A
Prefeitura do Salvador, através da Secretaria Municipal de Promoção Social e
Combate à Pobreza (Semps), vem realizando abordagens sociais junto a pedintes
que atuam em logradouros públicos e imediações de igrejas, instituições
filantrópicas e prédios públicos de Salvador, dentro da campanha Dê futuro, não
dê esmola. Esta semana, a ação foi feita em parceria com a Igreja Santo Antonio
da Barra, localizada na Ladeira da Barra.
Na
ocasião, foi feito o levantamento das famílias que passam o dia mendigando no
átrio do templo religioso, para conhecer a realidade de cada uma delas. Nove
dessas famílias foram cadastradas pela secretaria com o intuito de serem
acompanhadas pelas equipes sociais da Prefeitura, com vistas à prevenção de
situações de ameaça e violação, bem como a garantia da proteção aos direitos de
cada cidadão. Quatro delas recusaram o atendimento.
Já na
primeira abordagem, foi constatado que dezenas de famílias, muitas vindas de
bairros distantes, permanecem nos arredores da igreja ao longo do dia, a maioria
com crianças que deveriam estar na escola. A situação se complica às
terças-feiras, quando os fiéis fazem todo tipo de doação, como brinquedos,
roupas, calçados, alimentos, dinheiro.
"Queremos
que essas famílias fiquem em seus bairros e lá sejam atendidas pelas nossas
unidades dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), que farão os
devidos encaminhamentos para que recebam benefícios do governo federal ou para
que consigam emprego através do nosso Serviço de Intermediação de Mão de Obra (Simm).
O que não podemos é permitir que fiquem nas ruas no ciclo vicioso da
mendicância, quando deveriam estar no trabalho e as crianças estudando",
afirma o secretário da Semps, Maurício Trindade.
O perfil
das famílias que ocupam o entorno da igreja são pessoas de baixa renda, que
possuem residência fixa nos bairros de Fazenda Grande do Retiro, Cajazeiras e
São Caetano. Muitas delas já recebem o Bolsa Família, mas se instalam defronte
à igreja devido à ação social realizada pela instituição religiosa. A ação
também contou com a participação do titular da 1ª Vara da Infância e Juventude,
juiz Walter Ribeiro Costa Jr., além do Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos
Direitos das Crianças e dos Adolescentes (CMDCA), Guarda Municipal e Polícia
Militar.
A campanha
Dê futuro, não dê esmola tem como intuito sensibilizar a população para que não
faça nenhum tipo de doação direta às famílias que estejam nas ruas. As doações
devem ser entregues nas instituições religiosas, nas instituições filantrópicas
e nos abrigos, que se encarregarão da distribuição dos donativos.
Fonte: AGECOM Salvador
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