quinta-feira, 16 de junho de 2011

Petistas imolam os seus em praça pública.

O Democratas demonstrou inequívocos sinais de coesão e capacidade de articulação nas últimas três semanas e obteve vitórias políticas importantes como a derrubada de cinco Medidas Provisórias, a aprovação do Código Florestal, e a saída do ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, incapaz de explicar ao distinto público os motivos que o fizeram enriquecer de maneira tão rápida nos últimos meses.


Os êxitos ocorreram poucas semanas após um bom número de analistas praticamente decretar a morte política da oposição. Não que estivessem apenas com má-fé, pois hoje a base aliada é formada por mais de 70% dos congressistas tanto na Câmara quanto no Senado. Mas eles estavam errados.


Menos de seis meses após a posse de Dilma Rousseff, o que se vê é a evidente desintegração interna, especialmente no PT. Na última semana, a bancada do PT na Câmara discutiu abertamente a queda do então ministro das relações institucionais, Luiz Sérgio. Mas nem entre si eles se entendiam. O líder Paulo Teixeira (PT) insistia no nome do ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), para o cargo. Já o atual presidente da Câmara, Marco Maia (RS), defendia a vaga para Cândido Vacarezza (SP), líder do governo na Câmara. Todos perderam.


Veja o que o deputado Dr. Rosinha pensa de Vacarezza: “o líder tem de dar mais atenção ao PT. Muitos petistas se sentem desamparados pela liderança do governo”.


Entre si tais parlamentares estavam desunidos. O único ponto em comum era detratar Luiz Sérgio para nomear um aliado pessoal. De acordo com o jornal o Estado de S. Paulo, nesse grupo também se incluem os deputados Henrique Fontana (RS), José Guimarães (CE) e o senador Lindbergh Farias (RJ).


De acordo com os petistas, como revelou o colunista Ilimar Franco, de O Globo, Luiz Sérgio seria “fraco”, estaria “de saco cheio”, “se desgastou” e “ele não quer ficar”.


Na quinta-feira, ferida pelas flechas petistas, a assessoria de Luiz Sérgio chegou a divulgar a seguinte nota: “Ele não se demitiu, mas não tem apego a cargo nem sabe se fica ou sai”.


Mas o nome de preferência da presidente Dilma sempre foi o da então ministra da Pesca, Ideli Salvatti. De acordo com o jornal Valor, ela chegou a dar um ultimado à bancada na Câmara do PT no seguinte sentido: ou todos se entendiam ou Ideli seria a nomeada. Ou seja, Ideli foi chamada também para punir os indisciplinados do Congresso.


O PMDB deu um OK não muito entusiasmado ao nome da ex-ministra da Pesca para que ela conseguisse o cargo de Luiz Sérgio. Mas vejam o que seus próprios colegas petistas pensam dela:
“Estamos todos estupefatos. É como colocar um elefante bravo para cuidar de uma loja de porcelana”, afirmou ao O Globo, um integrante do partido que preferiu se manter no anonimato. Segundo o jornal, vários parlamentares reclamaram do estilo “truculento” de Ideli. De acordo com Merval Pereira, de O Globo, Dilma Rousseff prefere ter a seu lado assessoras que, a sua imagem e semelhança, são ríspidas no trato.


Nesse tiroteio, a Folha de S. Paulo resolveu fazer uma pesquisa com 95 dos 98 parlamentares do PMDB sobre suas relações com o governo atual. Resultado: para 55 deles a interlocução do Executivo do Congresso piorou em relação ao governo Lula; para 10, não mudou; sete dizem que está melhor; e 23 não quiseram responder. Foram 46 os que disseram que o principal ponto de atrito é a “falta de diálogo”.


Como Palocci saiu aplaudido de pé e Delúbio Soares recebido de volta com braços abertos, parece ser possível concluir que o PT só se une quando um dos seus aparece envolvido em sérias suspeitas de irregularidades.


E como prêmio de consolação, Luiz Sérgio ficou com o Ministério da Pesca. O governo petista possui 38 ministérios. Um dos principais motivos para existência de tantas pastas é para acomodar tantas petistas e vítimas de derrotas políticas. Pouco a ver com as reais necessidades do País.

Fonte: http://www.blogdemoctata.org.br/


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