quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Deputado denuncia rombo de R$ 2 bi nas contas do governo



O deputado Paulo Azi (DEM) denunciou um rombo de R$ 2 bilhões nas contas do governo da Bahia, em 2010. A denúncia foi feita durante a sessão plenária desta quarta-feira, 29, da Assembleia Legislativa da Bahia. “No mínimo é de praticamente R$ 2 bilhões o rombo causado nas finanças estaduais pelos gastos excessivos do Governo da Bahia em 2010, ano eleitoral”, disse o democrata, informando que esses dados constam no Relatório de Gestão Fiscal do último quadrimestre de 2011, que reflete a posição das finanças do governo. Azi explicou que no documento, consta o item ‘disponibilidade negativa’ de R$ 1,977 bilhão de recursos próprios não vinculados do Tesouro. “Isso significa que o Estado gastou quase R$ 2 bilhões a mais do que conseguiu arrecadar, abrindo uma grande cratera no orçamento”, alertou.
Segundo o deputado, esse monumental déficit foi coberto com a utilização de diversas fontes de recursos vinculados, provenientes do Estado, do Governo Federal e de operações de crédito, que terão que ser devolvidos para a sua aplicação prevista em Lei. Para cobrir o rombo do orçamento, foram desviadas verbas de diversos setores, como educação, saúde, assistência social, infraestrutura, previdência e assistência médica de servidores, quando os gastos excessivos deveriam ter sido pagos com recursos próprios. “Só na educação deixaram de ser investidos mais de R$ 640 milhões”, destaca o democrata.
Paulo Azi afirma que o Relatório Fiscal não deixa dúvida de que a causa determinante desse grande desequilíbrio estrutural das finanças estaduais está relacionada ao exercício de 2010. Ele explica que, embora terminantemente proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, no último ano de mandato, o Governo da Bahia transferiu para o exercício de 2011 o pagamento de R$ 848 milhões como Despesas de Exercícios Anteriores, quando o orçamento inicial previa apenas R$ 37 milhões. “Por muito menos, diversos prefeitos, inclusive o de Salvador, tiveram suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios”, lembrou.
De acordo com o parlamentar, o desequilíbrio financeiro teve início em 2008, quando um Relatório do Tribunal de Contas do Estado acusou a prática inusitada de anulação de empenhos de despesas liquidadas, o que certamente desequilibrou o orçamento dos anos seguintes. “Na época, o Governo do Estado, sem explicações possíveis, encontrou como solução a politização do problema, tentando desconstruir o Relatório do TCE”, lembra, acrescentando que um grande número de obras iniciadas em 2010, ano das eleições, comprometeu seriamente o orçamento de 2011.
Fonte: Camaçari Urgente


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