Os ministros do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram, por unanimidade, desaprovar as
contas do Partido dos Trabalhadores (PT) referentes a 2005, quando aconteceu o
mensalão, maior escândalo de corrupção do país. Por maioria, definiram como
sanção a suspensão, por um mês, do repasse da cota do Fundo Partidário,
considerada a gravidade das irregularidades. O valor mensal repassado a legenda
é de R$3,8 milhões.
De acordo com o relator, ministro Gilson Dipp (foto), o partido
foi várias vezes notificado para sanar as irregularidades apontadas pela Coordenadoria
de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Coepa) do TSE nas contas
apresentadas referentes ao exercício financeiro de 2005. "O partido não
sanou as irregularidades, mesmo com muitas oportunidades", afirmou.
Baseado no parecer do órgão técnico do TSE, o ministro salientou
que o PT não apresentou informações complementares de pagamento de passagens e
diárias no valor de R$166 mil, usou indevidamente recursos do Fundo Partidário
para o pagamento de contas de telefones particulares, multas de trânsito e
bebidas alcoólicas, no total de R$11 mil, e deixou de registrar o valor de R$1
milhão pago à Companhia de Tecidos Norte de Minas, o que representa quase cinco
por cento do total do valor recebido pelo partido do Fundo Partidário em 2005,
no valor de R$24 milhões. "É um conjunto de irregularidades que se projeta
nos valores e no descumprimento das normas de prestação de contas", disse
o relator.
Fonte: www.acmneto.com.br
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