segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Oposição tem que discutir 2012 de olho em 2014


O deputado federal ACM Neto (DEM) disse hoje (26), em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, apresentado por Samuel Celestino e Daniela Prata na rádio Tudo FM, que os partidos de oposição ao PT no estado devem discutir juntos as eleições de 2012 e 2014 na capital e no interior. Neto afirmou que tem estimulado conversas com siglas como o PMDB, PSDB, PR e PPS visando a construção de candidaturas únicas em Salvador e nas principais cidades do interior no pleito municipal, o que, naturalmente, reforça a possibilidade de uma união também em 2014, como observou Samuel Celestino.

O democrata citou algumas cidades onde o entendimento já avançou para nomes praticamente consolidados. Ele lembrou de Feira de Santana, onde o nome da oposição deve ser o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM). Em Vitória da Conquista, destacou a pré-candidatura do peemedebista Herzem Gusmão. Em Itabuna, a reeleição do prefeito Capitão Azevedo (DEM). Em Ilhéus, citou o empresário Cacá Leão (PR). Em Barreiras, frisou Zito Barbosa (PMDB), atual prefeito de São Desidéio. "A oposição precisa escolher o nome mais competitivo em Salvador e nas principais cidades do interior. O candidato tem de ter densidade eleitoral, ou seja, popularidade, e capacidade de agregar aliados", afirmou ACM Neto.

Neto disse que, apesar de liderar todas as pesquisas em Salvador, não vai impor o próprio nome. "Aceito tanto apoiar quanto ser apoiado", salientou, citando ainda as pré-candidaturas do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) e do radialista Mário Kértesz, que se filiou ao PMDB. Questionado por Samuel Celestino se cogita ser candidato a governador, Neto afirmou que isso pode acontecer se tiver o apoio da oposição. "Se acharem melhor que eu seja candidato a governador, serei candidato. Acho que a oposição tem de sentar e ver quais são as melhores peças para prefeito, governador, senador. Agora, quem for eleito para governar Salvador ano que vem tem de ficar os quatro anos".

Questionado por Samuel Celestino e Daniela Prata sobre a gestão em Salvador, ACM Neto defendeu que o próximo prefeito tem de ter coragem para tomar medidas duras, a exemplo de cortar cargos de confiança e reduzir despesas. "O próximo prefeito tem de tomar a eficiência como um exercício de fé. Hoje, o prefeito trabalha apenas para apagar incêndios. É preciso resgatar a capacidade de planejamento de nossa cidade", ressaltou o parlamentar. "A prefeitura hoje está muito centralizada. É preciso também acabar com isso. O prefeito tem de levar a estrutura da máquina pública para os bairros", acrescentou.

Emenda 29 - O ouvinte Catarino entrou no ar e perguntou a ACM Neto sobre a CPMF, lembrando que a contribuição foi criada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Neto lembrou que o imposto foi criado inicialmente para ser provisório, e se tornou permanente. "Em 2007, fizemos uma pressão grande e o Senado derrubou a CPMF. Em 2008, tentaram trazê-la de volta no bojo da Emenda 29, que obriga a União a gastar parte do seu orçamento em saúde. Nos rejeitamos a volta do tributo mas a Emenda 29 não foi aprovada. Agora, conseguimos aprovar a Emenda 29 sem novo imposto, que foi sepultado".

Neto também criticou o adesismo desenfrado que move os partidos e políticos do país. Ele afirmou que, na Venezuela, mesmo num regimente praticamente ditatorial, a oposição tem 39% do Congresso. No Brasil, a oposição só tem 20% das cadeiras. "A maioria dos políticos acha que só pode fazer política no governo. Isso porque as nossas eleições são movidas ao uso da máquina pública e abuso de poder econômico. Por isso, precisamos de uma reforma política".

Fonte: www.acmneto.com.br

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