Grande parte da população brasileira, quando vai às compras, não sabe exatamente quanto paga de impostos sobre cada produto adquirido. Ao comprar um pão, por exemplo, o consumidor repassa 17% do total para os cofres públicos, e ao abastecer o carro com gasolina, o cidadão gasta 53% do valor do combustível em pagamento de taxas.
Para dar conhecimento à sociedade sobre a quantidade de impostos pagos em cada compra efetuada, o deputado federal Felipe Maia (DEM) apresentou projeto de lei (PL 2195/11) determinando a discriminação nas notas fiscais dos tributos incidentes sobre bens e serviços.
“O objetivo da proposta é conceder à sociedade informações sobre o valor dos tributos pagos no momento em que efetua uma compra ou paga por algum serviço. Essa ciência é importante para que o cidadão possa cobrar do governo o bom uso dos recursos por ele pagos”, explicou o parlamentar.
De acordo com o deputado, os brasileiros repassam tributos ao governo, de forma direta ou indireta, sem saber exatamente o que pagam e quais são as alíquotas recolhidas. “A política fiscal de hoje se preocupa apenas em arrecadar. Os cidadãos, por outro lado, a cada dia pagam mais impostos e não conhecem os valores e a quantidade de taxas pagas sobre cada produto. Então queremos oferecer os meios para se obter esta informação. Contudo é fundamental que o povo saiba que financia cada centavo das despesas públicas”, destacou Felipe Maia.
Carga tributária brasileira
A carga tributária brasileira está entre as mais altas do mundo. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), em 2011, os governos federal, estaduais e municipais devem arrecadar cerca de R$ 1,45 trilhão.
“É certo que países desenvolvidos têm a carga tributária maior que a brasileira. A diferença é que a população recebe serviços de qualidade em troca. Já no Brasil, além de pagar altos impostos, o cidadão ainda gasta com educação, saúde e segurança porque o sistema público não funciona de forma satisfatória”, ressaltou o deputado.
Fonte: Imprensa Democratas Nacional
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