terça-feira, 11 de junho de 2013

O gigante balança




Exibido na noite da última quinta-feira, o programa nacional do Democratas, mostrou com objetividade e didatismo algumas das principais mazelas do Brasil.

São as obras que nunca terminam como a transposição do rio São Francisco, as ferrovias Transnordestina e Norte-Sul; as melhorias nas estradas para exportar a nossa safra agrícola que nunca saem do papel; as hidrovias que são apenas propaganda.

Um governo bom de promessas e ruim de entregar a obra pronta.  

É a inflação que pouco a pouco sobe corroendo a renda dos brasileiros, sobretudo os mais pobres. 22 milhões deles voltaram para a faixa da miséria devido à última alta de preços, sobretudo de alimentos.

É a enorme burocracia que impede os pequenos, médio e grande empreendedores de investirem e gerarem riqueza e empregos de maior remuneração.

São uma série de medidas populistas que tem aumentado nossa dívida a valores preocupantes e insustentáveis.

É a falta de condições que impossibilita o Brasil ter uma economia realmente competitiva tanto no mercado interno como externo.

O governo sempre reagiu a críticas pertinentes como essas com uma mistura de prepotência e autismo. Era como se dissessem: “Nada disso é verdadeiro porque nossos índices de popularidade são sensacionais, os melhores de todos os tempos”.

Como mesmo tudo que é sólido pode se desmanchar no ar, tanta notícia ruim provocada por inépcia governamental um dia poderia ter como consequência certa reação das ruas.

O registro desse protesto silencioso surgiu nesse sábado com a divulgação dos números do Instituto Datafolha que mostram uma queda de oito pontos na popularidade da presidente Dilma Rousseff desde a última sondagem, em março. Está agora com 57% de aprovação.

Segundo o Datafolha, a presidente perdeu popularidade entre homens e mulheres em todas as regiões do País, em todas as faixas de renda, idade e escolaridade.
As maiores oscilações foram verificadas entre brasileiros que ganham mais de dez salários mínimos (queda de 24 pontos), entre os que têm ensino superior (16 pontos), moradores da região Sul (13 pontos) e pessoas que têm entre 25 e 34 anos (13 pontos).

De acordo com o Datafolha,  80% dos entrevistados dizem que notaram alta de preço dos alimentos nos últimos 30 dias. Só 3% dizem que perceberam redução. O mesmo ocorre com material de higiene pessoal e de limpeza.
Segundo o instituto, o noticiário dos últimos dias também pode ter influenciado. Dois problemas tiveram grande repercussão: o tumulto no pagamento do Bolsa Família, não esclarecido, e a tensão com indígenas do Norte e do Mato Grosso do Sul.

O governo também confiava na política de estímulo permanente ao consumo para manter o apoio popular. Mas essa estratégia começou a fazer a água como mostraram os últimos números do IBGE sobre o crescimento do Brasil que revelaram taxas de consumo praticamente estagnadas após anos de alta.
Sem falar da deterioração das contas externas e de paralisia na indústria. 

Os índices da presidente continuam muito altos, há tempo de sobra para o governo se recuperar, e em período equivalente do mandato tanto FH como Lula tinham números piores do que Dilma.  

E, talvez mais importante, queda na popularidade não significa erro governamental, pois ninguém se torna estadista pensando apenas em aprovação imediata da população.


Mas, para o PT, que sempre confundiu aprovação com governo no rumo certo, os números devem ter doído bastante. Ainda mais porque há anos não toma qualquer medida visando quase exclusivamente a popularidade.

Fonte: Assessoria Democratas 

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