Os
professores da rede estadual de ensino da Bahia decidiram manter a greve. A
proposta apresentada pelo governo não foi bem recebida. A mesma não contempla
todos os professores, deixando excluídos os aposentados e os que estão em
estado probatório.
A greve
continua, assim como, a indiferença do governador Jaques Wagner. Ele se mantém
intransigente e insensível à mobilização que atinge mais de um milhão de
estudantes.
O absurdo não
pode ser tratado com naturalidade. Fui aluno da rede estadual de ensino,
estudei nos colégios estaduais Professora Candolina e Marquês de Maricá, ambas
no bairro do Pau Miúdo.
Conheço as
dificuldades enfrentadas por alunos e professores, a estrutura que é negada,
que não permite ao professor desempenhar suas funções com plenitude e aos
alunos um ambiente adequado para seu desenvolvimento.
A valorização
do professor é de suma importância para alcançarmos uma educação de qualidade.
A caminhada que já é longa se tornará impossível, se essa óbvia constatação
continuar a ser desprezada pelo governador Jaques Wagner, que tenta em sua
propaganda, em suas entrevistas, passar a idéia de que os professores são os
vilões da história, o que não é verdade.
O que deve
ser feito, respeitando o movimento e nossos professores, é sentar à mesa de
negociação e dar fim a greve que o mesmo iniciou. Enquanto o governador
continuar transpirando com o calor da sua insensibilidade, não pondo fim à
greve, sonhos estão sendo interrompidos e dilacerados.
Entre os
estudantes em greve temos mais de cem mil do terceiro ano, que deveriam nesse
momento está em sala de aula, se preparando para o vestibular e a prova do
ENEM. O governo que diz fazer pra quem mais precisa é o mesmo que não oferece
condições adequadas para nossos jovens ascenderem socialmente e buscarem o seu
espaço.
Acredito na
educação como principal meio de mudança e eliminador das diferenças tão
entranhadas na sociedade brasileira. Nunca estarei satisfeito, enquanto a
educação não for prioridade. A educação transforma. Nós queremos a política do
cinismo ou a política da esperança?
Bruno Alves
Presidente da Juventude Democratas
"A esquerda não é dona da juventude, nem de quem mora na periferia."
ResponderExcluirBem menos os Democratas que o criaram.
A juventude, todos nós, somos livres para escolher o "melhor" caminho a seguir. O Democratas me criou? Você está enganado!
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