria-Geral da União (CGU) em 12 de agosto, três dias depois da Operação Voucher.

Dois dias antes do fim, ex-número dois do Turismo ampliou o contrato por 26 meses.

Fonte: Correio Braziliense


Dilma suspende "faxina" para conter aliados insatisfeitos


O Palácio do Planalto comunicou aos partidos aliados ao governo que a presidente Dilma Rousseff só mexerá novamente na sua equipe se eles pedirem, numa tentativa de conter a insatisfação crescente da base governista com as mudanças no ministério, informa reportagem de Natuza Nery e Maria Clara Cabral, publicada na Folha desta quarta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Após perder quatro ministro em oito meses de governo, outros dois ministros entraram na linha de tiro nos últimos dias por conta de suspeitas de irregularidades: Pedro Novais, indicado pelo PMDB para o Turismo, e Mário Negromonte, nome do PP nas Cidades.

Ontem, em depoimento no Senado, Novais se defendeu das acusações na pasta, alvo de operação da PF, e disse que as irregularidades apontadas até agora são das gestões anteriores. Segundo ele, sua permanência no cargo tem o apoio de caciques do PMDB.

Negromonte, por outro lado, está órfão de padrinhos influentes, após perder o comando do PP na Câmara.

O PP está rachado na Câmara há duas semanas, desde que o grupo ligado ao ex-ministro da pasta Márcio Fortes assumiu a liderança da bancada.

O grupo destituiu da liderança o deputado paranaense Nelson Meurer e emplacou o nome do paraibano Aguinaldo Ribeiro, aliado do ex-ministro Márcio Fortes.

Fonte: Folha.com


De gestora a faxineira - O Globo: Marco Antonio Villa


O governo é pródigo na construção de versões. Nos primeiros meses do ano, a presidente Dilma Rousseff foi transformada, da noite para o dia, em uma genial gestora pública. Falava-se que ela não aparecia em público porque priorizava o trabalho administrativo. Era uma devoradora de relatórios. Exigia o máximo dos seus ministros. Conhecia detalhadamente os principais projetos do país. Era tão diferente de Lula...

O impressionismo político, típico do Brasil, vigorou por três meses. Foi o prazo de validade dado pela realidade. Viu-se que administrativamente o governo ia mal. Nenhum programa do PAC estava com o cronograma em dia. As obras em andamento não tinham o acompanhamento devido. Faltava coordenação entre os ministérios. Em suma, o governo estava sem rumo. Ou melhor, estava em um movimento inercial, dentro daquela lógica nacional de que é melhor deixar como está, para ver como é que fica.

Vieram as crises políticas. Uma atrás da outra. Atingiram o coração do governo. E foram caindo os ministros, sempre devido às denúncias da imprensa ou por alguma operação da Polícia Federal. Nunca por iniciativa da presidente. Foram defenestrados ministros considerados fortes, como Antonio Palocci, e outros pouco conhecidos, como Alfredo Nascimento. As retiradas sempre foram penosas e só ocorreram depois de muita pressão da imprensa. Seguindo um velho roteiro, até o último momento o governo tentou abafar as denúncias, desqualificando as acusações e acusadores. Quando não encontrou mais saída, restou a demissão.

A repetição dos fatos, em tão curto espaço de tempo, demonstrou que o governo estava apresado pela corrupção. O loteamento dos ministérios e a inépcia dos órgãos de vigilância permitiram que milhões de reais fossem desviados. As denúncias foram pipocando e as acusações eram de que tudo não passava de "fogo amigo". Ou seja, era uma guerra entre os partidos da base governamental, uma luta interna pelo poder (e pelo dinheiro). Como se fosse absolutamente natural saquear o Erário.

Em meio à crise, os partidos continuaram exigindo cargos e favores. Sabiam que a apuração era para inglês ver. Trocavam-se os nomes mas não as práticas; como no Ministério da Agricultura, onde saiu um ministro do PMDB e entrou outro do... PMDB. As denúncias de desvio de milhões de reais não foram apuradas, sequer internamente, em um processo administrativo. Muito menos na esfera judicial.

