Depois
dos protestos de junho, os brasileiros têm sido bombardeados com iniciativas
esdrúxulas do Palácio do Planalto.
São
propostas inexequíveis como a Assembleia Nacional Constituinte para discutir a
reforma política, um plebiscito para o mesmo tema, os investimentos urgentes de
R$ 50 bilhões na infraestrutura, ou a ideia de enviar médicos recém-formados
para trabalhar obrigatoriamente nos rincões do País.
Mas
os momentos turbulentos que o País vive apenas explicitaram as propostas sem pé
nem cabeça. Na verdade, desde o início tem sido uma marca da gestão PT lançar
programas com grande estardalhaço que não irão virar realidade.
Com
ajuda da Equipe de Orçamento
do Democratas, reportagem da revista Época desta semana tentou rastrear a
execução dos programas lançados pelo governo Dilma, constatou que eram apenas
miragem no deserto.
Mostrou
a reportagem que desde o começo do governo, houve 41 cerimônias de anúncios de
grandes planos. Dilma lançou 17 Planos, 15 Programas e 6 Pactos – houve festa
até para entrega de ônibus escolares e compra de retroescavadeiras.
Mas
os resultados foram minúsculos. Nesses espetáculos, Dilma anunciou
investimentos de pelo menos R$ 1,1 trilhão até o fim de seu governo, dos quais
R$ 151 bilhões viriam da iniciativa privada.“Se já tivesse cumprido metade
do que prometeu e investido incríveis 25% do PIB do país, o Brasil já seria a
Dinamarca”, afirmou a
reportagem.
A
pedido da revista Época, a
assessoria do Democratas realizou um levantamento, nas contas
do governo, sobre os investimentos do governo Dilma. Do orçamento de 2011,
apenas 55% foram gastos. Do orçamento de 2012, apenas 31%. Em 2013, nem 5% dos
investimentos autorizados foram gastos – e faltam menos de seis meses para o
ano acabar.
Leia
a matéria do blog do senador José Agripino: http://migre.me/ftJ60
Mas
a situação ainda é mais grave. Boa parte dos grandes anúncios que o governo faz
no Palácio do Planalto não tem nem mesmo um correspondente orçamentário para
ser acompanhado.
Em
outras palavras, o governo lança o programa mas não sabe nem de onde nem como
irão sair os recursos. Além disso, não há projetos, projeções ou mesmo equipe
para tratar dos planos. Seria o mesmo que uma empresa lançasse uma grande
campanha de publicidade para um produto que não existe.
O
repórter da revista Época,
Murilo Ramos, resolveu bater às portas do Ministério das Cidades para ver como
anda a promessa da presidente Dilma de investir R$ 50 bilhões para mobilidade
urbana. Avisaram ao jornalista que ainda não contam com os projetos.
Confira
no site da revista CBN o relato do repórter sobre seu périplo em busca de
informações: http://migre.me/ftK92.
Mas
em um setor do governo não falta recursos nem ideias: o marketing. Desde o
começo da gestão Dilma, o governo gastou R$ 382 milhões em publicidade
institucional.
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