terça-feira, 12 de março de 2013

O PT vem para nossa raia



http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/files/2013/02/pronunciamento-oficial-dilma-rousseff.jpg

O governo do PT resolveu entrar na raia onde a oposição ainda está a algumas braçadas de vantagem: a redução de impostos. O anúncio da desoneração da cesta básica, na última sexta-feira, mostrou que a campanha eleitoral antecipada também significa buscar no campo oposicionista mais discurso para atrair votos.

As medidas do governo, na verdade, são reativas, pois a equipe econômica está acuada com uma inflação de 6,3% em 12 meses, muito próxima ao teto da meta. Os preços dos serviços e alimentos, que afetam diretamente a população, são os que mais subiram. Mês passado, 72% dos itens que compõem a cesta aumentaram de preço. 

Além disso, o governo sabe que o crescimento medíocre do PIB ainda não afetou a maioria esmagadora da população porque o consumo das famílias continua em alta, acima de 3%, e cresce continuamente há nove anos.  No sentido do consumo, a sensação de bem-estar permanece. Mas se nada fosse feito, o trunfo eleitoral do consumo poderá ser perdido. 

Mas, politicamente, com a maneira ousada e tecnicamente impecável que Dilma apresentou a isenção tributária nos produtos básicos, em cadeia nacional de TV, as medidas governamentais não se mostraram como defensivas.  Pareciam um pacote de bondades, simplesmente. Destaque para a grande quantidade de vezes que a presidente falou a palavra “consumo” à população. 

Talvez nem seja preciso repetir que a oposição já havia conseguido aprovar uma proposta de emenda constitucional que ia exatamente nessa direção: a isenção de impostos da cesta básica. Maquiavelicamente, a presidente Dilma Rousseff vetou a medida e poucos meses depois apresenta a mesma ideia como se fosse dela.

Ato contínuo ao pronunciamento de Dilma, o PSDB divulgou uma nota à imprensa em que tenta alertar a população sobre a desonestidade intelectual das medidas do governo. Mas preciso notar aí a diferença das forças em jogo. A reação tucana só irá atingir, quando muito, a parcela politizada e minoritária da população. Para a grande maioria a ideia foi de Dilma. 

A questão, portanto, é matemática.  A informação de que a Dilma havia vetado a desoneração da cesta básica vai circular entre uma minoria. A informação de que a cesta básica diminuiu o valor por causa da Dilma chegará à grande maioria Só resta a oposição dobrar a aposta. Com todo barulho possível lembrar que a diminuição da carga tributária sempre foi uma bandeira dela.  

É mais do que sabido: a diminuição da carga de impostos é o primeiro princípio do Democratas. O partido defende que, na prática, um Real na mão da sociedade é muito mais eficiente do que um Real na mão do governo. 

Um exemplo concreto: há um projeto do senador José Agripino que prevê a desoneração do material escolar. 

O Democratas sempre mostrou que mesmo com uma carga tributária gigantesca, o governo não oferece a contrapartida devida ao cidadão. Basta mostrar nossos péssimos dados de logísticas e os índices mínimos do PAC para isso.

Também é preciso lembrar que com o Estado monstro de 39 ministérios criados pelos petistas. A máquina administrativa atual serve a interesses políticos, não ao brasileiro.

Na revista Veja desta semana há uma matéria de sete páginas sobre a inoperância administrativa do governo. Os dados para a publicação foram obtidos junto à equipe do Siafi do Democratas

No Brasil defendido pelo Democratas, a sociedade pagaria menos impostos e contribuiria mais com a construção do bem estar de todos. 

Chega de depender de um Estado extremamente bem remunerado por nós, mas muito mal gerido e incompetente. 

Fonte: Imprensa Democratas

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