A
previsão inicial do governo era de 5%, mas o índice oficial divulgado ontem
mostrou um crescimento medíocre do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro ano
da gestão Dilma Rousseff: 2,7%. O crescimento do PIB per capta ficou em 1,8%.
O
PIB do 2º para o 3º semestre de 2011 caiu 0,1%. Já do 3º para o 4º semestre,
houve uma elevação de apenas 0,3%.
Um
dos motivos para os baixos percentuais de 2011 foi a verdadeira farra ocorrida
em 2010, quando o PIB cresceu 7,5%. Ao acelerar o País artificialmente no ano
eleitoral, a equipe econômica provocou aumento de inflação no ano passado. Para
frear a elevação dos preços, os juros tiveram que subir. O resultado foi um PIB
retraído.
Crescemos
mais do que a Zona do Euro (1,4%). Mas no final das contas, a economia
brasileira cresceu menos do que o resto do mundo em 2011, que foi de 3,8% de
acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Entre
os emergentes, ficamos atrás da China (9,2%), Índia (6,9%), Coreia do Sul
(3,6%) e África do Sul (3,1%). Crescemos menos do que a Alemanha (3%), um dos
focos da atenção da crise econômica que atinge os países da zona do Euro.
Mesmo
entre os vizinhos latino-americanos, não estamos muito bem. A verdade é que
desde o começo da era Lula o Brasil tem sido um dos piores da comparação de
crescimento no continente.
Entre
o final de 2002 e o final de 2011, de uma lista de 20 países, o Brasil ficou em
14º lugar com um crescimento acumulado de 40,2%.
No
um ranking de crescimento acumulado no período, o Panamá está em primeiro lugar
(90,8%), seguido por Argentina (88,7%), Republica Dominicana (73,4%), Uruguai
(72,2%), Peru (66,2%), Costa Rica (5,5%) e Colômbia (49,7%). Os dados são do
FMI.
Piores
do que o Brasil apenas Honduras (37,2%), Guatemala (33,6%), México (25,9%),
Nicarágua (24,6%), El Salvador (11,4%) e Haiti (9,5%).
Em
valores correntes, o PIB somou R$ 4,13 trilhões, o que torna o Brasil a sexta
economia do mundo. Mas com relação ao IDH, ainda temos muitos desafios a
enfrentar. Ocupamos 84ª posição no ranking da ONU, formado por 187 países.
Nesse índice, o Brasil está atrás de 19 países da América Latina.
Entre
2003 e 2010, o crescimento médio do PIB per capita do Brasil foi de 2,85%. No
resto da América Latina, de 4,07%.
No
período FHC, o crescimento médio per capita do Brasil foi de 1,01% ao ano,
menor do que o atual. Falta dizer, entretanto, que, na época de Fernando
Henrique, o resto a América Latina cresceu 0,38% per capita, anualmente. Éramos
melhores do que a média do grupo. Agora somos piores.
Em
2011, o fator que não deixou o PIB brasileiro ser um verdadeiro desastre foi o
consumo das famílias, que cresceu 4,1%. O índice é fundamental para a
manutenção da popularidade do governo. É oitavo ano seguido que a renda das
famílias cresce no País. Em 2010, o crescimento da renda das famílias foi de
10,4%.
Com
1,6% ao ano, a indústria puxou o PIB para baixo após dois trimestres
consecutivos de retração. Não foi capaz de atender a demanda interna.
Apesar
de negligenciada e até mesmo atacada por algumas autoridades oficiais, a
agropecuária é outro setor que torna os brasileiros mais prósperos. Cresceu
3,9% no ano passado.
Agora,
o ministro Guido Mantega prevê um crescimento de 4,5% para 2012. Tomara! Mas é
preciso alertar que o ministro é bastante ruim de previsão. Em
geral erra pela metade.
O
governo do PT trata suas realizações como algo glorioso e triunfal. Mas a
verdade é que boa parte de nossos vizinhos tem avançado mais no desenvolvimento
de suas populações, apesar de não fazerem tanto barulho.
Fonte: Imprensa Democratas
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