A Prefeitura de Salvador apoia a
construção do metrô, mas entende que não deve caber ao usuário de ônibus o
financiamento da operação metroviária. “Se cedermos à atual proposta do governo
do estado de, considerando uma tarifa integrada de R$ 2,80, apenas R$ 0,95
serem repassados aos ônibus, ficando o metrô com R$ 1,75, haverá necessidade de
aumentar a passagem de ônibus para prejuízo de toda a população”, diz o
secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia.
De acordo
com Aleluia, mesmo depois de concluídas as Linhas 1 e 2, o metrô, quando em
operação, atenderá diretamente apenas 3% da demanda total de usuários das
viagens do transporte coletivo da cidade, chegando a 30% com o abastecimento de
passageiros que deverá ser feito pelos ônibus. “Enquanto isso, 70% da demanda
de usuários continuará sendo transportada apenas por ônibus”, destaca.
Aleluia explica que o impasse nas
negociações com o governo do estado vem se dando em razão principalmente da
decisão da Prefeitura de não onerar a população e da necessidade de preservação
do equilíbrio financeiro do sistema de transporte público da cidade. “Não é
viável economicamente nem financeiramente repassar ao metrô mais da metade do
valor da tarifa, como está propondo o governo estadual, sem aumento geral da
passagem”. Segundo o secretário municipal, todo metrô no mundo é subsidiado,
inclusive o de Londres, que é privado. “No caso do metrô de Salvador, que tem
uma baixa demanda direta, é imprescindível que haja o abastecimento de
passageiros pelos ônibus. Não concordamos que a população subsidie a operação
do metrô com o aumento do preço da passagem”, afirma Aleluia.
Fonte: Politica Livre
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