O cenário político brasileiro precisa
ser renovado. Para essa renovação acontecer de forma saudável é importante à
participação da juventude, seja ela partidária ou não. A juventude deve ser um
agente de mudança, participando e criando debates, tendo voz ativa e caminhar
livre.
Com muita indignação e tristeza,
tomei conhecimento do jantar organizado pela juventude do PT, para arrecadar
fundos e pagar multas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos
condenados do Mensalão.
Como dizia o dramaturgo, escritor e
jornalista, Nelson Rodrigues: “Nada mais cretino e mais cretinizante do que a
paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de
imbecilizar o homem”. Essa frase sintetiza o comportamento torpe de uma
juventude que vem demonstrando já está caduca, quando o assunto é política e
principalmente em defesa do seu partido (PT).
O Mensalão é o maior esquema de
corrupção, nunca visto antes, na história desse país. Compra de votos de
parlamentares em troca de apoio ao governo Lula. Por incrível que pareça,
o então presidente Luis Inácio Lula da Silva assegura desconhecer o esquema que
favoreceu seu governo.
No jantar oferecido pela juventude do
PT de Brasília, foram oferecidos 170 convites, 150 foram vendidos. Apenas 70 se
despiram da vergonha e marcaram presença.
Qual mudança desejada pela juventude
do partido dos trabalhadores? Essa é a tão falada revolução? Corromper por
projeto de poder? Será que assistiremos filas nos presídios quando os
condenados estiverem cumprindo as penas? Será que o ego solitário de José
Dirceu está preterindo a juventude do seu partido? Será que essa juventude quer
realmente alguma mudança?
Definitivamente, não é esse o
comportamento que se espera da juventude. Nós somos maiores do que isso, nós
não somos as migalhas de um processo corrompido. Nós somos a mudança tão
aguardada, esse é o nosso tempo, não vamos desperdiçar mais essa oportunidade e
perder mais uma geração.
Cortar na própria carne é doloroso e
causa muita frustração, mas é necessário. Recordo-me com tristeza, quando a
Juventude Democratas tomou conhecimento do envolvimento do então senador
Demóstenes Torres com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Causando grande
decepção entre os jovens que militam no partido.
Ao contrário da Juventude do PT, a
Juventude Democratas cobrou ação célere e exemplar em relação a Demóstenes.
“Nós jovens Democratas não aceitamos arcar com o ônus de comportamentos
individuais, equivocados que não representam a postura esperada de qualquer
representante do Democratas no Congresso Nacional”, afirmou Henrique Sartori,
presidente nacional da Juventude Democratas.
O corrupto pode bater na porta de
qualquer partido, mas é a forma que ele é tratado que nos define. Nós membros
da Juventude Democratas não aceitamos caminhar com a improbidade. Não é com
tiflose partidária, que iremos conquistar as mudanças necessárias para nosso
país avançar.
Bruno Alves
Presidente da Juventude Democratas Bahia
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