quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Artigo de Bruno Alves publicado no jornal A Tarde – 01/02/2012 – Cotas para deputados negros




No mínimo, é polêmica a iniciativa do deputado federal Luiz Alberto (PT) de propor uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a reserva de vagas na Câmara FederalAsembleias Legislativas e na Câmara Legislativa do Distrito Federal paraparlamentares negros.

O número de vagas seria definido com base no percentual de pessoas que tenham se declarado negras ou pardas no último censo do IBGE. Segundo o deputado Luiz Alberto, a proposta iria aumentar de 30 para 150 o número de deputados negros na casa. 

As cotas raciais são uma inconstitucionalidade, já que somos todos iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. É certo que esse projeto não irá progredir. Mas é preocupante saber que nossos representantes tenham pensamentos retrógados e segregador. Seguindo esse pressuposto jamais vivenciaremos a verdadeira democracia.    

A verdadeira democracia é consolidada com educação de qualidade. É preponderante que nossos governantes coloquem a educação como prioridade de governo. Os países que investiram na educação avançaram em outras áreas.

O Brasil ocupa a 88° posição de 127 no ranking de educação feito pela Unesco, o país fica atrás de Argentina, Chile, Equador e Bolívia. A primeira posição coube ao Japão, país que, para reverter as dificuldades de um traumático pós-guerra, a partir de 1945, investiu alto em educação com o objetivo de formar mão de obra capaz de agregar valor aos seus produtos e assim superar as limitações de um país que possui reduzidos recursos naturais.

É necessário enfrentarmos os fardos do passado sem que nos tornemos vitimas dele. Significa trabalhar as forças maiores que geram um quadro de desigualdade social e econômica para todos. Não iremos avançar segmentando, não iremos conseguir caminhar sozinhos. Muitos serão os desafios, mas nós não podemos sucumbir ao desespero ou ao cinismo.

Podemos aceitar a política que fomente a divisão ou podemos construir a política que nos une. Na democracia o poder está com o povo, somos nós que escolhemos nossos representantes. Nós somos a mudança.

Bruno Alves
Presidente Estadual da Juventude Democratas (JDEM)

7 comentários:

  1. Negros de alma branca são sempre ridículos e nos envergonham.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Seu comentário não me surpreende, a intolerância a quem pensa de forma diferente, faz parte do grupo que você faz parte. Respeito a sua posição contrária a minha, o debate é importante, contudo seu comentário é completamente infeliz. Abraços!

      Excluir
  2. Duvanier Paiva Ferreira morreu à míngua; terá sido em vão? - Quando a doença e a morte são grandes negócios, de Fátima Oliveira
    Médica - fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_
    http://talubrinandoescritoschapadadoarapari.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  3. Segregação era o que tinhamos antes com os mais pobres e os negros de fora da universidade principalmente as públicas. A política que você compreende como segregacionista, eu entendo como política de reparação social. Não podemos ignorar o passado (e o presente) de total repressão aos negros, que foram/são subjugados por uma cultura tradiocionalmente branca e pior de marginalização da cultura negra. Acho que temos um ponto em comum, que é o entendimento de que precisamos avançar muito mais na educação principalmente a básica.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vinicyus como deixei claro no texto tenho a educação pública de qualidade como a verdadeira politica de reparação. Enquanto a educação no Brasil não for prioridade, nada mudará. Conheço a forma como nosso país foi construído, mas nós podemos avançar.

      Excluir
  4. Bruno, o texto é correto na essência, mas quando o assunto é educação de qualidade, o que nos falta não é investimento, mas gestão. É o que aponta importantes estudos de Economia da Educação. Veja, por exemplo, os artigos que Gustavo Ioschpe escreve na revista Veja.

    ResponderExcluir
  5. Esse cidadão se comporta como um eunuco, ou melhor uma Mata Hari. Deixou que sua mente fosse cauterizada pelos preceitos higienistas e da falsa democracia racial. A negação às cotas só revelam um ser robotizado e comandado pelos mesmos dominadores que sequestraram, separaram e estruparam famílias inteiras do continente africano em nome de uma falsa superioridade. Até hoje sinto as dores das chibatadas que meus antepassados amargaram em seus lombos. Os imigrantes italianos, japoneses, alemães receberam terra para prosperarem em nosso democrático Brasil. Os negros escravizados e depois libertos foram lançados à própria sorte, que sorte? Presos por vadiagem apenas por andarem pelas praças. Mas o nobre presidente estadual da juventude não sabe do que falo, pois deve descender dos colonizadores das terras d'além mar ou de um desses países nórdicos. Heil afroneonazi!

    ResponderExcluir