O governo do
PT resolveu entrar na raia onde a oposição ainda está a algumas braçadas de
vantagem: a redução de impostos. O anúncio da desoneração da cesta básica, na
última sexta-feira, mostrou que a campanha eleitoral antecipada também
significa buscar no campo oposicionista mais discurso para atrair votos.
As medidas
do governo, na verdade, são reativas, pois a equipe econômica está acuada com
uma inflação de 6,3% em 12 meses, muito próxima ao teto da meta. Os preços dos
serviços e alimentos, que afetam diretamente a população, são os que mais
subiram. Mês passado, 72% dos itens que compõem a cesta aumentaram de preço.
Além disso, o
governo sabe que o crescimento medíocre do PIB ainda não afetou a maioria
esmagadora da população porque o consumo das famílias continua em alta, acima
de 3%, e cresce continuamente há nove anos. No sentido do consumo, a
sensação de bem-estar permanece. Mas se nada fosse feito, o trunfo eleitoral do
consumo poderá ser perdido.
Mas,
politicamente, com a maneira ousada e tecnicamente impecável que Dilma
apresentou a isenção tributária nos produtos básicos, em cadeia nacional de TV,
as medidas governamentais não se mostraram como defensivas. Pareciam um
pacote de bondades, simplesmente. Destaque para a grande quantidade de vezes
que a presidente falou a palavra “consumo” à população.
Talvez nem
seja preciso repetir que a oposição já havia conseguido aprovar uma proposta de
emenda constitucional que ia exatamente nessa direção: a isenção de impostos da
cesta básica. Maquiavelicamente, a presidente Dilma Rousseff vetou a medida e
poucos meses depois apresenta a mesma ideia como se fosse dela.
Ato contínuo
ao pronunciamento de Dilma, o PSDB divulgou uma nota à imprensa em que tenta
alertar a população sobre a desonestidade intelectual das medidas do governo.
Mas preciso notar aí a diferença das forças em jogo. A reação tucana só irá
atingir, quando muito, a parcela politizada e minoritária da população. Para a
grande maioria a ideia foi de Dilma.
A questão,
portanto, é matemática. A informação de que a Dilma havia vetado a
desoneração da cesta básica vai circular entre uma minoria. A informação de que
a cesta básica diminuiu o valor por causa da Dilma chegará à grande maioria Só
resta a oposição dobrar a aposta. Com todo barulho possível lembrar que a
diminuição da carga tributária sempre foi uma bandeira dela.
É mais do
que sabido: a diminuição da carga de impostos é o primeiro princípio do
Democratas. O partido defende que, na prática, um Real na mão da sociedade é
muito mais eficiente do que um Real na mão do governo.
Um exemplo
concreto: há um projeto do senador José Agripino que prevê a desoneração do
material escolar.
O Democratas
sempre mostrou que mesmo com uma carga tributária gigantesca, o governo não
oferece a contrapartida devida ao cidadão. Basta mostrar nossos péssimos dados
de logísticas e os índices mínimos do PAC para isso.
Também é
preciso lembrar que com o Estado monstro de 39 ministérios criados pelos
petistas. A máquina administrativa atual serve a interesses políticos, não ao
brasileiro.
Na revista Veja
desta semana há uma matéria de sete páginas sobre a inoperância administrativa
do governo. Os dados para a publicação foram obtidos junto à equipe do Siafi
do Democratas.
No Brasil
defendido pelo Democratas, a sociedade pagaria menos impostos e contribuiria
mais com a construção do bem estar de todos.
Chega de
depender de um Estado extremamente bem remunerado por nós, mas muito mal gerido
e incompetente.
Fonte:
Imprensa Democratas
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