Herdeira e partícipe ativa do presidencialismo de transação, a presidente acabou prisioneira deste sistema. Não sabe o que fazer. Lula conseguia ocultar os escândalos graças ao seu prestígio popular. Aproveitava qualquer cerimônia para desqualificar os acusadores. E convencia, graças ao seu poder de comunicação. Com Dilma é muito diferente. Ela pouco fala. Quando quer seguir a cartilha lulista, fracassa. Se esforça, tenta retomar a iniciativa, mas, sem agenda política própria, movimenta-se como um zumbi. Transformou em rotina ter de responder, toda segunda-feira, às acusações de corrupção que cercam o governo. Passa a semana tratando do desfecho do problema. Posterga as soluções. No sábado, fica aguardando as revistas e jornais de domingo com mais denúncias. E o processo recomeça.

Em meio ao desgaste, o governo foi obrigado a substituir o figurino da presidente: trocou a fantasia, já gasta, de eficaz gestora, por outra, novinha em folha, a de moralizadora da administração pública, que vem acompanhada de uma vassoura. E, por incrível que pareça, já está colhendo os primeiros frutos. Todos estão elogiando a "faxina". Não foi visto nenhum resultado prático. Para o governo, isto é o que menos importa. Vale a aparência, não a ação, mas a palavra. E, principalmente, a repetição pela imprensa que a presidente está enfrentando a corrupção. Isto "pega bem", a população simpatiza (e como!) com a ideia. Além do que, no ano que vem, tem eleição e nada pior do que a pecha de corrupto para um partido.

A oposição - com raríssimas exceções - continua tão perdida como o governo. Não sabe como agir. Quando encontra um caminho parlamentar - uma CPI no Senado - acaba sendo bombardeada também por "fogo amigo". O argumento é que é necessário dar apoio à presidente para que faça a "faxina". Ela estaria se distanciando do seu partido e, principalmente, do seu criador, o ex-presidente Lula, identificado como o gestor deste presidencialismo de transação. É uma leitura fantasiosa, que impede o embate com o governo e desmobiliza uma oposição já numericamente no Congresso Nacional. Lembra, guardadas as devidas proporções, a estratégia estabelecida durante o mensalão. No ápice da crise, ao invés de avançar e solicitar a abertura de um processo contra o presidente, a oposição apequenou-se. Temeu a vitória. Buscou justificativa na "governabilidade". Optou por levar - expressão da época - Lula sangrando até 2006, para daí vencê-lo facilmente nas urnas. Deu no que deu.

É inegável que a situação atual é muito distinta de 2005. Hoje, vivemos um momento político pior. A oposição é mais frágil, perdeu duas eleições presidenciais, e a impunidade dos mensaleiros deu salvo conduto aos corruptos. Nesta situação adversa, imaginar um antagonismo entre Dilma e Lula não passa de um logro. Esta tática já fracassou no início do ano. E pior: confunde a sociedade. Dá asas à falácia de que a presidente quer fazer a "limpeza" mas não pode. Como se não fosse responsável pelas mazelas do seu governo. Entrega a bandeira da ética e da moralidade aos que a desprezam.

Fonte: O Globo


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fernando Henrique Cardoso culpa Lula por consolidação da corrupção sistemica


Sem citar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso responsabilizou o “governo anterior” pelo que classificou como “consolidação” da “corrupção sistêmica” que toma conta do estado.

É preciso acabar com a corrupção sistêmica que, na verdade, foi o que foi sendo consolidado no governo anterior (de Lula). Isso é uma tarefa de todos nós – disse Fernando Henrique, depois de participar de um evento com empresários no qual falou sobre “O desafio institucional: como superar o custo Brasil, a inflação e crescer com sustentabilidade”.

O ex-presidente tucano, que no final de sua palestra falou rapidamente com jornalistas, classificou como “conversa fiada” as reações de ciúmes que tem despertado tanto no PSDB quanto no PT por causa sua aproximação com a presidente Dilma Rousseff. A essa altura da vida vou despertar ciúmes em alguém? Tá louco? Reagiu bem humorado, complementando: Isso é conversa fiada. É uma relação (com Dilma) de respeito mútuo, só isso. Uma relação civilizada, como tem que ser. Acho que é uma coisa normal.

