domingo, 17 de junho de 2012

Estudantes Democratas reagem a peleguismo da ABES e UEB

O movimento estudantil Democratas Bahia apoia a greve dos professores da rede estadual de ensino. As reivindicações são legítimas. A paralisação é a reação natural a um governo despótico, que superou todos os limites da intolerância e da intransigência. Descumpre um acordo formal e se investe do mais deletério absolutismo ao dar um tratamento injusto e desigual aos principais agentes do processo de educar.
O atual governador do Estado da Bahia esquece que traz consigo um histórico grevista. Com essa bandeira foi construído o Partido dos Trabalhadores (PT). Com o passar do tempo, o gosto exacerbado pelo poder, no entanto, tomou caráter ditatorial. Aqueles que defendiam as greves hoje as negam e tentam jogar cada vez mais a sociedade contra as classes que reivindicam seus direitos.
Mais de um milhão de estudantes baianos estão sem aulas há quase 70 dias, comprometendo todo o ano letivo e prejudicando os que prestarão vestibular neste ano na tentativa de ingressar no ensino superior.
O governador Jaques Wagner não apresenta uma proposta decente para a superação do impasse, mas entidades estudantis, como ABES e UEB, que perderam a identidade, viraram “chapa branca”, tentam de maneira velada desestabilizar o movimento dos professores.
ABES e UEB publicaram uma nota, deixando claro que a “proposta de Jaques Wagner representou uma vitória para a classe”. A retrógrada atitude causou bastante revolta e indignação não só nos professores, os principais soldados desta guerra, mas, principalmente, nos estudantes, principais vítimas.
Os atuais dirigentes da ABES e UEB, ligados a braços partidários do governo, despudoradamente traem àqueles que deveriam representar, numa demonstração clara do aparelhamento daninho dessas entidades.
Nós, do movimento estudantil Democratas, nos solidarizamos com o movimento dos professores e estamos ao lado dos estudantes baianos no combate às atitudes pelegas da ABES e UEB.
Defendemos o fim da greve mediante o cumprimento do acordo firmado com os professores pelo Governo do Estado no final ano passado. Entendemos que o movimento é legitimo. Os professores, mesmo fora das salas, estão nos dando uma aula de cidadania, combatendo e denunciando a hipocrisia de um governo que não cumpre o que fala e, muito menos, o que assina.
No Japão, os únicos que não se curvam ao imperador são os professores. Já na Bahia, os mesmos são chamados pelo seu governante de mentirosos e covardes, prova clara de que a educação não é prioridade do governador Jaques Wagner.

Atenciosamente,

Diego Castro, Coordenador do Movimento Estudantil do Democratas
Lucas Moreno, Coordenador do Núcleo Secundarista

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