O Brasil pôde constatar nesta semana que o fascismo
está presente entre nós. Mas, surpreendentemente para quem não está ligado em
política, o germe autoritário corre é nas veias dos movimentos de esquerda.
Grupos ligados ao PC do B, ao PT, monitorados pela
embaixada de Cuba, e contando com a omissão e mesmo a participação explícita de
um funcionário do Palácio do Planalto, se lançaram em uma cruzada medieval
contra a blogueira cubana Yoani Sánchez, em visita ao país.
Houve movimentos organizados para boicotar todas as
falas de Yoani. Não preferiram ouvir a cubana e apresentar
contra-argumentações. Preferiram apenas promover manifestações de força contra
a dissidente. No Brasil não há mais os camisas verdes, os fascistas dos anos
30. Foram substituídos pelas camisas vermelhas de militantes estudantis
intolerantes.
E qual o maior pecado de Sánchez? Ora, ela se opõe a
uma ditadura, em tese de esquerda, dos glorificados irmãos Castro, no poder
desde 1959. E para injuriar a blogueira vale tudo, inclusive insinuações sobre
sua vida pessoal.
Mais do que uma tentativa de desqualificação ou ofensa
política o fascismo possui características objetivas, a saber:
· Existência
de um líder carismático para conduzir a nação;
· Um
Estado poderoso que controla a economia e a política;
· Manifestantes
voluntarista prontos a obedecer o líder a despeito da lei;
· Menosprezo
pela democracia e ódio ao liberalismo;
· Militarismo;
· A
existência de uma classe intelectual pronta a justificar o sistema;
· Truculência
frente ao contraditório.
Frente
a essas colocações, é difícil não considerar as movimentações contra blogueira
uma atitude fascista.
Yoani
Sánchez foi elegante frente aos atos contra ela. Lembrou que em Cuba tais
protestos não seriam possíveis. “Queriam me linchar e eu conversar”, disse.
Enquanto os patrulheiros do Brasil andam tão
preocupados com a presença de uma blogueira cubana, a presidente Dilma Rousseff
se prepara para visitar mais uma ditadura.
Dilma irá à Guiné Equatórial, onde o presidente
Obiang Nguema Mbasogo está há 34 anos no poder. Segundo a ONG Human Rights
Watch, Mbasogo é um dos líderes mais corruptos do mundo. O país é conhecido
como “Auschwitz da África”.
O caso Yoani, infelizmente, é apenas uma faceta de um
grupo ligado ao poder que acha que tudo vale para destruir com quem não comunga
com suas ações e ideias.
Outra vítima habitual das injúrias raivosas tem sido o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Hoje, no evento de comemoração do
aniversário do Partido dos Trabalhadores, a tônica não é só fazer festa, mas
atacar o ex-presidente.
Assim como ocorre contra Yoani Sánchez, a principal
arma da agressão contra FH é a mentira. Uma cartilha que será
distribuída aos militantes faz uso de falsificações grosseiras para comparar a
era PT com o governo FH.
Um detalhe curioso é que a capa do panfleto petista
possui a estética do realismo socialista soviético, comandado por Stalin.
Editorial do Estado de S. Paulo lembrou
hoje as sábias palavras de uma militante política alemã, por sinal comunista,
Rosa Luxemburgo “A liberdade é quase exclusivamente a liberdade de quem
discorda de nós”. A citação não foi compreendida pela esquerda brasileira...
O Democratas, também nesse sentido, é o partido da
liberdade. O deputado Mendonça Filho (PE) foi um dos primeiros a protestar
contra os seguidos absurdos ocorridos no Brasil e apresentou um pedido de
proteção para a blogueira.
Nas palavras do presidente José Agripino, Yoani é
apenas uma profissional que busca praticar a democracia em Cuba.
Fonte: Imprensa Democratas
Nenhum comentário:
Postar um comentário