O líder do Democratas, ACM Neto (BA), defendeu nesta terça-feira (9/08) a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue todas as denúncias de corrupção no governo Dilma. A declaração foi feita após a deflagração da Operação Voucher, onde a Polícia Federal cumpriu 19 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de prisão temporária em função do desvio de recursos no Ministério do Turismo. “Percebemos que corrupção no governo federal é endêmica. Não localiza-se apenas num órgão, mas em toda a administração”, disse Neto.
ACM Neto disse que não basta “alguns políticos agirem ‘para inglês ver’ e, por trás, manobrar para que as investigações não sejam aprofundadas”. Para o parlamentar, a CPI oferece instrumentos sérios de investigação, como a quebra de sigilos e os depoimentos sob juramento. “Dilma tem a responsabilidade. Se ela realmente quer limpeza moral e ética, ela tem que apoiar a criação de uma CPI, de uma investigação séria sobre essas denúncias”.
O senador Demóstenes Torres (GO) está redigindo o texto para criação da CPI da Corrupção. A criação de uma comissão mista depende do apoio de deputados e senadores.
Para Onyx Lorenzoni (DEM-RS) está na hora de criar uma Comissão Geral para discutir a crise que “casou com governo Dilma”. Onyx lembra que durante sete meses de governo, foram cinco ministros transferidos, três ministros que se demitiram e sete escândalos. “Para tão pouco tempo de governo é escândalo demais, corrupção demais. Se o governo Dilma tivesse a humildade de ouvir, receberia a sugestão de transformar o Brasil num país sério, e dos 36 ministérios, reduzir para 15”. E, completou: “o PT quer mais ministérios para arrumar espaço para a companheirada, afinal são 25 mil cargos em comissão. No Chile, são 500. No Canadá, 400. Se Dilma está faxinando, está faxinando para debaixo do tapete. Caso contrário, a PF não precisaria entrar no ministério. Alguma coisa tem que ser feita”
Fonte: Agência Liderança
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