Durante a palestra a empresários, Fernando Henrique Cardoso disse que não é mais possível o país conviver com a corrupção.

Não se consegue mais exercer o poder sem a corrupção, fruto desse jogo de toma-lá-dá-cá. Ou me dá isso ou não voto em você. E aí não se discute quais são as políticas para o país, disse.

Fonte: O Globo

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ministério das Cidades oferece mesada em troca de apoio


Em guerra para retomar o controle do PP, o ministro Mário Negromonte ofereceu pagamentos de 30.000 reais a parlamentares da legenda.

Depois dos escândalos que derrubaram os ministros dos Transportes e da Agricultura, o radar do Palácio do Planalto está apontado desde a semana passada para o gabinete do ministro Mário Negromonte (PP), das Cidades. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz informações levadas à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, por um grupo de parlamentares do PP.

Em guerra aberta com uma parte da legenda pelo controle do partido, Negromonte estaria transformando o ministério num apêndice partidário e usando seu gabinete para tentar cooptar apoio. Segundo relatos dos deputados que foram convocados para reuniões na pasta, a ofertas em troca de apoio incluem uma mesada de 30.000 reais para quem aderir.

O PP é o terceiro maior partido da base aliada, com 41 deputados e cinco senadores. Controla há anos o Ministério da Cidade, que dispõe de um orçamento de 22 bilhões de reais e programas de forte apelo eleitoral em todos os cantos do país. Na formação do governo Dilma, Negromonte foi indicado mais por suas relações com o PT da Bahia do que pelo trânsito junto aos colegas.

Uma parcela do PP queria manter Márcio Fortes, ministro por mais de cinco anos no governo Lula. Há duas semanas, o grupo ligado ao ex-ministro conseguiu destituir da liderança do partido o deputado Nelson Meurer, aliado de Negromonte. Colocou no lugar dele Aguinaldo Ribeiro, aliado de Márcio Fortes.

Ao perceber o poder se esvaindo, Negromonte contra-atacou montando um bunker numa sala anexa ao seu gabinete, onde quatro aliados de sua inteira confiança – os deputados João Pizzolatti, Nelson Meurer, José Otávio Germano e Luiz Fernando Faria – tentam persuadir os deputados a se alinhar novamente com o ministro. Apenas na última terça-feira, doze parlamentares estiveram no ministério. Sob a condição do anonimato, três deles revelaram que ouviram a proposta da mesada de 30.000 reais.

Confrontado, o ministro atribui tudo a um jogo de intrigas e aponta o rival Márcio Fortes como responsável: “Sei que há boatos de que pessoas vieram aqui para fazer isso e aquilo, da mesma forma que o pessoal estava dizendo que o Márcio Fortes foi lá na liderança fazer promessa, comprometer-se na tentativa de arranjar assinatura. Não me cabe ficar comentando boato”. Fortes, por sua vez, rebate de maneira lacônica: “No dia 31 de dezembro, deixei o cargo de ministro e me afastei das atividades partidárias”.

Fonte: Blog do Noblat

Por que Paulo Bernardo não responde?


O ministro foge de pergunta sobre o uso de avião de empreiteira que faz obras públicas e financiou campanha da mulher, Gleisi Hoffmann

O empréstimo de aviões particulares para autoridades há tempos faz parte do amplo cardápio de relações promíscuas entre o poder público e o setor privado no país. Mas apenas recentemente esse tipo de conduta começou a ganhar ares de escândalo. Em junho, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, mergulhou em um inferno astral quando foi revelado, após uma tragédia aérea, que ele costumava viajar em aviões de empresários com grandes contratos com seu governo. Na semana passada, um dos motivos da demissão do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi a divulgação de que ele viajou em um jatinho de uma empresa beneficiada por decisões do ministério.

ÉPOCA perguntou a 30 ministros da presidente Dilma se eles já viajaram em algum jato particular desde que assumiram seus cargos. Dos contactados, 28 responderam prontamente que não. O ministro dos Transportes, Paulo Passos, informou que já teve de usar aviões particulares para vistoriar obras de sua pasta localizadas em áreas remotas, aonde aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) não tinham como chegar. O ministro das Cidades, Mario Negromonte, deputado federal eleito pela Bahia, disse que freta, por sua conta, aviões particulares para chegar a determinadas cidades de sua base eleitoral.

