Hoje, dia 20 de novembro, é
comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra. Data escolhida por coincidir
com a morte de Zumbi dos Palmares, líder dos Quilombos dos Palmares, em 1695.
Não
se pode negar a importância do negro na formação da cultura nacional. A nossa
colaboração está presente em todas as costuras do tecido social, é inegável.
Seja nos aspectos sociais, económicos, religiosos, políticos, gastronómicos. É
importante o negro conhecer a sua história, reafirmando assim, através do
conhecimento, o orgulho negro, o orgulho da cultura afro brasileira.
Infelizmente
o negro no Brasil se destaca nos indicadores negativos, a cada nova pesquisa o
resultado é velho. Em Salvador e região metropolitana, por exemplo, a
disparidade é irrefutável. Mais de 90% dos desempregados são negros. Além dessa
marcar contundente, nota-se também que a população negra é conduzida as
situações mais precárias e de menor remuneração. Esse é apenas um, dos muitos
exemplos que podemos citar.
Não
podemos negar os avanços, mas certamente ainda estamos distantes do caminhar
que irá gerar as verdadeiras transformações. O problema a ser enfrentado é bem
complexo e necessita de soluções inovadoras.
As
desigualdades sociais no Brasil continuam por avançar. Infelizmente a educação
em nosso país não recebe a devida atenção, dificultando ainda mais a nossa
ascensão na pirâmide social. A luta por uma educação de qualidade, que ofereça
dignidade e oportunidade a todos, é um passo importante para nosso povo avançar
socialmente e buscar o seu espaço.
Nós
precisamos de representações que não se norteiem pelos aplausos ou pelas vais,
que tomem medidas impopulares, se necessário, mais que busque a verdadeira
mudança.
Não
poderia deixar de citar Martin Luther King, uma das minhas referências. O mesmo
foi atacado pelo seu próprio povo, pelos que achavam que ele avançava rápido
demais e pelos que achavam que ele avançava devagar demais. Na minha humilde
opinião, MLK encontrou o caminhar que nos levará a verdadeira mudança.
O
orgulho negro está em mim, está na minha aceitação, está na minha personalidade
em enfrentar os desafios e as adversidades. Está na minha luta e desejo de
mudança, ainda que não seja entendido, por alguns. O meu orgulho me faz
continuar lutando, por aquilo que acredito. O meu orgulho está no conhecimento
da nossa contribuição, da nossa pluralidade. O meu orgulho está em saber, que
os alicerces desse país, tem a nossa contribuição.
Bruno Alves
Presidente
da Juventude Democratas da Bahia
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