O Brasil está distante de cumprir as metas para a
educação básica para se tornar um País minimamente desenvolvido.
Nada mais nada menos do que 3,8 milhões de crianças
e adolescentes entre 4 a 17 anos estão fora da escola.
O levantamento foi da ONG Todos Pela Educação. De
acordo com a presidente da entidade, Priscila Cruz, o número é “assustador”. “É
inadmissível, são quase quatro milhões de pessoas que têm seu direito
de aprender negado”, disse a pesquisadora.
Atualmente, o índice de crianças e adolescentes que
frequentam a escola é de 91,5%. A Meta é chegar a 2022 com 98%. A continuar o
ritmo de avanços da gestão PT frente ao governo federal, não será possível.
O relatório apontou ainda que dos quase
4 milhões que não estão nas salas de aula, 1,16 milhão são
crianças de 4 a 5 anos. Entre os jovens de 15 a 17, o número é ainda
maior: 1,7 milhão.
Entretanto, nem todos os dados da pesquisa são
ruins. O Brasil praticamente universalizou a educação para a faixa de
8 a 12 anos: 98,5% de atendimento. O desafio ainda é manter essas crianças
na escola.
Mas o principal problema da educação no Brasil nem
mesmo é a presença nas salas de aula. É a qualidade do ensino. Segundo o
relatório, em apenas 35 cidades - 0,6% do total - 50% ou mais dos estudantes
têm conhecimentos matemáticos adequados à sua série. No caso da língua
portuguesa, em só 67 municípios brasileiros os alunos dominam acima da metade
dos conhecimentos necessários.
Nenhum nível de ensino, em nenhuma região País,
obteve mais que 46% de alunos com rendimento satisfatório em português ou
matemática, em 2009 (último dado a ser colhido).
No ensino médio, apenas 11% dos formandos aprendem
o que deveriam de matemática.
No caso da língua portuguesa, 1,2% possuíram
desempenho satisfatório. “Isso significa que a grande maioria ainda não
aprendeu a identificar os elementos que constroem a narrativa de um texto, por
exemplo”, afirma reportagem do Estado de S. Paulo.
As duas disciplinas são avaliadas em todo o País
pela Prova Brasil, no 5.º e 9.º ano do fundamental, e pelo Saeb, nas mesmas
séries e também no 3.º ano do médio.
Em 2010, 80% ou mais das crianças no final do
terceiro ano fundamental deveriam dominar a leitura, a escrita e as operações
matemáticas básicas. No caso da escrita, 53,3% alcançaram o padrão desejado. No
da leitura, 56,1%. No da matemática, 42,8%.
Além disso, apenas 50% dos jovens com até 19 anos
concluem o ensino médio. Destes, somente 11% aprenderam o mínimo previsto de
matemática. Por isso, de acordo com editorial do Estado de S. Paulo.
“Não tem muito sentido prático alargar as portas de acesso às faculdades, como
fez o governo durante vários anos, quando poucos estão preparados para
enfrentar um bom ensino universitário”.
O governo atual enfatizou o ensino superior, o que
em tese é o correto. Porém, deixou de lado os esforços fundamentais da era FHC
em colocar todas as crianças na escola e buscar a melhoria do
paulatina do ensino.
A péssima qualidade da educação não é apenas um
problema social do presente. Tem a ver com o futuro e o desenvolvimento
econômico. Sem formação não teremos mão de obra de qualidade para indústrias e
pensadores capazes de melhorar o nível de nossa ciência e tecnologia. São menos
oportunidades de empregos e menores as chances de elevar a qualidade de vida da
população.
No caso do 5.º ano, em matemática, são 1.029 as cidades (19%) que têm
50% ou mais de seus alunos sabendo o que foi ensinado – como ler dados em
tabelas. Em língua portuguesa, essa taxa cai para 14,3% – ou 773 cidades –
com metade ou mais dos estudantes sabendo, por exemplo, identificar efeitos
de humor em um texto.
Nenhuma das capitais do País tem metade ou mais de suas crianças e
jovens com o aprendizado adequado nas duas disciplinas dos dois anos
avaliados. As taxas mais altas pertencem a Belo Horizonte, com 49% de suas
crianças do 5.º ano com conteúdo correto em português e em matemática.
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Esses mesmos índices, na cidade de São Paulo, são de 33,6% para
matemática e 34,5% para língua portuguesa.
Fonte: Imprensa Democratas
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ótima publicação. Sonho ainda com um Brasil totalmente educado e gerando conhecimento e tecnologias ao mundo
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