A presteza desses ministros contrasta com o comportamento do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Por quatro vezes nos últimos 40 dias, ÉPOCA perguntou a Paulo Bernardo sobre suas eventuais viagens em um avião particular quando exercia o cargo de ministro do Planejamento no governo Lula. Trata-se do King Air, matrícula PR-AJT, que pertence ao empresário Paulo Francisco Tripoloni, dono da construtora Sanches Tripoloni. Em nenhuma dessas ocasiões, Bernardo respondeu à pergunta.

A indagação tem duas razões. Um parlamentar que integra a base de apoio do governo Dilma no Congresso relatou a ÉPOCA que viu Paulo Bernardo embarcar no ano passado no avião da construtora Sanches Tripoloni em um terminal do Aeroporto de Brasília, usado por empresas que operam aviões particulares. Outro parlamentar, de oposição ao governo, também afirmou que a chefe da Casa Civil da Presidência da República, a ministra Gleisi Hoffmann, mulher de Paulo Bernardo, usou o avião em sua pré-campanha ao Senado Federal pelo Paraná. Na ocasião, Gleisi era presidente regional do PT e não ocupava cargo público. Bernardo era simplesmente o responsável pelo Orçamento da União e por definir as verbas para obras públicas.

Como ministro do Planejamento, Paulo Bernardo mostrou um empenho especial na construção do Contorno Norte de Maringá, no Paraná – uma obra tocada pela empreiteira Sanches Tripoloni, que já custa o dobro de seu preço original. Inicialmente, Bernardo ajudou a liberar verbas para a obra, destinadas por meio de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Depois, Bernardo conseguiu incluir a construção do contorno no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que livrava o empreendimento da dependência de emendas parlamentares, sempre sujeitas a contingenciamentos e cortes orçamentários. Em junho de 2010, Paulo Bernardo convenceu o então presidente Lula a assinar um decreto incluindo o anel rodoviário de Maringá num regime especial no PAC. No mundo das acirradas disputas por verbas em Brasília, o regime especial equivale a um passe de mágica: assegura transferências obrigatórias de dinheiro público para o empreendimento.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), há problemas graves na obra em Maringá, como superfaturamento de preços pela construtora Sanches Tripoloni. A empreiteira não deixou, porém, de receber dinheiro público, mesmo depois de ter sido declarada “inidônea” pelo TCU em 2009 por causa de outra obra no Paraná: a construção do contorno rodoviário de Foz do Iguaçu. A construtora Sanches Tripoloni é hoje uma das empreiteiras que mais recebem verbas públicas. No ano passado, ela recebeu R$ 267 milhões do governo federal. Sua ascensão é recente. Em 2006, por causa da má situação financeira da empresa, seus sócios chegaram a registrar uma redução de capital.

Na campanha eleitoral de 2010, a empreiteira e seus donos fizeram doações de R$ 7 milhões, especialmente para o PR, que comandava o Ministério dos Transportes, e o PT. No Paraná, eles doaram R$ 510 mil para a campanha da ministra Gleisi Hoffmann ao Senado. O deputado estadual Ênio Verri, do PT do Paraná, que foi chefe de gabinete de Paulo Bernardo no Ministério do Planejamento, também foi beneficiado por uma doação.

A recusa de Paulo Bernardo em falar sobre o eventual uso do avião da Sanches Tripoloni deixa várias dúvidas no ar. Se ele não fez nada que pudesse ser caracterizado como um conflito de interesses, bastaria ter adotado o mesmo pro-cedimento de seus colegas de governo Dilma Rousseff e respondido à pergunta. Como não responde, levanta-se a suspeita de que Paulo Bernardo tenha algum tipo de dificuldade para explicar suas relações com a construtora Sanches Tripoloni. Em ambos os casos, o comportamento do ministro pode se demonstrar inadequado, além de inútil. Nos próximos dias, parlamentares de oposição encaminharão à Mesa da Câmara um pedido de informação sobre quem viajou no avião PR-AJT desde que ele foi comprado pela empreiteira, em abril de 2009 – e a identidade dos passageiros do King Air poderá ser conhecida.

