terça-feira, 21 de junho de 2011

Petrobras perdeu US$ 47 bilhões no segundo trimestre, a maior queda entre as companhias abertas da América Latina e dos EUA


A Petrobras foi a companhia que registrou maior queda de valor de mercado até agora no segundo trimestre deste ano entre todas as companhias abertas da América Latina e dos Estados Unidos, segundo levantamento da Economática.

Em 31 de março deste ano, o valor de mercado da Petrobras correspondia a R$ 247,1 bilhões. Já ontem, a empresa valia US$ 199,8 bilhões, uma queda de US$ 47,2 bilhões, de acordo com cálculos de Einar Rivero, da Economática.

A perda é próxima ao valor de mercado total do Banco do Brasil, que é de US$ 48,8 bilhões.

Ontem as ações ordinárias da Petrobras terminaram em queda de 0,66%, cotadas a R$ 25,50. Os papeis preferenciais recuaram 0,60% para R$ 23,10. Já o índice Ibovespa teve alta de 0,18%, aos 61.168 pontos.

A segunda maior queda, no mesmo período, é do Google, cujo valor de mercado caiu US$ 32,5 bilhões (de US$ 188,7 bilhões para US$ 156,1 bilhões). Em terceiro, a Apple (o valor caiu de US$ 321 bilhões para US$ 291,5 bilhões), com uma perda de US$ 29,4 bilhões.

Em quarto, está o Bank of America, cujo valor caiu de US$ 135 bilhões para US$ 107,4 bilhões – um recuo de US$ 27,5 bilhões.

Em seguida, aparece o Wells Fargo, com uma perda no valor de mercado de US$ 24,5 bilhões (de US$ 167 bilhões para US$ 142,5 bilhões).

A segunda companhia brasileira com maior perda do mercado é Vale, que aparece no 16º lugar no ranking das empresas abertas da América Latina e dos Estados Unidos. No mesmo período, o valor da Vale caiu de US$ 163,6 bilhões para US$ 150,8 bilhões, uma queda de US$ 12,7 bilhões.

Já a terceira brasileira com pior desempenho é a OGX, de Eike Batista, em 20º no ranking. A perda da OGX é de US$ 10,4 bilhões (uma queda de US$ 39 bilhões para US$ 28,6 bilhões).

Segundo analistas do mercado, o desempenho da Petrobras este ano está sendo bastante afetado pela excessiva interferência do governo na empresa.

Na sexta-feira passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, presidente do conselho da Petrobras, reprovou pela segunda vez o plano de investimento da empresa para os anos de 2011 a 2015.

Nunca o governo federal foi tão duro com a Petrobras.

O governo deu dez dias para a companhia apresentar um novo plano. A Petrobras pretendia investir US$ 250 bilhões, mas, na próxima revisão, o plano deve baixar para o patamar atual, de US$ 224 bilhões.

Fonte: IG, Guilherme Barros

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