segunda-feira, 15 de julho de 2013

Propostas fantasmas



Depois dos protestos de junho, os brasileiros têm sido bombardeados com iniciativas esdrúxulas do Palácio do Planalto.

São propostas inexequíveis como a Assembleia Nacional Constituinte para discutir a reforma política, um plebiscito para o mesmo tema, os investimentos urgentes de R$ 50 bilhões na infraestrutura, ou a ideia de enviar médicos recém-formados para trabalhar obrigatoriamente nos rincões do País.

Mas os momentos turbulentos que o País vive apenas explicitaram as propostas sem pé nem cabeça. Na verdade, desde o início tem sido uma marca da gestão PT lançar programas com grande estardalhaço que não irão virar realidade.

Com ajuda da Equipe de Orçamento do Democratas, reportagem da revista Época desta semana tentou rastrear a execução dos programas lançados pelo governo Dilma, constatou que eram apenas miragem no deserto.

Mostrou a reportagem que desde o começo do governo, houve 41 cerimônias de anúncios de grandes planos. Dilma lançou 17 Planos, 15 Programas e 6 Pactos – houve festa até para entrega de ônibus escolares e compra de retroescavadeiras.

Mas os resultados foram minúsculos. Nesses espetáculos, Dilma anunciou investimentos de pelo menos R$ 1,1 trilhão até o fim de seu governo, dos quais R$ 151 bilhões viriam da iniciativa privada.“Se já tivesse cumprido metade do que prometeu e investido incríveis 25% do PIB do país, o Brasil já seria a Dinamarca”, afirmou a reportagem.

A pedido da revista Época, a assessoria do Democratas realizou um levantamento, nas contas do governo, sobre os investimentos do governo Dilma. Do orçamento de 2011, apenas 55% foram gastos. Do orçamento de 2012, apenas 31%. Em 2013, nem 5% dos investimentos autorizados foram gastos – e faltam menos de seis meses para o ano acabar.

Leia a matéria do blog do senador José Agripino: http://migre.me/ftJ60

Mas a situação ainda é mais grave. Boa parte dos grandes anúncios que o governo faz no Palácio do Planalto não tem nem mesmo um correspondente orçamentário para ser acompanhado.

Em outras palavras, o governo lança o programa mas não sabe nem de onde nem como irão sair os recursos. Além disso, não há projetos, projeções ou mesmo equipe para tratar dos planos. Seria o mesmo que uma empresa lançasse uma grande campanha de publicidade para um produto que não existe.

O repórter da revista Época, Murilo Ramos, resolveu bater às portas do Ministério das Cidades para ver como anda a promessa da presidente Dilma de investir R$ 50 bilhões para mobilidade urbana. Avisaram ao jornalista que ainda não contam com os projetos.

Confira no site da revista CBN o relato do repórter sobre seu périplo em busca de informações:  http://migre.me/ftK92.


Mas em um setor do governo não falta recursos nem ideias: o marketing. Desde o começo da gestão Dilma, o governo gastou R$ 382 milhões em publicidade institucional.

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