terça-feira, 21 de maio de 2013

Um mastodonte empacado





Levantamento do Sistema de Administração financeira do Democratas para o jornal O Globo mostrou o tamanho do peso de um Estado gigantesco nas costas dos brasileiros.

Apenas manter a estrutura administrativa de nosso incrível ministério de 39 pastas, o governo gasta R$ 58 bilhões ao ano, mais do que o dobro do que é destinado ao programa Bolsa Família – R$ 24,9 bilhões.

No total, o orçamento para custeio de toda a engrenagem federal chega a RS 377,6 bilhões.

Nesse valor de R$ 377,6 bilhões estão incluídos, por exemplo, órgãos técnicos, empresas públicas, universidades, escolas e institutos técnicos federais.

Já o funcionalismo federal reúne quase 1 milhão de servidores ativos e inativos. Custaram ao país, em 2012, R$ 156,8 bilhões.

O Globo fez uma comparação: a verba total destinada a investimentos do governo federal é de R$ 110,6 bilhões. Para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estão previstos R$ 75 bilhões em 2013. Em investimentos, aplica-se menos do que 1/3 do custo da máquina.

Ao entregar o 39º ministério ao PSD do adesista Gilberto Kassab, o PT apenas corroborou a fala do conselheiro do governo, o empresário Jorge Gerdau Johanpeter, que considerou o tamanho do ministério dilmista uma “burrice e uma irresponsabilidade”.

A título de comparação, o ex-presidente Fernando Henrique deixou o governo, em 2002, com 24 pastas.

A situação é tão exdrúxula que hoje governo federal precisa ocupar prédios por todo o Plano Piloto de Brasília para abrigar seus ministérios. A Esplanada, projetada Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, possui apenas 19 edifícios.

O Ministério do Planejamento alega que as despesas da União com a criação de novas estruturas e com a manutenção das já existentes têm como objetivo "responder às necessidades de investimentos no país; melhorar a qualidade dos serviços prestados à população; atender à expansão de políticas públicas no território nacional e atender demandas da população por novas políticas públicas".

Mas o governo tem cumprido o seu papel com essa estrutura gigantesca?

A resposta pode estar na incapacidade do governo em tocar obras fundamentais no país como a transposição do rio São Francisco ou a ferrovia Norte Sul.

A resposta pode estar em matéria do próprio Globo de domingo. Reportagem revela que 89 das 138 obras de saneamento das grandes cidades estão paradas.

A resposta, mais dramática, pode estar nas dificuldades até mesmo em lidar com a miséria.

Reportagem da Folha de S. Paulo de ontem mostrou que 22,3 milhões de pessoas voltaram a entrar na linha da miséria apenas com o último descontrole da inflação.

Democratas defende a enxugamento das estruturas administrativas do governo tendo em vista exatamente a eficiência e o bem-estar da população. O governo tem feito o contrário e o Brasil começa a pagar caro demais por isso.

Fonte: ASCOM Democratas

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