Israel Leonardo Batista, ex-chefe da comissão de licitação da Agricultura, afirmou ontem (15) que o Ministério da Agricultura foi "corrompido" após a chegada de Wagner Rossi à pasta. Segundo Batista, o ministro colocou pessoas no ministério que "vão assinar o que não devem".
Em entrevista à José Ernesto Credendio e Andreza Matais, publicada nesta terça-feira na Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha), o ex-chefe da comissão de licitação do ministério, Israel Leonardo Batista afirmou que o ministro "desarranjou" o setor nomeando pessoas que "vão assinar o que não devem".
Ele reafirmou que o lobista Júlio Fróes lhe entregou um envelope com dinheiro dentro do ministério depois da assinatura de um contrato milionário da pasta com uma empresa que o lobista representava.
Israel disse que as fitas do circuito interno da pasta podem comprovar se Rossi conhece ou não o lobista. Segundo ele, o ministro irá atrapalhar as investigações se permanecer no cargo.
OUTRO LADO
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, não comentou as suspeitas de irregularidades na pasta levantadas pelo servidor Israel Leonardo Batista em entrevista à Folha.
Disse, no entanto, que ele deve apresentar mais nomes e provas sobre pessoas envolvidas no esquema.
SUSPEITAS
O Ministério da Agricultura é alvo de suspeitas de irregularidades desde que ex-presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Oscar Jucá Neto, irmão do líder no governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), afirmar em entrevista à revista "Veja" que "há bandidos" no órgão e sugerir que o ministro Wagner Rossi participava de esquemas de corrupção.
Em entrevista, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que as denúncias contra sua pasta podem ser fruto de disputas entre grupos rivais dentro do ministério e da Conab.
Fonte: Folha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário