O movimento estudantil
Democratas Bahia apoia a greve dos professores da rede estadual de ensino. As
reivindicações são legítimas. A paralisação é a reação natural a um governo
despótico, que superou todos os limites da intolerância e da intransigência.
Descumpre um acordo formal e se investe do mais deletério absolutismo ao dar um
tratamento injusto e desigual aos principais agentes do processo de educar.
O atual governador do Estado da
Bahia esquece que traz consigo um histórico grevista. Com essa bandeira foi
construído o Partido dos Trabalhadores (PT). Com o passar do tempo, o gosto
exacerbado pelo poder, no entanto, tomou caráter ditatorial. Aqueles que
defendiam as greves hoje as negam e tentam jogar cada vez mais a sociedade
contra as classes que reivindicam seus direitos.
Mais de um milhão de estudantes
baianos estão sem aulas há quase 70 dias, comprometendo todo o ano letivo e
prejudicando os que prestarão vestibular neste ano na tentativa de ingressar no
ensino superior.
O
governador Jaques Wagner não apresenta uma proposta decente para a superação do
impasse, mas entidades estudantis, como ABES e UEB, que perderam a identidade,
viraram “chapa branca”, tentam de maneira velada desestabilizar o movimento dos
professores.
ABES e UEB publicaram uma nota,
deixando claro que a “proposta de Jaques Wagner representou uma vitória para a
classe”. A retrógrada atitude causou bastante revolta e indignação não só nos
professores, os principais soldados desta guerra, mas, principalmente, nos
estudantes, principais vítimas.
Os atuais dirigentes da ABES e
UEB, ligados a braços partidários do governo, despudoradamente traem àqueles
que deveriam representar, numa demonstração clara do aparelhamento daninho
dessas entidades.
Nós, do movimento estudantil
Democratas, nos solidarizamos com o movimento dos professores e estamos ao lado
dos estudantes baianos no combate às atitudes pelegas da ABES e UEB.
Defendemos o fim da greve
mediante o cumprimento do acordo firmado com os professores pelo Governo do
Estado no final ano passado. Entendemos que o movimento é legitimo. Os
professores, mesmo fora das salas, estão nos dando uma aula de cidadania,
combatendo e denunciando a hipocrisia de um governo que não cumpre o que fala
e, muito menos, o que assina.
No Japão, os únicos que não se
curvam ao imperador são os professores. Já na Bahia, os mesmos são chamados
pelo seu governante de mentirosos e covardes, prova clara de que a educação não
é prioridade do governador Jaques Wagner.
Atenciosamente,
Diego
Castro, Coordenador do Movimento Estudantil do Democratas
Lucas
Moreno, Coordenador do Núcleo Secundarista
Nenhum comentário:
Postar um comentário