quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Em 2011, Dilma gastou mal os recursos do País




O primeiro ano do governo Dilma Rousseff mostra que a gestão dos recursos públicos piorou de maneira visível. Simplesmente, a arrecadação de tributos bateu mais um recorde em 2011 e os investimentos diminuíram.

Em outras palavras, houve mais dinheiro no caixa e menos eficiência na transformação desses recursos em obras para a população como estradas, portos, aeroportos, hospitais ou escolas.

Em números: o volume de impostos que chegou aos cofres do governo aumentou 10,1% de 2010 para 2011, atingindo R$ 969,9 bilhões. Mas o montante destinado aos investimentos caiu de R$ 47,1 bilhões para R$ 41,9 bilhões no mesmo período. 

E desses investimentos, a maioria dos recursos só foi liberada devido à utilização dos restos a pagar do orçamento de 2010 - R$ 25,3 bilhões. Do orçamento do ano passado, só se investiu R$ 16,6 bilhões de uma dotação de R$ 67,6 bilhões (24,6%).

O que aconteceu com os números do governo? Algumas conclusões: em 2011 o déficit do Regime Próprio de Previdência Pública atingiu R$ 60 bilhões. Em 2002, o valor era de R$ 29,5 bilhões.

 Já a dívida pública cresceu a uma velocidade superior ao PIB no ano passado, estimado em 3%. Elevou-se em R$ 172,2 bilhões e já alcança R$ 1,87 trilhão. O salto foi de 10,17%. Mesmo com a política de queda da taxa selic, o governo pagou em juros no ano passado R$ 211,5 bilhões.

Os recursos do orçamento 2011 também foram mal distribuídos regionalmente. O Nordeste recebeu R$ 1,8 bilhão, 16,2% de uma dotação de R$ 11,2 bilhões. O percentual do Centro-Oeste foi de 25,2%, do Norte de 21,6%, do Sudeste de 24,9%, e do Sul de 22,8%.

Se a divisão ocorrer por ministérios, os números continuam pífios. Sem considerar os restos a pagar, o ministério da Agricultura, por exemplo, só investiu 6,5% do OGU 2011. O das cidades, 18,8%. A pasta do Turismo, 2,75%.

O péssimo desempenho do governo se traduz em fracassos em programas de grande repercussão social. Por exemplo, das 6.427 creches que a presidente Dilma prometeu inaugurar até o final do seu mandato, nenhuma está pronta.

É mais um fracasso a ser debitado na conta do ex-ministro da educação e candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.

Às vezes, as explicações para os grandes erros podem estar nos detalhes. Entre eles, um bem significativo: os ministros de Dilma gastam com jatinho mais do que os de Lula, que já não eram lá tão parcimoniosos.

Seria possível alegar que os problemas de investimentos são crônicos no Brasil, independentemente do governo. Não é verdade, a situação só piora. Segundo levantamento do ITV feito junto ao Tesouro Nacional, de cada R$ 100 arrecadados, o governo Lula conseguiu destinar, em média, R$ 1,20 para investimentos. O pico ocorreu em 2010: R$ 1,68. Na era FHC a média foi de R$ 1,78.

E houve muito mais montante em caixa com o PT à frente do Planalto. Em valores atualizados, a arrecadação do governo aumentou de R$ 855,2 bilhões em 1995 para R$ 1,49 trilhão em 2010, em valores atualizados (considera-se aqui, a emissão de títulos).

Segundo o estudo, nos primeiros seis meses do governo Dilma Rousseff os valores estão muito abaixo da média histórica. De uma arrecadação de R$ 1,01 trilhão até junho, só foram investidos R$ 4,06 bilhões. De cada R$ 100, apenas R$ 0,46!

Enquanto isso, segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o País exige, no mínimo, R$188,6 bilhões em investimentos por ano até 2015, considerando dispêndios públicos e privados. O projetado para este ano pelo BNDES é de R$ 92,25 bilhões. Apenas em logística, a demanda para os próximos quatro anos é de R$ 175,9 bilhões.

Se o padrão do governo continuar, esse objetivo dificilmente será atingido. A verdade é que em uma análise fria dos índices de investimento do governo, a presidente Dilma Rousseff não tem nada que a faça merecer a fama de grande gestora.

Fonte: Imprensa Democratas 

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