sábado, 12 de maio de 2012

As consequências do populismo errôneo que cerca a esquerda no poder




No ano de 2010, o PT consolidou sua reeleição ao governo do estado da Bahia, sob o comando de Jaques Wagner, um ex-sindicalista e deputado federal. Foi ministro do trabalho do governo Lula, de onde surge todas as influências negativas para com suas gestões frente ao estado, que já foi modelo de administração e referência em setores como turismo e segurança pública.

Nos últimos dois anos, assolaram-se greves por todo o estado, nos mais diversos setores do funcionalismo público, deixando a população em estado de pânico. Curiosamente, o atual governador, é co-fundador e ex-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e teve sua ascensão política e carreira pública embasados nos movimentos sindicais pautados pela classe dos trabalhadores, tais como o Sindiquímica (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica).

O que não é admissível e transcende os limites sanais da coerência, é as reações de Wagner perante as reinvidicações trabalhistas, essas que o colocaram no poder e vivenciam demasiada angústia pelo não cumprimento de acordos, defasagem salarial, condições não-dignas de trabalho e o não pagamento dos aumentos pré-dispostos em época de campanha pelo governador.


Pararam nos últimos dois anos: Os bancários: Ficaram em greve durante 21 dias, em prol de aumento salarial, assim deixando sem atendimento 14 milhões de baianos.
 


O SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica): Pararam por 03 meses e não tiveram nenhuma reinvidicação atendida pelo governo. Centenas de milhares de alunos ficaram sem aula.


A Polícia Militar: Fez greve por três semanas e nesse período houve 129 homicídios na capital e RMS (aumento de 118%), acarretando um prejuízo estimado em 400 milhões aos comerciantes só em Salvador.


Os professores da rede estadual de ensino: Em greve a cerca de um mês, reinvidicam aumento salarial estipulado num prévio acordo com a classe e o governador. Ainda sem cumprir a palavra, Wagner declara que a greve é ilegal e fala em sanções.

Contudo, o populismo gerado pela figura “Lula” por trás da legenda petista, atrelado aos enormes gastos com propagandas governamentais e o adesismo vindo de oportunistas eleitoreiros, faz com que as pautas grevistas caiam em descrédito, com baixa resistência e sem o apoio das ruas. É preciso dar foco aos movimentos sociais que andam eclodindo na Bahia, na luta por direitos trabalhistas, defendidos pelo governo quando oposição. 

Greve é um direito legítimo só quando o PT não está no poder?

A esquerda sempre vendeu uma vítima aos olhos do povo, isso gera um populismo errôneo na população a respeito do regimento político do país, que deveria se posicionar de acordo com seus princípios e não porque acabou de ouvir: “Agora tem, tem, tem.”

É fato que, o povo baiano desperta a cada dia enxergando a administração pública de uma forma diferente, tecendo críticas e propondo melhorias, para assim pleitear suas demandas em qualquer ambiente político cabível. Afinal, todo poder emana do povo para em seu nome ser exercido.

André de Oliveira 
Presidente da Juventude Democrata – Simões Filho.

Um comentário:

  1. Sinceramente espero que a Bahia veja dias melhores no seu futuro.
    Parabéns André Oliveira e Bruno Alves.

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