segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A mão pesada do Estado brasileiro



A presidente Dilma Rousseff chega à metade de seu mandato sem enfrentar as inúmeras deficiências estruturais herdadas do governo Lula: corrupção desenfreada, mau uso de recursos públicos, irresponsabilidade fiscal, gestão ineficiente, loteamento político da máquina estatal, etc.

O Brasil caminha por inércia. A inexistência de um projeto para o País é cada dia mais claro. A incapacidade de gestão - já tão presente na Era Lula - se aprofundou.

O crescimento pífio previsto para este ano - por volta de 1% ou até menos, segundo algumas previsões -, reforça a tese de que a política do improviso, com benesses distributivistas, empurrões intervencionistas, fracassou, e só a equipe econômica do governo Dilma não vê.

O país corre o risco de fechar o ano caindo novamente de patamar entre as maiores economias do mundo. Na comparação com os Brics, estamos na lanterna do crescimento. Na América do Sul, a Cepal estima que o PIB do Brasil em 2012 só será maior do que o do Paraguai.

Diante de expectativas tão desanimadoras, a economia brasileira implora por urgentes correções de rumo. Até a imprensa internacional já enxerga o nosso fiasco econômico.

Na primeira semana de dezembro, a revista britânica "The Economist", uma das mais respeitadas do mundo, apelidou a economia brasileira de "moribunda" e, numa crítica ao excesso de intervencionismo do governo federal, chamou a presidente Dilma de "intrometida-chefe".

A revista, além de sugerir a demissão do ministro Guido Mantega, aponta a mão pesada do Estado brasileiro como um dos fatores para o fraco desempenho da nossa economia, entravada por um intervencionismo asfixiante que afugenta investimentos.

Na última sexta-feira, estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que, dentre 14 países pesquisados, o Brasil está em penúltimo lugar no ranking de competitividade.

Com o esgotamento do modelo de crescimento à base de consumo e crédito barato, a Economist alerta para a necessidade imperiosa da redução do custo Brasil, “uma combinação de burocracia, impostos altos, infraestrutura em frangalhos e câmbio sobrevalorizado que faz o país ser dolorosamente caro para negociar”.

Para completar, diz a revista que, “ainda mais do que Lula, a senhora Rousseff parece acreditar que o Estado deve dirigir as decisões do investimento privado. Tais micro-intervenções derrubam a confiança na política macroeconômica. O governo deveria deixar os espíritos animais do setor privado rugirem”.

Folha de S.Paulo de ontem, em editorial intitulado “Na base do improviso”, também destacou a equivocada agenda intervencionista do governo federal. “O investimento segue travado porque empresários perdem confiança num governo que muda as regras sem parar e multiplica ações desconexas”. 

É preocupante o nefasto crescimento da intervenção estatal na economia, que impõe cada vez mais impostos, mais regulamentações, mais burocracia e cada vez menos espaço favorável para os empreendedores produzirem.

O Estado brasileiro é um gigante ineficiente. Basta observar a incapacidade gerencial do atual governo. Nem as mais badaladas promessas eleitorais foram cumpridas.

Um levantamento minucioso organizado pela revista “Exame” mostra que, prestes a completar seis anos, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) só tem 7% das obras concluídas, e a maioria — 62% do total — estão emperradas ou atrasadas.

A enorme concentração de poder nas mãos do governo, além de produzir ineficiência e desperdício, é o principal convite para a corrupção - praga que desmoraliza as instituições e enoja a opinião pública.

A revista Época desta semana mostra gravações que revelam como a quadrilha liderada por Rosemary Noronha, secretária de Lula, tentou melar o julgamento do mensalão.

O Brasil precisa mudar de rumo. É necessário realizar a profissionalização do setor público, enxergar o governo como uma empresa, realizar planejamentos consistentes e executar as ações com sucesso.

Essas práticas modernas fazem parte das administrações do Democratas. Em Salvador, por exemplo, ACM Neto divulgou um arrojado programa de governo voltado para práticas de meritocracia e de estímulo à iniciativa privada.

Neto foi buscar parcerias nos EUA e anunciou que vai criar uma agência para atração de investimentos na capital baiana, chamadaSalvador Negócios. “A ideia é que a prefeitura possa gastar menos com a sua estrutura e mais com o cidadão”, disse.

A marcha insensata do intervencionismo no governo Dilma revelou-se um retumbante fracasso. O governo precisa intervir menos para que os empreendedores empreendam mais. 

Fonte: Imprensa Democratas

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