Em janeiro deste ano, o Brasil bateu mais um recorde,
o de pagamento de impostos pela população ao governo. A arrecadação chegou a R$
116,1 bilhões. Desde que esse índice começou a ser medido, há 28 anos, não
houve nada igual.
Em valores corrigidos, a carga de impostos sobre o
cidadão brasileiro aumentou 160% na era do PT. Hoje, em média, cada brasileiro
entrega cinco meses de sua renda anual ao governo, de acordo com o Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
Para o empreendedor os impostos excessivos também são
um fardo. No Brasil, empregadores pagam 57,6% de um salário em impostos,
enquanto a média mundial é de 25%.
E fica a pergunta: o governo aplica bem esses
recursos? Apenas o caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) mostra que muitas vezes o excesso de dinheiro destinado ao Tesouro tem
sido extraordinariamente desperdiçado. Na linguagem popular, jogado na lata de
lixo.
Por exemplo, o lucro do BNDESPar - que administra as
participações em empresas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) - caiu 93,1% no ano passado. Essa queda se deve
aos problemas enfrentados pelas companhias que receberam investimentos do
banco.
Em 2012, o BNDESPar lucrou R$ 298 milhões.
Em 2011, o resultado chegou a R$ 4,3 bilhões.
Devido ao BNDESpar, O lucro do BNDES caiu 9,55%. O
resultado de 2012 ficou em R$ 8,2 bilhões, em comparação aos R$ 9 bilhões de
2011.
Se não fosse uma manobra de contabilidade, a queda no
lucro não seria de 10% mas de 36%.
A
carteira de ações do BNDES, que inclui 142 empresas, caiu de R$ 89,7 bilhões,
em 2011, para R$ 78,2 bilhões, no ano passado. Mas o lucro foi menor também
porque as principais fontes de dividendos tiveram um ano marcado por dificuldades,
como foi o caso da Vale, Petrobras e Eletrobras.
Nos
três casos, diga-se de passagem, as empresas perderam valor de mercado devido a
ações desastradas do governo.
Mas
o prejuízo do BNDES também se deve a investimentos a empresas “menores” como a
LBR-Lácteos, que entrou com pedido de recuperação judicial deixando dívidas de
R$ 865 milhões. Ao colocar R$ 700 milhões na empresa, o BNDES pretendia eleger
um “campeão nacional”. Não deu certo
Outras operações do BNDES sujeitas a questionamentos
são a fusão da Oi com a Brasil Telecom, da Perdigão com a Sadia, e ainda o
frigorífico JBS, a VCP e a Aracruz.
Talvez não por coincidência o frigorífico JBS foi um
dos principais doares de campanha da atual presidente Dilma Rousseff.
De acordo editorial com o Estado de S. Paulo, a
crise no BNDES, “tem pouca relação com a crise internacional. Reflete
essencialmente os equívocos da política econômica e os critérios impostos à
instituição, incluído o apoio preferencial a grandes grupos e a ‘campeões
nacionais’”.
Atualmente, dois terços dos empréstimos concedidos
pelo BNDES são a grandes conglomerados.
Continua o editorial sobre o BNDES: “Algumas
de suas operações mais estranhas ocorreram no ramo de frigoríficos, mas a lista
de iniciativas discutíveis é ampla. Dentre as mais notáveis, será difícil de
esquecer a quase participação do BNDES na associação, afinal frustrada, do
Grupo Pão de Açúcar com o ramo brasileiro do Carrefour. Antes do recuo do
banco, a imprensa apontou o equívoco e os perigos do envolvimento naquela
operação”.
Sempre atento aos problemas gerenciais do governo, o
presidente do Democratas, José Agripino, apresenta hoje um projeto de resolução
que tornará obrigatória a presença trimestral do presidente do BNDES no Senado
Federal.
Além de reforçar a prerrogativa do Senado, o projeto
tem como objetivo monitorar a atuação de um órgão que não tem conseguido mais
atuar a favor do desenvolvimento do Brasil.
Se nada for feito, o BNDES pode ter o mesmo destino de
empresas como a Petrobras e a Eletrobras, uma gigantesca perda de valor e de
credibilidade devido a incompetência gerencial de um governo intervencionista.
Fonte: Imprensa Democratas
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