segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PT: Autoritários de plantão


O fato de a Secretaria da Mulher ter lutado para proibir um comercial de lingerie com a modelo Gisele Bündchen virou piada de salão. Mas a verdade é que certos integrantes do governo e do Partido dos Trabalhadores possuem uma verdadeira obsessão em censurar e controlar todos os setores da sociedade que não lhe fazem coro ou não dizem amém.

Em seu último Congresso, finalizado dia 4 de setembro, por exemplo, petistas afirmaram que o Brasil vive uma “conspiração midiática”. Propôs, mais uma vez, um “marco regulatório capaz de democratizar a mídia no país”.

Por trás de termos complexos como “monopólio cruzado”, o que o partido queria, com certeza, era um mecanismo pelo qual pudesse controlar o conteúdo que saísse na imprensa e nos meios de comunicação. Mas, obviamente, apenas os “conteúdos” desfavoráveis aos interesses do governo serão colocados sob judice em tal regulamentação.

Apesar do ridículo da situação de banir uma peça publicitária, o governo não parou em suas intenções de cerceamento. A Secretaria de Políticas para as Mulheres também decidiu interferir na novela Fina Estampa e no humorístico Zorra Total, ambos da TV Globo, por considerar haver “violência simbólica” contra a mulher nas peças de ficção.

A ministra da pasta, Iriny Lopes, enviou ofício à emissora sugerindo que a personagem Celeste, interpretada pela atriz Dira Paes, procure a Central de Atendimento à Mulher. A ministra pede ainda que o personagem agressor seja responsabilizado.

O intrigante no caso é que o governo quer determinar como uma trama novelística deve ser escrita. A intenção da ministra, mesmo que no caso seja ingênua, possui ecos stalinistas. Na União Soviética socialista, artistas não rezavam a cartilha do governo eram banidos, exilados e até mesmo mortos pela polícia política.

De acordo com Alon Feuerwerker, colunista do jornal Correio Braziliense, a secretaria erra feio. “Complicado haver um Ministério da Mulher que se reserva a atribuição de dizer o que pode e o que não pode ser dito. Amanhã poderá haver um governo que considere, por exemplo, o trabalho feminino fora de casa como fator de desintegração familiar”, afirmou.

Em entrevista ao mesmo Correio Braziliense, o professor de Comunicação da PUC-RJ, Sergio Mota, também coloca as coisas no lugar. Considera a ação da secretaria como uma tentativa de censura. “Isso é uma censura aberta. Tem tantas coisas mais importantes para a secretaria se preocupar, como o enfrentamento da violência contra a mulher, os assassinatos e a discriminação no trabalho”, disse.

A presidente Dilma Rousseff já deu uma série de declarações contrariando a intenção do PT em relação ao controle da mídia. No entanto o partido não desiste e pressiona o Planalto a enviar ao Congresso um projeto de lei nesse sentido.

A verdade é que o Partido dos Trabalhadores hoje é aliado de grande parte de seus adversários históricos. Como o PT tem não sabe fazer política sem enfrentar supostos inimigos, sobrou partir para cima da imprensa, uma das poucas instituições não cooptadas de maneira geral.

Já os antigos alvos como empreiteiras, os partidos fisiológicos, figuras expressivas como o ex-presidente José Sarney, entidades patronais, de alguma forma aderiram à base petista. Não devem, portanto, ser incomodados.

Além disso, o governo petista colocou em prática uma espécie de pulverização de recursos governamentais para publicações em todo o país. A verba distribuída é de R$ 10 bilhões por ano. São dezenas de jornais divididos pelas unidades da federação. O problema é que nem todos os órgãos se subordinaram às linhas editoriais propostas pelo governo.

O Democratas, como todos os partidos do Brasil, já foi alvo de investigação da imprensa. Ao contrário do PT, entretanto, respeitou os fatos e buscou punir os envolvidos em irregularidades. Jamais cogitou restrições ao trabalho jornalístico.

Pesquisa encomendada pelo Democratas junto ao Instituto GPP constatou que 69,5% dos brasileiros são favoráveis à liberdade irrestrita dos meios de comunicação. Discordam, portanto, da obsessão de setores do PT e do governo em censurar jornais, novela, peças de publicidade e até mesmo programa humorísticos.

Fonte: Imprensa Democratas

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