sexta-feira, 24 de maio de 2013

Delírio propagandístico contra a miséria



O governo resolveu acabar com a miséria! Isto é muito bom. Porém, a principal forma escolhida pelo PT para combater a extrema pobreza foi ir à TV dizendo que a indigência tinha desaparecido do Brasil.

Para isso, aproveitou-se da sobrevalorização do Real junto ao Dólar e utilizou como critério de corte da pobreza unicamente a renda do cidadão a partir do valor da moeda americana. O resultado ficou em R$ 70, o equivalente a US$ 1,15 por dia, como sugere o Banco Mundial.

Convenientemente, o governo esqueceu-se de fatores como nível de educação, moradia, saneamento básico, violência e tudo mais que poderia prejudicar a estratégia de marketing. O importante seria soltar na praça o sloganoficial: “o fim da miséria é apenas o começo”.

Mas uma conta simples acabou por derrubar o castelo de areia delirante. Basta reajustar a inflação sobre o valor de R$ 70 escolhido pelo governo para a miséria, magicamente como desapareceu, voltar a ressurgir enorme.

Desde o estabelecimento, por Dilma Rousseff, da linha de R$ 70 como divisor da miséria, em junho do ano passado, até março deste ano, os preços subiram em média 10,8%, de acordo com o índice de inflação oficial, o IPCA. Feito o reajuste, o número oficial de indigentes no Brasil saltaria de zero para 22 milhões.

Portanto, devem estar na miséria todos que ganham menos de R$ 77,56 por mês. Aparentemente pequeno, esse valor de R$ 7,56 coloca esses 22 milhões de brasileiros de volta à linha da miserabilidade. A conclusão inevitável é que os mais pobres são tratados pelos nossos burocratas, governantes, e marqueteiros apenas como números de tabelas.

Outra tática Mandrake do governo é com relação ao pleno emprego. Todos, com certeza, querem que o Brasil seja sempre o país do pleno emprego. Mas há dificuldades crônicas que têm sido colocadas por debaixo do tapete.

O governo se esquece de dizer que praticamente a totalidade desses empregos têm sido criados nas faixas entre 1 e dois salários mínimos. Nas faixas acima de dois salários mínimos, o governo Dilma já viu evaporar precisamente 871.853 vagas.

Com tanto marketing, tanta propaganda envolvida, é possível que a gestão PT frente ao governo federal prefira alimentar-se da miséria como bandeira política do que de fato acabar de vez com a extrema pobreza.

As acusação esdrúxulas de que a oposição teria sido a responsável pelos boatos sobre o fim do Bolsa Família são apenas um indício de que alguns integrantes do governo não se furtarão a usar os chamados miseráveis como massa de manobra eleitoral nos próximos pleitos.

O Democratas quer uma sociedade onde as pessoas tenham as condições efetivas de se tornar prósperas. 

Fonte: Imprensa Democratas 

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