“O
secretário de saúde Jorge Solla repete a estratégia do governo estadual de
confrontar o Tribunal de Contas do Estado, quando há qualquer manifestação de
algum conselheiro que lhe seja desagradável”, observa o deputado estadual Paulo
Azi (DEM), sobre os ataques do auxiliar do governador Jaques Wagner ao
conselheiro Pedro Lino.
“O
secretário, como é de seu perfil, não se limita a contestar a posição do
conselheiro no caso dos pagamentos previdenciários feitos pelo estado a uma
entidade que tem isenção dessas obrigações, mas investe pessoalmente
contra o conselheiro com ofensas, que mereciam uma posição do colegiado”, diz
Azi.
Para o
parlamentar democrata, é muito estranho que, enquanto o conselheiro do
Tribunal defenda o governo ao mostrar a possibilidade de
redução dos custos contratuais daqueles contratos, um secretário prefira
tomar uma posição contrária, adotando um procedimento que aumenta as despesas
governamentais.
“A
posição do secretário é um verdadeiro convite as outras entidades que não
cobram esses custos para que passem a cobrar imediatamente, inclusive os
atrasados, o que significará aumento substancial de despesas”, alerta o
deputado estadual.
Na
opinião de Azi, em vez das ofensas pessoais ao conselheiro, inéditas na
política baiana, o secretário deveria era explicar as inúmeras irregularidades
em sua pasta.
A lista
é grande, mas o deputado estadual destaca as seguintes: renovação contínua de
contratos de terceirização de mão de obra sem licitação, pagamento ilegal de
juros de empréstimos feitos por entidades privadas para cobrir atrasos de
pagamento da SESAB, a contratação oculta de obras de engenharia em
licitações que previam apenas a contratação da gestão de unidades de
saúde, como no caso do Hospital Eládio Lassere, custos milionários em
contratos também sem licitação do Programa Saúde em Movimento.
“Está na
hora de o Ministério Público tomar uma posição enérgica contra esse descalabro
administrativo”, afirma Azi.
Fonte: Imprensa Democratas
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