A presidente Dilma Rousseff chega à metade de seu mandato sem enfrentar as
inúmeras deficiências estruturais herdadas do governo Lula: corrupção
desenfreada, mau uso de recursos públicos, irresponsabilidade fiscal, gestão
ineficiente, loteamento político da máquina estatal, etc.
O Brasil caminha por inércia. A inexistência de um projeto para o País é
cada dia mais claro. A incapacidade de gestão - já tão presente na Era Lula -
se aprofundou.
O crescimento pífio previsto para este ano - por volta de 1% ou até menos,
segundo algumas previsões -, reforça a tese de que a política do improviso, com
benesses distributivistas, empurrões intervencionistas, fracassou, e só a
equipe econômica do governo Dilma não vê.
O país corre o risco de fechar o ano caindo novamente de patamar entre as
maiores economias do mundo. Na comparação com os Brics, estamos na lanterna do
crescimento. Na América do Sul, a Cepal estima que o PIB do Brasil em 2012 só
será maior do que o do Paraguai.
Diante de expectativas tão desanimadoras, a economia brasileira implora por
urgentes correções de rumo. Até a imprensa internacional já enxerga o nosso
fiasco econômico.
Na primeira semana de dezembro, a revista britânica "The
Economist", uma das mais respeitadas do mundo, apelidou a economia
brasileira de "moribunda" e, numa crítica ao excesso de
intervencionismo do governo federal, chamou a presidente Dilma de
"intrometida-chefe".
A revista, além de sugerir a demissão do ministro Guido Mantega, aponta a
mão pesada do Estado brasileiro como um dos fatores para o fraco desempenho da
nossa economia, entravada por um intervencionismo asfixiante que afugenta
investimentos.
Na última sexta-feira, estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
mostrou que, dentre 14 países pesquisados, o Brasil está em penúltimo lugar no
ranking de competitividade.
Com o esgotamento do modelo de crescimento à base de consumo e crédito
barato, a Economist alerta para a necessidade imperiosa da
redução do custo Brasil, “uma combinação de burocracia, impostos altos,
infraestrutura em frangalhos e câmbio sobrevalorizado que faz o país ser
dolorosamente caro para negociar”.
Para completar, diz a revista que, “ainda mais do que Lula, a senhora
Rousseff parece acreditar que o Estado deve dirigir as decisões do investimento
privado. Tais micro-intervenções derrubam a confiança na política macroeconômica.
O governo deveria deixar os espíritos animais do setor privado rugirem”.
A Folha de S.Paulo de ontem, em editorial intitulado “Na
base do improviso”, também destacou a equivocada agenda intervencionista do
governo federal. “O investimento segue travado porque empresários
perdem confiança num governo que muda as regras sem parar e multiplica ações
desconexas”.
É preocupante o nefasto crescimento da intervenção estatal na economia, que
impõe cada vez mais impostos, mais regulamentações, mais burocracia e cada vez
menos espaço favorável para os empreendedores produzirem.
O Estado brasileiro é um gigante ineficiente. Basta observar a incapacidade
gerencial do atual governo. Nem as mais badaladas promessas eleitorais foram
cumpridas.
Um levantamento minucioso organizado pela revista “Exame” mostra
que, prestes a completar seis anos, o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) só tem 7% das obras concluídas, e a maioria — 62% do total — estão
emperradas ou atrasadas.
A enorme concentração de poder nas mãos do governo, além de produzir
ineficiência e desperdício, é o principal convite para a corrupção - praga que
desmoraliza as instituições e enoja a opinião pública.
A revista Época desta semana mostra gravações que revelam
como a quadrilha liderada por Rosemary Noronha, secretária de Lula, tentou
melar o julgamento do mensalão.
O Brasil precisa mudar de rumo. É necessário realizar a profissionalização
do setor público, enxergar o governo como uma empresa, realizar planejamentos
consistentes e executar as ações com sucesso.
Essas práticas modernas fazem parte das administrações do Democratas. Em
Salvador, por exemplo, ACM Neto divulgou um arrojado programa de governo
voltado para práticas de meritocracia e de estímulo à iniciativa privada.
Neto foi buscar parcerias nos EUA e anunciou que vai criar uma agência para
atração de investimentos na capital baiana, chamadaSalvador Negócios. “A
ideia é que a prefeitura possa gastar menos com a sua estrutura e mais com o
cidadão”, disse.
A marcha insensata do intervencionismo no governo Dilma revelou-se um
retumbante fracasso. O governo precisa intervir menos para que os empreendedores
empreendam mais.
Fonte: Imprensa Democratas
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