terça-feira, 12 de junho de 2012

Artigo de Bruno Alves publicado no jornal A Tarde – 12/06/12 - A educação transforma



Os professores da rede estadual de ensino da Bahia decidiram manter a greve. A proposta apresentada pelo governo não foi bem recebida. A mesma não contempla todos os professores, deixando excluídos os aposentados e os que estão em estado probatório.

A greve continua, assim como, a indiferença do governador Jaques Wagner. Ele se mantém intransigente e insensível à mobilização que atinge mais de um milhão de estudantes.

O absurdo não pode ser tratado com naturalidade. Fui aluno da rede estadual de ensino, estudei nos colégios estaduais Professora Candolina e Marquês de Maricá, ambas no bairro do Pau Miúdo.

Conheço as dificuldades enfrentadas por alunos e professores, a estrutura que é negada, que não permite ao professor desempenhar suas funções com plenitude e aos alunos um ambiente adequado para seu desenvolvimento.

A valorização do professor é de suma importância para alcançarmos uma educação de qualidade. A caminhada que já é longa se tornará impossível, se essa óbvia constatação continuar a ser desprezada pelo governador Jaques Wagner, que tenta em sua propaganda, em suas entrevistas, passar a idéia de que os professores são os vilões da história, o que não é verdade.

O que deve ser feito, respeitando o movimento e nossos professores, é sentar à mesa de negociação e dar fim a greve que o mesmo iniciou. Enquanto o governador continuar transpirando com o calor da sua insensibilidade, não pondo fim à greve, sonhos estão sendo interrompidos e dilacerados.   

Entre os estudantes em greve temos mais de cem mil do terceiro ano, que deveriam nesse momento está em sala de aula, se preparando para o vestibular e a prova do ENEM. O governo que diz fazer pra quem mais precisa é o mesmo que não oferece condições adequadas para nossos jovens ascenderem socialmente e buscarem o seu espaço.

Acredito na educação como principal meio de mudança e eliminador das diferenças tão entranhadas na sociedade brasileira. Nunca estarei satisfeito, enquanto a educação não for prioridade. A educação transforma. Nós queremos a política do cinismo ou a política da esperança?



Bruno Alves 
Presidente da Juventude Democratas





2 comentários:

  1. "A esquerda não é dona da juventude, nem de quem mora na periferia."

    Bem menos os Democratas que o criaram.

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    1. A juventude, todos nós, somos livres para escolher o "melhor" caminho a seguir. O Democratas me criou? Você está enganado!

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