quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ACM Neto diz que aprovação da Emenda 29 é prioridade


Enquanto líderes do governo querem recriar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) sob a forma de CSS (Contribuição Social para a Saúde), as mortes nas filas dos hospitais aumentam pela falta de investimento na saúde na mesma proporção em que o governo quebra um recorde no controle do trabalho da Câmara. No primeiro semestre, o governo impediu a votação de propostas legislativas enviando ao Congresso Medidas Provisórias e Projetos de Lei em regime de urgência. Pela primeira vez na história do Legislativo, a pauta do plenário da Casa esteve trancada todos os dias do primeiro semestre.

“Enquanto isso, as pessoas morrem nas filas dos hospitais e temos que nos deparar com notícias de grávidas perdendo seus filhos. Tudo por falta de vontade política em votar a Emenda 29”, indignou-se o líder do Democratas, ACM Neto (BA). O governo alega que, se aprovada, a proposta pode aumentar os gastos da União com a saúde sem previsão de receitas para isso. “É lamentável. Para nós, a aprovação da Emenda 29 é uma prioridade. Esperamos que os deputados governistas entendam que a Câmara precisa ter independência para votar de acordo com os interesses da sociedade”, concluiu Neto.

O deputado Ronaldo Caiado (GO) afirmou que nos últimos dois anos o governo fez o impossível para adiar a votação da Emenda. “Se aprovarmos essa medida injetaremos R$ 35 bi na saúde, mas o Palácio do Planalto e a base governista preferem negociatas do BNDES com a Petrobras. Na hora que é dinheiro para a saúde, a argumentação é de que precisam economizar. Economizam com a vida do cidadão. É um total desapego com a vida das pessoas”, disse. “Nenhum brasileiro quer um imposto novo. Querem recursos bem investidos em saúde e querem que suas famílias não morram nas filas dos hospitais. Para capitalizar Petrobras, emprestar dinheiro ao FMI e aumentar gastos não precisa de imposto”, concluiu.

Para o baiano Cláudio Cajado, o problema no governo é a falta de critérios. “Governar é uma questão de prioridade, e prioridade é a saúde. Tem gente morrendo nas UTIs e a especialidade do governo parece ser somente a de criar novos impostos”, pontuou.

Fonte: Agência Liderança


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