segunda-feira, 6 de maio de 2013

O buraco de US$ 100 bilhões na indústria




A indústria brasileira tem se transformado em uma grande dor de cabeça para o governo. A cada mês, crescem as importações e diminuem as exportações de produtos manufaturados.

Os números dos manufaturados são impressionantes, de um superávit de US$ 5,2 bilhões em 2006, passamos para um déficit de astronômicos US$ 94,9 bilhões no ano passado. Os principais desequilíbrios estão nos produtos eletrônicos, químicos, têxteis e o setor de automóveis.

No setor têxtil, por exemplo, o déficit aumentou 1.834% nos últimos sete anos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a produção nacional do setor é a mesma desde 2008, enquanto as importações só cresceram. O déficit subiu de US$ 8,5 bilhões para US$ 28 bilhões, uma alta de 229%.

Já o déficit em eletroeletrônicos mais do que triplicou, passando de US$ 10,4 bilhões para US$ 32,5 bilhões.

Os setores de autopeças e de automóveis saíram de superávits comerciais de, respectivamente, US$ 1,98 bilhãoe US$ 2,7 bilhões, para déficits de US$ 17,4 bilhões e US$ 5,8 bilhões.

Como um todo, no primeiro quadrimestre de 2013, o déficit da balança comercial brasileira chegou a US$ 6,15 bilhões. O pior resultado em 18 anos. No ano passado, a balança comercial obteve superávit de US$ 19,4 bilhões, o menor desde 2002. Existe risco de déficit para este ano.

O governo tenta resolver o problema atendendo empresa por empresa. Concedendo benefícios setoriais. Mas pouco faz com relação aos principais problemas da indústria: a baixa competitividade, a enorme carga tributária e o sistema logístico em frangalhos.

“O Brasil tem uma indústria atrasada, com déficit de competitividade em relação ao mundo, que teve avanço nas cadeias produtivas. Fizemos muita proteção sem exigência de desempenho. Redução de margem de lucro será uma consequência para ter um mercado mais competitivo”, afirma Luiz Gonzaga Beluzzo, um dos gurus da equipe econômica do governo.

Além disso, o Brasil não tem conseguido suportar a concorrência dos asiáticos, em especial China e Índia.

Mais grave! Na era PT o Brasil negligenciou as trocas comerciais com o maior comprador do mundo: Os EUA. Acabamos por perder 20% das vendas para os Estados Unidos.  

O que tem nos salvado são a venda de commodities como minério de ferro e soja, responsáveis por cerca de 70% das exportações brasileiras.

Sob a administração do PT, o Brasil voltou ao período pré-JK. Firma-se no mundo como produtor de matérias primas sem maiores sofisticações.

Fonte: Imprensa Democratas

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