A
criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os tentáculos
criminosos do contraventor Carlinhos Cachoeira, envolvendo senadores, deputados
e até o Palácio do Planalto, tem gerado problemas inimagináveis para o governo
Dilma Rousseff. Como eu disse em comentário aqui publicado, chegou-se à conclusão de
que a CPI foi, efetivamente, um tiro no pé. O governo quis, na noite de
quarta-feira (11), retroceder na sua decisão de apoiar o colegiado. Houve
reações imediatas do PMDB, PSDB e do próprio PT. A CPI fica. Mas vai levar com
ela muita gente e empresas, como a Delta Engenharia, que trabalha praticamente
com exclusividade para o setor público. Ela é responsável pelas obras do PAC e
por outros negócios envolvendo o setor público brasiliense. A CPI poderá pegar
pela proa o governador petista do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, conhecido
como Magrão ou 01 – segundo as gravações autorizadas pela Justiça –; o
governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) – a quem a Delta emprestou
um jato para levar a sua família a Porto Seguro, que culminou no acidente com
um helicóptero no trajeto para o distrito de Trancoso –; e mais ainda inúmeros
parlamentares de partidos variados, sobretudo do PT. A CPI do Mensalão, quando
instalada, foi denominada de “CPI do Fim do Mundo”. A CPI mista para destrinchar
os tentáculos de Carlinhos Cachoeira passou a ser chamada em Brasília de “A CPI
do Fim do Submundo”. Este submundo alcançará, pelo que se informa, o Congresso
e o próprio governo.
Por: Samuel Celestino
Fonte: Bahia Notícias
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