A pré-candidatura do deputado
federal ACM Neto à sucessão municipal da capital baiana foi confirmada nesta
segunda-feira (23) durante evento realizado pela Executiva Estadual do
Democratas em Salvador, na Bahia, que contou com a presença do presidente
nacional do partido, o senador potiguar José Agripino Maia, responsável por
fazer o convite ao político baiano, neto de Antônio Carlos Magalhães.
“O
momento de definição chegou. ACM Neto, atenda o pedido do seu partido e aceite
ser candidato a prefeito de Salvador”, declarou Maia. Aparentando estar
emocionado, o deputado ACM Neto aceitou a convocação e disse que pretende
reunir em torno da sua candidatura cerca de 10 partidos.
Deputado
federal ACM Neto é confirmado como pré-candidato do DEM à prefeitura de
Salvador
“Estamos
dando mais um passo para a discussão sobre a sucessão em Salvador. O DEM não
deixará de dialogar com demais partidos e vai tentar, ainda no primeiro turno,
unir todos. Mas, se não for possível, temos que ter a maturidade de entender que
o resultado final tem que ser a vitória para Salvador”, afirmou o presidente da
sigla.
“Eu sei que
não posso errar e não vou errar”, decretou Neto, referindo-se a uma suposta
administração municipal sua.
Agripino Maia também enfatizou que decisão pela pré-candidatura de ACM Neto não inviabiliza a união das oposições e também negou que as negociações com PSDB e PMDB para uma candidatura única, capaz de fazer frente ao pré-candidato petista, deputado federal Nelson Pelegrino, tenham sido interrompidas: “Foi uma tomada de posição do partido”.
Partidos se
movimentam na capital baiana
Na última
sexta-feira (20), o PSDB também reuniu a Executiva Estadual para discutir o
cenário local. O encontro fortaleceu o nome de Antonio Imbassahy, deputado
federal e ex-prefeito em dois mandatos (1997/2004), mas não houve confirmação
da sua pré-candidatura.
Em nota, o
partido afirmou que se mantém conversando, principalmente com o PMDB, liderado
no Estado por Geddel Vieira Lima, que atualmente é um dos vice-presidentes da
Caixa Econômica Federal.
Embora não
tenha realizado qualquer evento público, os peemedebistas mantém a aposta no
nome do radialista e também ex-prefeito de Salvador Mário Kertész. O partido
foi o primeiro a admitir publicamente a dificuldade para efetivar a aliança.
Ainda em
janeiro, utilizando os microfones de sua rádio, a Metrópole, Kertész chegou a
anunciar que abandonara a perspectiva de lançar-se candidato diante de
iniciativas autônomas de ACM Neto. Cerca de dois meses depois, o radialista voltou
atrás e retomou a disposição política, mas enfatizou que seria candidato ainda
que sem sintonia absoluta das três forças.
Fato é que, de público, os três partidos continuam pregando a busca pelo consenso. A cientista política da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Analice Alcântara considera complicado criar unidade quando nenhuma das legendas em questão admite abrir mão do posto.
“Nas
entrelinhas o que verificamos é um discurso do tipo eu quero apoio, mas eu
defino as regras. É o que está acontecendo, todos tem candidato, e ninguém quer
abrir mão”, avalia, enfatizando que ainda é prematura uma definição sobre essa
questão.
“O processo
eleitoral está apenas começando. Há muito a negociar”, acrescenta.
Enquanto os oposicionistas não se entendem, Pelegrino segue trabalhando em duas frentes, desde que teve o nome confirmado como representante do PT à corrida sucessória no Palácio Tomé de Souza, em dezembro de 2011: a primeira delas nas articulações com a base governista, visando evitar um racha, uma vez que a também deputada federal Alice Portugal (PC do B) defende candidatura própria do seu partido.
Em outra frente, o petista começa definir o seu plano de governo, com a ajuda de técnicos e especialistas, além da intensa movimentação em eventos públicos. Em média são dez por dia, excetuando-se quando está em Brasília a serviço do mandato parlamentar. “Nelson tem trabalhado intensamente, são cerca de 12 horas de trabalho por dia”, dizem assessores.
Fonte: UOL
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