A atuação
do Democratas na oposição sempre foi pautada pelo respeito à ética, pela
intransigência na condenação e denúncia pública da corrupção e pela crença na
coerência e honestidade no exercício da política, que tem de ser responsável e
transparente.
Enquanto
outros partidos titubeiam em punir os filiados que praticam atos ilícitos, o
Democratas, fiel aos seus princípios, age e faz com que todos saibam que o
partido não convive com qualquer tipo de improbidade e malfeito, mesmo que para
isso seja necessário cortar na própria carne.
As graves
denúncias que envolvem o senador Demóstenes Torres, portanto, precisam de
esclarecimentos convincentes. O Democratas tem o compromisso com a verdade e
exige que Demóstenes dê rapidamente as devidas explicações ao povo brasileiro
sobre os diversos conteúdos das gravações divulgadas.
Apesar de
a Constituição garantir ao senador o direito da ampla defesa, as principais
lideranças do Democratas cobraram nos últimos dias um consistente
pronunciamento de Demóstenes para decidir o futuro do senador na legenda.
“O
partido está inquieto. A posição do Democratas vai depender da qualidade do
argumento que o senador apresentar. A partir dessa manifestação, o Senado e o
partido darão uma resposta”, disse o senador José Agripino Maia (RN).
"Acho
que ele tem que ter o direito de defesa respeitado, mas é fundamental que faça
isso o mais rápido que puder", acrescentou o deputado Rodrigo Maia
(RJ).
“Se ele
não apresentar uma defesa contundente e consistente, haverá abertura de
processo de expulsão”, ressaltou o líder do Democratas na Câmara, ACM Neto
(BA).
A
contundência com que o Democratas exige explicações do senador Demóstenes
Torres, a ponto de ameaçá-lo de expulsão caso não apresente esclarecimentos
convincentes, contrasta com a tibieza moral do Partido dos Trabalhadores (PT),
que normalmente passa a mão na cabeça dos seus faltosos.
Reportagem
publicada na última sexta pelo jornal “O Estado de S. Paulo” revela
graves indícios de envolvimento da petista Ideli Salvatti em um exitoso esquema
de doação eleitoral nada legal. Ideli é apontada de ter sido beneficiada por
doação de uma empresa fornecedora do Ministério da Pesca, do qual foi titular.
Contratada
na Pesca, a empresa Intech Boating foi procurada para doar R$
150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina. O comitê, segundo o
jornal, bancou 81% das despesas da campanha de Ideli ao governo do Estado, em
2010. Ideli, no entanto, absteve-se de explicar a denúncia.
O fracasso
do Ministério da Pesca, que até agora só mostrou utilidade prática em acomodar
aliados, é visto nos números. Apesar de o orçamento da Pesca ter crescido 831%
desde 2004, as exportações de pescado no Brasil tiveram queda de 205,47% nos
últimos nove anos.
Ao
contrário do que se viu no caso do senador Demóstenes Torres, o partido ao qual
pertence à ministra Ideli não se pronunciou acerca das denúncias, muito menos
exigiu investigações transparentes e punição aos responsáveis pelo esquema.
Eis aí um
abismo moral intransponível entre as ações e práticas políticas do Democratas e
as do PT. Se Demóstenes cometeu algum ato ilícito, se ele realmente for acusado
e ficar provado de algum crime, ele com certeza será punido pelo Democratas.
E o PT? O
que fez com os seus mensaleiros? Acobertou todos no partido! Delúbio Soares,
José Genuíno e tantos outros já estão na ativa a pleno vapor. O mais conhecido
deles, José Dirceu, foi peça importante na campanha de Dilma Rousseff à
Presidência.
Aí está
uma diferença importante: enquanto o Democratas põe na rua os seus faltosos, o
PT agasalha seus malfeitores.
O colunista
da revista Veja, Reinaldo Azevedo, escreveu um texto esclarecedor
sobre o posicionamento moral de dois casos emblemáticos: Demóstenes Torres e
José Dirceu. Diz ele: “Os ex-admiradores de Demóstenes estão sinceramente
decepcionados e não se mostram dispostos a perdoá-lo, AINDA QUE ELE TENHA SIDO
ALVO DE UMA ILEGALIDADE CONTINUADA. No caso de Dirceu é diferente: os valores
dos seus admiradores o protegem porque são iguais aos seus”.
Juridicamente,
Demóstenes Torres foi grampeado ilegalmente, sem aval prévio do STF. Mas,
politicamente, isso não exime o senador de coisa nenhuma. Se ele errou, tem que
ser punido! Que triunfe a lei!
No mesmo post,
Reinaldo Azevedo chama atenção para uma suposta seletividade arbitrária da PF.
Em si, isso é bastante preocupante. “SER DE OPOSIÇÃO NO PAÍS PASSOU A
COMPORTAR UM RISCO ADICIONAL. E esse particular não caracteriza uma polícia de
estado, mas uma polícia política”, escreve o colunista de Veja.
Portanto,
não custa questionar: por que as investigações contra petistas não são tão
céleres quanto as investigações contra parlamentares da oposição? Por que
ninguém viu uma Polícia Federal tão eficiente para investigar um escândalo bem
maior do que esse: o do mensalão do PT? E os aloprados que criaram dossiês
contra os tucanos? E os casos assombrosos de ministros fora da lei? O que
aconteceu até agora?
Aliás,
também vale perguntar: nessa investigação do Carlinhos Cachoeira, por que pouco
se fala dos deputados federais Carlos Leréia (PSDB-GO), Sandes Junior (PP-GO) e
Stepan Nercessian (PPS-RJ), que também aparecem em conversas comprometedoras?
E o
deputado petista Rubens Otoni (PT), flagrado em vídeo combinando repasse de
dinheiro com o Cachoeira? Por que ele sumiu do noticiário? Confira o vídeo: http://migre.me/8vQLQ
O
Democratas se compromete com todos os seus filiados, militantes e simpatizantes
a lutar por um desfecho rápido de todo esse processo lamentável. Pois o mais
eficiente antídoto contra a impunidade é o da investigação e punição rápidas.
Como
assegurou o senador José Agripino: “um partido com a história do Democratas,
que já fez o que já fez, chegando à expulsão de um governador, tem autoridade
moral para dizer que vai fazer o que os outros partidos nunca fizeram”.
Fonte: Imprensa Democratas
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