O governo resolveu acabar com a miséria! Isto é
muito bom. Porém, a principal forma escolhida pelo PT para combater a extrema
pobreza foi ir à TV dizendo que a indigência tinha desaparecido do Brasil.
Para isso, aproveitou-se da sobrevalorização do
Real junto ao Dólar e utilizou como critério de corte da pobreza unicamente a
renda do cidadão a partir do valor da moeda americana. O resultado ficou em R$
70, o equivalente a US$ 1,15 por dia, como sugere o Banco Mundial.
Convenientemente, o governo esqueceu-se de fatores
como nível de educação, moradia, saneamento básico, violência e tudo mais que
poderia prejudicar a estratégia de marketing. O importante seria soltar na
praça o sloganoficial: “o fim da miséria é apenas o começo”.
Mas uma conta simples acabou por derrubar o castelo
de areia delirante. Basta reajustar a inflação sobre o valor de R$ 70 escolhido
pelo governo para a miséria, magicamente como desapareceu, voltar a ressurgir
enorme.
Desde o estabelecimento, por Dilma Rousseff, da
linha de R$ 70 como divisor da miséria, em junho do ano passado, até março deste
ano, os preços subiram em média 10,8%, de acordo com o índice de inflação
oficial, o IPCA. Feito o reajuste, o número oficial de indigentes no
Brasil saltaria de zero para 22 milhões.
Portanto, devem estar na miséria todos que ganham
menos de R$ 77,56 por mês. Aparentemente pequeno, esse valor de R$ 7,56 coloca
esses 22 milhões de brasileiros de volta à linha da miserabilidade. A conclusão
inevitável é que os mais pobres são tratados pelos nossos burocratas,
governantes, e marqueteiros apenas como números de tabelas.
Outra tática Mandrake do governo é com relação ao
pleno emprego. Todos, com certeza, querem que o Brasil seja sempre o país do
pleno emprego. Mas há dificuldades crônicas que têm sido colocadas por debaixo
do tapete.
O governo se esquece de dizer que praticamente a
totalidade desses empregos têm sido criados nas faixas entre 1 e dois salários
mínimos. Nas faixas acima de dois salários mínimos, o governo Dilma já viu
evaporar precisamente 871.853 vagas.
Com tanto marketing, tanta propaganda envolvida, é
possível que a gestão PT frente ao governo federal prefira alimentar-se da
miséria como bandeira política do que de fato acabar de vez com a extrema
pobreza.
As acusação esdrúxulas de que a oposição teria sido
a responsável pelos boatos sobre o fim do Bolsa Família são apenas um indício
de que alguns integrantes do governo não se furtarão a usar os chamados
miseráveis como massa de manobra eleitoral nos próximos pleitos.
O Democratas quer uma sociedade onde as pessoas
tenham as condições efetivas de se tornar prósperas.
Fonte: Imprensa Democratas
Nenhum comentário:
Postar um comentário