segunda-feira, 6 de maio de 2013

Aleluia: "nome de Otto facilita alianças"




Tentando se viabilizar como candidato do DEM ao governo em 2014, o secretário José Carlos Aleluia, nome forte da gestão do prefeito ACM Neto, demonstra que a boa convivência entre a prefeitura e o governo do Estado criou pontes que podem levar inimigos figadais  ao mesmo palanque.

Biaggio Talento - O senhor está tentando se viabilizar politicamente para ser o candidato a governador pelo DEM?

José Carlos Aleluia
- Acho que essas coisas estão muito cedo para se discutir. Estou trabalhando na administração municipal. E o prefeito de Salvador ACM Neto tem imprimido um ritmo muito forte de trabalho, mas nós entendemos que a eleição de governador de 2014 não é prioridade, no momento.

Biaggio Talento - Uma candidatura do Democratas neste cenário seria uma espécie de cópia invertida da época em que o PT lançava candidatos a governador na Bahia só para marcar posição, quando o PFL era a sigla hegemônica no Estado, ou o partido terá um candidato para disputar para valer?

José Carlos Aleluia
- Os partidos de oposição não vão lançar candidaturas apenas para marcar posição. Claro que a política da Bahia tem uma vinculação forte com a política nacional. E nós somos obrigados a observar o cenário nacional. Com a experiência que tenho não pretendo participar de uma eleição como um mero coadjuvante.

Biaggio Talento - Se o senhor for candidato seria uma espécie de representante da gestão de ACM Neto ou seja, a candidatura está vinculada à administração municipal?

José Carlos Aleluia
- Não deve estar. Qualquer um que queira disputar a eleição deve se afastar da administração, isso inclui a minha eventual candidatura, para não vincular a gestão à campanha e ao projeto do prefeito que é Salvador e ele e sua equipe estão trabalhando muito para a cidade.

Biaggio Talento - Mas uma candidatura do DEM não mostraria o êxito do projeto de gestão para Salvador, caso o governo esteja bem daqui há um ano?

José Carlos Aleluia
- Uma eleição se passa em torno de várias coisas. A Bahia é um Estado com 13 milhões de habitantes, um Estado importante da  Federação e a eleição não vai se dar apenas em torno de uma cidade, embora a capital seja a mais importante. Vai se dar em torno das demandas do Estado, as pessoas vão avaliar a conveniência de se ter uma forma diferente de governar o Estado ou, eventualmente, preservar a administração atual. Isso, claro, tem uma vinculação muito forte, repito, com a eleição nacional (de presidente da República). Não se pode imaginar uma eleição local dissociada da nacional, assim como não se pode imaginar uma eleição da Bahia vinculada exclusivamente a Salvador. Os problemas da Bahia são maiores ou, pelo menos, diferentes que os da capital. Salvador não sofreu diretamente o impacto da seca, que foi das mais sofridas que tivemos nos últimos tempos e que apenas repercutiu nas grandes cidades por causa do êxodo rural, que voltou a aparecer. Mas isso é um problema de todo o Estado.

Biaggio Talento - Mas a Prefeitura de Salvador está sofrendo com a política de desoneração fiscal do governo federal, que tem reflexo na redução do Fundo de Participação dos Municípios...

José Carlos Aleluia
- Todos os municípios têm sofrido muito. Os governos federais têm feito, desde a Constituição de 1988, seguidas investidas contra as receitas dos estados e municípios. E as isenções são sempre dirigidas no sentido de que a União dá o benefício e os estados e municípios pagam as contas. Esta é uma realidade, motivada por medidas dos presidentes da República e aprovadas pelo Congresso Nacional.

Leia íntegra da entrevista no jornal A TARDE desta segunda-feira ou na Edição Digital, se for assinante

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