ÉPOCA também perguntou à ministra Gleisi Hoffmann se ela viajou no avião da Sanches Tripoloni nos últimos três anos. Até o fechamento da edição, ela mantinha, como o marido, silêncio absoluto sobre o assunto. Questionada se o avião da empreiteira transportou Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, a Sanches Tripoloni disse que “não tem conhecimento sobre o transporte das autoridades em questão”.

Fonte: Época

Petistas temem que ‘faxina’ de Dilma carimbe gestão de Lula como ‘corrupta’.


Parlamentares e ministros da sigla, sob reserva, criticam estilo da presidente e afirmam que ela está comprando brigas com partidos e sindicatos que poderão prejudicar projeto eleitoral para 2014

A "faxina" no governo da presidente Dilma Rousseff, que já derrubou quatro ministros em dois meses e doze dias, causa extremo desconforto no PT. Dirigentes do partido, senadores, deputados e até ministros temem que, com a escalada de escândalos revelados nos últimos meses - especialmente nas pastas dos Transportes, do Turismo e da Agricultura -, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva acabe carimbado como corrupto. Todos os abatidos foram "herdados" de Lula.

Em conversas a portas fechadas, petistas criticam o estilo de Dilma, a "descoordenação" na seara política e o que chamam de "jeito duro" da presidente. Uma das frases mais ouvidas nessas rodas é: "Temos de defender o nosso projeto e o Lula." Mesmo os que não defendem abertamente a volta de Lula na eleição de 2014 dizem que Dilma está comprando brigas em todas as frentes - do Congresso ao movimento sindical -, sem perceber que, com sua atitude, alimenta o "insaciável leão" do noticiário e incentiva o tiroteio entre aliados.

Na avaliação de petistas, o poderoso PMDB - que na quarta-feira, 17, perdeu o ministro da Agricultura, Wagner Rossi - não é confiável e acabará dando o troco a qualquer momento.

Convocação. Dilma chamou ministros do PT e dirigentes do partido para uma conversa no domingo à noite, no Palácio da Alvorada. Chegou a telefonar para os que estavam fora de Brasília e ordenou que todos chegassem mais cedo à capital. A presidente pediu o encontro para ouvir a avaliação dos auxiliares sobre a crise na base aliada.

Ela contou ali sobre a reunião com Lula na semana anterior, admitiu a necessidade de se reaproximar dos partidos que compõem a coligação e avisou que teria um tête-à-tête no dia seguinte com o vice-presidente Michel Temer e com os líderes do PMDB na Câmara e no Senado. Àquela altura, a situação de Rossi era considerada complicada, mas ainda não havia sido divulgada a notícia do uso do jatinho de uma empresa que tem negócios com o governo pelo então ministro, afilhado de Temer.

Com receio da reação de Dilma - conhecida pelo temperamento explosivo -, alguns ministros pontuaram, com todo o cuidado, os problemas de relacionamento no Congresso após as demissões e citaram o PMDB e o PR. As alianças para as eleições municipais de 2012 também entraram na conversa.

Fonte: Estadão.com.br

Convenção do Democratas une oposição na Bahia


Foi uma convenção história e que comprovou que o Democratas tem força e peso na Bahia, ao contrário do desejo dos adversários do partido no estado. Lideranças de dez siglas marcaram presença no evento, realizado neste sábado (20), no auditório do Gran Hotel Stella Maris. A oposição, unida, sinalizou o que esta por acontecer em 2012 e 2014. "Para infelicidade desses adversários, o que vemos aqui hoje é o contrário do que desejavam. Vemos um partido resistente e forte e, ainda mais, a presença de representantes de vários outros partidos", discursou o líder do partido na Câmara Federal, deputado ACM Neto. Clique aqui para ver as fotos da convenção.

