sexta-feira, 1 de março de 2013

Democratas de olho nos erros no BNDES



Em janeiro deste ano, o Brasil bateu mais um recorde, o de pagamento de impostos pela população ao governo. A arrecadação chegou a R$ 116,1 bilhões. Desde que esse índice começou a ser medido, há 28 anos, não houve nada igual.

Em valores corrigidos, a carga de impostos sobre o cidadão brasileiro aumentou 160% na era do PT. Hoje, em média, cada brasileiro entrega cinco meses de sua renda anual ao governo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Para o empreendedor os impostos excessivos também são um fardo. No Brasil, empregadores pagam 57,6% de um salário em impostos, enquanto a média mundial é de 25%.

E fica a pergunta: o governo aplica bem esses recursos? Apenas o caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostra que muitas vezes o excesso de dinheiro destinado ao Tesouro tem sido extraordinariamente desperdiçado. Na linguagem popular, jogado na lata de lixo.

Por exemplo, o lucro do BNDESPar - que administra as participações em empresas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - caiu 93,1% no ano passado. Essa queda se deve aos problemas enfrentados pelas companhias que receberam investimentos do banco.

Em 2012, o BNDESPar lucrou R$ 298 milhões. Em 2011, o resultado chegou a R$ 4,3 bilhões.

Devido ao BNDESpar, O lucro do BNDES caiu 9,55%. O resultado de 2012 ficou em R$ 8,2 bilhões, em comparação aos R$ 9 bilhões de 2011.

Se não fosse uma manobra de contabilidade, a queda no lucro não seria de 10% mas de 36%.

A carteira de ações do BNDES, que inclui 142 empresas, caiu de R$ 89,7 bilhões, em 2011, para R$ 78,2 bilhões, no ano passado. Mas o lucro foi menor também porque as principais fontes de dividendos tiveram um ano marcado por dificuldades, como foi o caso da Vale, Petrobras e Eletrobras.
Nos três casos, diga-se de passagem, as empresas perderam valor de mercado devido a ações desastradas do governo.
Mas o prejuízo do BNDES também se deve a investimentos a empresas “menores” como a LBR-Lácteos, que entrou com pedido de recuperação judicial deixando dívidas de R$ 865 milhões. Ao colocar R$ 700 milhões na empresa, o BNDES pretendia eleger um “campeão nacional”. Não deu certo
Outras operações do BNDES sujeitas a questionamentos são a fusão da Oi com a Brasil Telecom, da Perdigão com a Sadia, e ainda o frigorífico JBS, a VCP e a Aracruz.

Talvez não por coincidência o frigorífico JBS foi um dos principais doares de campanha da atual presidente Dilma Rousseff.

De acordo editorial com o Estado de S. Paulo, a crise no BNDES, “tem pouca relação com a crise internacional. Reflete essencialmente os equívocos da política econômica e os critérios impostos à instituição, incluído o apoio preferencial a grandes grupos e a ‘campeões nacionais’”.

Atualmente, dois terços dos empréstimos concedidos pelo BNDES são a grandes conglomerados.

Continua o editorial sobre o BNDES: “Algumas de suas operações mais estranhas ocorreram no ramo de frigoríficos, mas a lista de iniciativas discutíveis é ampla. Dentre as mais notáveis, será difícil de esquecer a quase participação do BNDES na associação, afinal frustrada, do Grupo Pão de Açúcar com o ramo brasileiro do Carrefour. Antes do recuo do banco, a imprensa apontou o equívoco e os perigos do envolvimento naquela operação”.

Sempre atento aos problemas gerenciais do governo, o presidente do Democratas, José Agripino, apresenta hoje um projeto de resolução que tornará obrigatória a presença trimestral do presidente do BNDES no Senado Federal.

Além de reforçar a prerrogativa do Senado, o projeto tem como objetivo monitorar a atuação de um órgão que não tem conseguido mais atuar a favor do desenvolvimento do Brasil.

Se nada for feito, o BNDES pode ter o mesmo destino de empresas como a Petrobras e a Eletrobras, uma gigantesca perda de valor e de credibilidade devido a incompetência gerencial de um governo intervencionista.

Fonte: Imprensa Democratas

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