quarta-feira, 10 de julho de 2013

Democratas contra explosão de Ministérios e estatais



O governo não para de criar órgãos estatais. Virou farra total. E essa onda não está fazendo com que haja mais investimento na economia, pelo contrário. O Estado torra cada vez mais os recursos públicos que deveriam ser destinados à melhoria das condições de vida da população.

A extrema facilidade de deliberação legislativa impulsionou o crescimento do número de estatais e Ministérios no Brasil na última década. Hoje, a Constituição permite a criação de órgãos públicos por lei ordinária, ou seja, por maioria simples. E também abre brecha para a edição de medidas provisórias sobre o tema.

Diante da crescente farra com o dinheiro público e fiel à formulação programática liberal do Democratas, o senador José Agripino Maia (RN) apresentou esta semana uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dificulta e enrijece a criação de Ministérios e estatais no país.

Pela PEC do senador, ministérios, órgãos e entidades da administração pública só poderão ser criados por meio de lei complementar. A proposta também proíbe expressamente a utilização de medida provisória com essas finalidades.

A aprovação de lei complementar é mais complicada porque exige quórum de maioria absoluta e votação nominal em dois turnos no plenário. Já as leis ordinárias e medidas provisórias precisam apenas da aprovação da maioria simples, que é a metade mais um dos presentes, e são votadas em apenas um turno.

Confira a íntegra da PEC: http://migre.me/fp3T8 

A ideia do presidente do DEM é frear a gastança pública e o vício estatizante do governo petista. O Brasil precisa de mais eficiência e menos desperdício.

Dessa forma, somente serão criadas novos órgãos quando for efetivamente necessário para melhorar a gestão pública, evitando-se a proliferação de instituições desnecessárias, que acabam se tornando verdadeiros cabides de empregos, monumentos à ineficiência, sugando recursos públicos e aumentando o custo Brasil”, diz Agripino na justificação da PEC.

O ranço de criar estatais foi ressuscitado nos últimos dez anos. De acordo com o Ministério do Planejamento, o país conta hoje com 150 empresas estatais – 43 a mais do que em janeiro de 2003. É uma curva que contraria o movimento ocorrido no governo Fernando Henrique Cardoso, quando a lista de estatais foi reduzida de 145 para 107.

A criação de ministérios também foi acelerada. A conhecida Esplanada dos Ministérios abrigava 21 ministros e secretários em 2002, e termina o ano de 2013 com 39 ministérios.

Dilma ainda pode ampliar esse recorde e chegar a 40ª pasta, se cumprir a promessa de criar o Ministério da Irrigação Nacional, feita aos governadores do Nordeste no início de 2012.

Trinta e nove ministérios revelam muito sobre uma questão peculiar: a falta de foco e de estratégia do governo, que gasta descontroladamente o dinheiro do contribuinte e afeta a capacidade de investimento da nossa economia. 
Somando o custeio de toda a máquina do governo federal - sem considerar investimentos -, o gasto é exorbitante: R$ 611 bilhões por ano.

Pela inépcia de muitos administradores e pelo inchaço de muitos setores, a máquina pública brasileira nunca foi reconhecida pela eficiência. As estatais, por exemplo, além de protagonizarem rotineiros casos de corrupção, são lentas e dispendiosas.

Só um exemplo: a Valec, estatal responsável pela construção de ferrovias, gastou apenas 39,8% do total de recursos dos orçamentos de 2011 a 2013 para as obras no setor. O percentual equivale a R$ 2,7 bilhões dos R$ 6,8 bilhões reservados inicialmente.

Em 2012, o TCU identificou que a compra de dormentes e acessórios para implantar parte do trecho da Ferrovia Norte-Sul e da Ferrovia Oeste-Leste teve seu orçamento inflado em R$ 400 milhões.

O Estado brasileiro não pode mais continuar centralizando as decisões e tentando resolver todos os problemas com o consequente inchaço e ineficiência administrativa. É hora de frear os delírios estatistas do atual governo.


A aprovação desta PEC certamente contribuirá para a modernização da estrutura administrativa brasileira, a redução do gasto público e da ineficiência, e para a valorização do poder Legislativo”, diz o senador José Agripino, presidente do DEM.


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