O processo do
Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), que tem como relator o ministro
Joaquim Barbosa, definitivamente entrou para história da Justiça Brasileira. A
condenação do ex-ministro da Casa Cívil Jorsé Dirceu, condenado a 10 anos e 10
meses de prisão, certamente irá dividir não só a história da Justiça Brasileira
como da política conjuntamente.
Essa divisão
pode vista por duas óticas. Uma delas irá celebrar esse momento, devolvendo ao
povo brasileiro o sentimento de justiça, que há muito tempo andava perdido, por
motivos torpes. Na ótica petista, será uma injustiça, infâmia, ignomínia de um
processo de tendência política, financiado pela grande mídia.
Para o
presidente do PT, Rui Falcão, não ouve compra de votos. Nenhum dos companheiros
enriqueceu pessoalmente, não foram utilizados recursos públicos e os condenados
do mensalão irão apelar a todas as medidas legais possíveis. Vale lembrar que,
segundo o estatuto do partido, filiados condenados “por crime infamante ou por
práticas administrativa ilícitas, com sentença transitada em julgado” devem ser
expulsos.
O PT não deixa
companheiro de lado. Expulsar os mensaleiros é idéia dos otimistas que ainda
acreditam numa postura honesta do Partido dos Trabalhadores. Mas honestidade
para o PT é se manter no poder. A frase do renascentista Nicolau Maquiavel, “os
fins justificam os meios”, sintetiza com clareza o pensamento do PT, que
acredita está acima da ética e moral para dar continuidade ao seu projeto de
poder.
Apesar das
condenações, o PT possui uma militância que defende com unhas e dentes seus
corruptos, que seriam, para eles, símbolos da resistência. O que não surpreende,
tendo em vista, que para muitos o conhecido guerrilheiro Che Guevara,
responsável por campos de execuções, é um baluarte da revolução socialista.
O julgamento do
mensalão, comprova a existência do esquema de compra de votos de parlamentares
que aderiam à base de apoio ao governo Lula. Por incrível que pareça, o então
presidente Luis Inácio Lula da Silva afirmar desconhecer o esquema que
favoreceu seu governo.
Qual nome será dado ao esquema de arrendamento dos
ministérios na gestão Dilma Rousseff,
que oferece aos partidos políticos autonomia para fazer e desfazer no órgão,
inclusive autonomia para corromper?
Bruno Alves
Presidente da Juventude Democratas da Bahia
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