segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nem o Amor à Dilma salva Lupi


A crise no Ministério do Trabalho continua na mesma marcha vertiginosa dos escândalos anteriores, que já derrubaram cinco ministros. Um veículo de imprensa publica a denúncia, o ministro nega, tenta o obter a bênção da presidente Dilma Rousseff, se explica no Congresso, recebe apoio de parte da base governista, ataca a imprensa e parece que tudo vai acabar bem para o acusado. Mas, no fim de semana seguinte, novas denúncias botam tudo a perder.

No caso agora, o principal petardo contra o ministro do Trabalho, Carlos Luppi, partiu novamente da revista Veja. O ministro teria viajado em um avião particular bancado por um proprietário de ONGs que prestam serviços ao ministério.

Após oferecer as caronas ao ministro, uma das ONGs teria recebido benefícios, como o selo Parceiro de Aprendizagem, concedido a entidades que, em tese, prestam trabalho de excelência à pasta.

Tão grave quanto a viagem, foi o comportamento do ministro durante a última semana. Antes de a revista Veja ir às bancas, ele negou peremptoriamente conhecer o dono das ONGs com quem teria feito uma série de viagens em uma pequena aeronave, Aldair Meira.

“Eu não tenho relação nenhuma, com o – como é o seu nome – seu Aldair”, afirmou o ministro no Congresso. Se ficar comprovado que viajou com Aldair Meira, Lupi teria mentido aos parlamentares em uma comissão da Câmara. Registre-se que o único senador que já perdeu um mandato, Luiz Estevão, foi expulso do Congresso por ter faltado à verdade com seus colegas de trabalho.

Aldair Meira possui várias ONGs que prestam serviços ao ministério, como a Pró-Cerrado, a Renapsi e a Fundação Universitária do Cerrado. As entidades já ganharam R$ 10,8 milhões do Trabalho.

A Controladoria Geral da União encontrou irregularidades na ação dessas ONGs. Segundo a Veja, a Pró-Cerrado realizou pagamentos a empresas sem que houvesse justificativas condizentes.

Já a Renapsi nunca prestou contas de R$ 5 milhões recebidos do ministério. Outro forte indício de irregularidade é que as três ONGs possuem funcionários comuns, algo que pode facilitar os desvios de recursos, de acordo com os órgãos de controle.

Lupi, enquanto isso, continua com as bravatas de sempre. Após fazer declarações de amor à presidente Dilma Rousseff, no último sábado disse que irá acabar “no grito” com o ciclo de derrubada de ministros.

Na estratégia de tentar culpar a imprensa pelos próprios malfeitos, o ministério veio até com mais uma fanfarronice. Um blog da pasta passou a publicar as perguntas dos jornalistas como forma de constranger o trabalho da imprensa.

De qualquer maneira, a carona a Lupi será investigada pela Polícia Federal, mas as denúncias não param. Há de tudo. A Folha de S. Paulo, por exemplo, mostrou que um convênio suspeito beneficiou empresas de filiados do PDT.

A revista Isto É traz a entrevista de um sindicalista que acusa a equipe de Lupi de lhe cobrar propina.

O jornal Extra mostra que as Superintendências Regionais do Trabalho por todo o Brasil estão com os cargos de chefia loteados.

A cada denúncia publicada na imprensa o ministro Lupi reagiu com uma declaração estapafúrdia. Falou de amor à presidente, ódio aos meios de comunicação e revelou ser “osso duro de roer”. Mas não foi contundente e satisfatório no mais importante, em mostrar que não tem nada a ver com o festival de erros de seu ministério.

Fonte: Imprensa Democratas

Um comentário:

  1. Coitado FDP ele não sabe de nada, é uma vitíma rsrsrsrs PALHAÇADA rsrsrs

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