Reportagem diz
que o governo brasileiro atrasou plano das novas concessões, especialmente dos
aeroportos, por 'relutar' em aderir às privatizações.
A revista britânica The Economist destaca
em reportagem na edição que chega nesta quinta-feira às bancas o fato de o
Brasil ter "despertado para a necessidade urgente de melhorar a
infraestrutura do País", em especial nos transportes. A reportagem diz que
o governo de Dilma Rousseff era "relutante" em aderir às
privatizações e que isso teria atrasado o plano das novas concessões,
especialmente dos aeroportos.
"O governo do Brasil despertou para a
necessidade urgente de melhorar a infraestrutura do País. Ele está leiloando
concessões de rodovias, estradas e aeroportos. No mês passado, acrescentou
portos à lista e prometeu gastar R$ 54 bilhões para expandir, dragar e melhorar
os portos ao longo dos próximos cinco anos", afirma a reportagem.
A decisão de repassar projetos à iniciativa
privada, no entanto, não foi fácil. A revista britânica diz que o governo de
Dilma Rousseff tinha "relutância" em privatizar alguns setores da
economia. Para a Economist, o atual governo brasileiro foi "tardiamente
convertido" às privatizações.
"Depois de vender 51% das ações em três
aeroportos em fevereiro do ano passado, o governo ficou temeroso e passou o
restante do ano sondando operadores estrangeiros para verificar se algum
consideraria entrar em uma licitação para investimento minoritário. Somente
depois de perceber que não teria compradores, o governo decidiu continuar a
vender o controle acionário", relata o texto.
A
revista cita que o plano de melhoria da infraestrutura também entra no esforço
federal para tentar ajudar a impulsionar o crescimento "anêmico" do
Brasil. O texto lembra que até mesmo a agricultura, que tem apresentado
desempenho positivo recente, sofre com a situação da infraestrutura. "Os
altos custos do transporte das exportações dos agricultores corroem os lucros
do campo."
A revista lembra, porém, que "muitos planos da
infraestrutura brasileira não conseguem sair do papel" e cita as propostas
para a Copa do Mundo de 2014 como exemplo. Dos 102 projetos apresentados em
2010 para o mundial de futebol, quase um quinto - ou 19 obras - sequer começaram.
Fonte:
Veja
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