"Se nós estivermos unidos, vamos vencer as eleições em Salvador e em muitas cidades do interior e dar um grande passo para retomar o governo do estado em 2014. Nem os servidores públicos acreditam mais nesse governo, que foi eleito prometendo defender os trabalhadores, mas que, na prática, deixou o estado sem segurança, com o caos na saúde e na educação e perdendo investimentos para vizinhos como Pernambuco. Tudo continua como no primeiro governo Wagner", acrescentou ACM Neto.

A convenção confirmou o nome do ex-deputado federal José Carlos Aleluia como presidente do Democratas no estado. "Esta convenção marca a renovação da esperança de que os baianos vão voltar a dormir tranquilos sem medo de ser assaltados ou seqüestrados, seja na cidade ou na roça. Com a força das novas idéias, o Democratas encara o desafio de recuperar a Bahia do desastre causado pelo governo petista", afirmou Aleluia.

Diante de líderes de dez partidos políticos (DEM, PMDB, PSDB, PPS, PR, PSC, PTC, PRB, PV e PRP), militantes, vereadores e prefeitos do Democratas, Aleluia anunciou que começava a jornada de levar o projeto de união das oposições para toda a Bahia. Sua proposta foi endossada pelo presidente estadual do PMDB, deputado federal Lúcio Vieira Lima. "O sentimento de baianidade, de amor à Bahia, é o que motiva a união das oposições, que, desejamos, ocorrerá em todo o estado".

O deputado federal Antonio Imbassahy, do PSDB, revelou já existir entendimento entre os oposicionistas baianos para as eleições municipais do ano que vem. "2012 será a oportunidade de as oposições baianas demonstrarem a capacidade de vencer o PT na Bahia. Para vencer esse partido arrogante e que não cumpre os compromissos com a população, a oposição precisa estar unida. Estaremos juntos também em 2014", afirmou.

Renovação - No evento partidário, Aleluia foi eleito por unanimidade presidente do Democratas para o triênio 2011/2014. Na direção executiva, o deputado estadual Tom Araújo passa a ocupar o cargo de secretário Geral e o ex-deputado federal Jorge Khoury o de secretário de Finanças. Integram também a executiva eleita o deputado federal Fábio Souto (vice-presidente para Assuntos Sociais), o empresário Antonio Carlos Magalhães Jr. (vice-presidente para Assuntos Econômicos) e o ex-deputado estadual Heraldo Rocha (vice-presidente para Relacionamento com as Direções Municipais).

Eleito um dos 15 membros efetivo da Comissão Executiva do Democratas, o ex-governador Paulo Souto considerou que a união das oposições é movida pelo desejo de encontrar um caminho novo para a Bahia, que não é o cadafalso a que o petismo está condenando o estado. O deputado federal Cláudio Cajado (DEM) reafirmou a importância da unidade oposicionista para a vitória eleitoral. Já o deputado federal Fábio Souto (DEM) destacou a maneira positiva como vem se dando o diálogo entre as oposições. "Não há imposições de nenhuma das partes. Prevalece o interesse do que seja melhor para Salvador e para a Bahia", disse.

Fonte: www.acmneto.com.br


Entidades farão vigília contra mudanças no Planserv


Entidades de classe que representam diversas categorias de servidores públicos estaduais afirmam que farão protestos contra a aprovação do projeto de lei do Executivo que limitará os atendimentos de emergência do Planserv. Em entrevista ao jornal A Tarde publicada neste domingo (21), membros de cinco sindicatos e da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab) criticaram a falta de discussão sobre o projeto com os trabalhadores e prometeram realizar "uma verdadeira virgília" na Assembleia Legislativa da Bahia a partir desta terça-feira (23). A oposição também está unida contra as mudanças no Planserv.

"Nossa proposta é que o projeto seja retirado da pauta para que se faça uma ampla discussão com a sociedade", afirmou Rubens Santiago, diretor da Fetrab e do Sindsefaz, entidade que representa os fazendários do Estado. Para os sindicalistas, a medida não deveria ser votada em regime de "urgência urgentíssima", como deve acontecer, que reduz o tempo para discussão da proposta nas comissões e no plenário da Casa. "Os governos mudam mas os métodos continuam os mesmos. Não é admissível aprovar um projeto desta relevância de supetão, a toque de caixa", pontuou o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Caires.

Fonte: www.acmneto.com.br