O setor de energia é a área de origem profissional
da presidente Dilma Rousseff, economista de formação. Além de ex-ministra das
Minas e Energia no governo Lula, a presidente foi também secretária estadual de
Minas, Energia e Comunicação no Rio Grande do Sul.
No segundo mandato do governo Lula, Dilma recebeu
uma nova atribuição: cuidar da infraestrutura no Brasil por meio do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
O resto da história a gente já conhece. Após um
esforço diuturno e até mesmo extra-legal do ex-presidente Lula, sua pupila foi
eleita no pleito de 2010. Ajudou o marketing que a transformou na “gerentona”
do governo.
Passada a metade do mandato de Dilma, por incrível
que pareça, é na área de infraestrutura, sobretudo energia, que a presidente
coleciona seus maiores fracassos.
A começar pela Eletrobrás. A empresa registrou o
pior resultado de sua história do ano passado. O prejuízo foi de R$ 6,9
bilhões. Apenas no quarto trimestre de 2012, a perda foi de R$ 10,5
bilhões.
O governo pode alegar que esse
prejuízo ocorreu devido à decisão política de reduzir o valor das tarifas de
energia.
Mas a verdade é que a falta de
planejamento colocou o sistema elétrico aos humores das chuvas. Hoje, com os
reservatórios bem abaixo do previsto, usinas termoelétricas foram acionadas em
todo o país.
O
custo dessa operação envolvendo as termoelétricas pode chegar a R$ 6 bilhões,
ameaçando o desconto anunciado.
Na
Petrobras, o pior lucro em oito anos ocorrido em 2012 e o aumento do endividamento
são apenas parte do problema. Raras têm sido as semanas onde novas revelações
envolvendo má-administração na estatal não ocorrem.
De
outubro de 2010 até hoje, a petroleira perdeu cerca de metade de seu valor de
mercado. O crescente endividamento da empresa também preocupa. No final do ano
passado, a dívida líquida da Petrobras cresceu 43%, chegando a R$ 147,8
bilhões. Essa cifra representa 30% do patrimônio líquido da empresa. Se chegar
a 35%, a estatal pode perder o grau de investimento.
A
revista Época desta semana traz mais novidade. Documentos
revelam a sociedade secreta da Petrobras com um "czar do jogo" na
Argentina, amigo da presidente Cristina Kirchner, o empresário Carlos Fabián.
Depois
de investir bilhões e bilhões na Argentina, a Petrobras pode vender boa parte
de seu patrimônio no país vizinho para o empresário a um preço 60% menor do que
devia.
De
acordo com a publicação, sem dinheiro em caixa, a Petrobras resolveu se
desfazer de grande parte de seu patrimônio no exterior, que inclui de tudo:
refinarias, poços de petróleo, equipamentos, participações em empresas, postos
de combustível.
A
revista Época também teve acesso a documentos internos da
Petrobras que apresentam um diagnóstico sobre os negócios na África que devem
ser vendidos, incluindo mapas com a localização dos poços e informações sobre
seu potencial produtivo.
É
o PT praticando em surdina o que acusou o governo de FH fazer: uma privatização
a preço de bananas!
Uma
consequência residual da política de deterioração da Petrobras tem sido o
enfraquecimento do setor do etanol no Brasil. Com a gasolina sendo vendida
abaixo do valor de mercado, ficou impossível para os produtores de álcool serem
competitivos. Usinas têm fechado por todo o País.
De
resto, o brasileiro tem experimentado o caos nas filas de espera dos
aeroportos, as estradas perigosas e com péssima qualidade, obras que não saem
do papel, apagão logístico e outras mazelas da área em tese da “especialidade”
da presidente Dilma.
A
verdade é cada vez mais perceptível: os setores nos quais a presidente Dilma
interfere diretamente transformam-se em uma enorme confusão.
Fonte: Imprensa Democratas
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