por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar,
podem ser ensinadas a amar."
(Nelson Mandela - Prêmio Nobel da Paz 1993)
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os escravos eram propriedade de seu senhor, não possuindo assim qualquer direito.
Foram longos dias de sofrimento e subordinação perversa a qual o negro era submetido. Nós éramos tratados apenas como uma mercadoria, comprados e alugados a todo o momento, as escravas além de todo sofrimento pelo qual estavam sendo submetidas, ainda tinham o desconforto de serem abusadas sexualmente pelos seus senhores. As famílias negras foram dilaceradas, mães e pais separados dos seus filhos e de lembranças só restavam à imagem na memória.
Os escravos eram vigiados pelo capitão - do - mato, que também era responsável pelas capturas dos escravos que tentavam a fuga e lhe aplicava severo castigos como o açoitamento, o tronco, peia entre outras punições.
Ao contrario do que se diz por aí, assim como os indígenas os negros africanos promoviam formas de resistência, a mais conhecida foram os Quilombos, uma sociedade formada por escravos que fugiram de seus “senhores”, o mais conhecido Quilombo dos Palmares. Além dos quilombos tiveram suicídios, assassinatos, rebeliões, abortos e revoltas organizadas contra os senhores.
Em 13 de maio de 1888, o governo imperial rendeu-se as pressões e a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Vale lembrar que o Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão.
Ao fim desse triste período da nossa história, mal sabíamos que ainda iríamos enfrentar novas paginas. Os escravos foram jogados ao vento sem destino e sem condições de sobreviver dignamente, após anos de trabalhos forçados. Assim os escravos após uma longa odisséia se fixarão nas grandes cidades, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, onde ergueram os bairros africanos, origem das favelas modernas.
São 121 anos de luta após a abolição e ainda vivenciamos diariamente com o Racismo e o preconceito cotidiano. Contudo acredito que somos iguais e vamos perceber isso, como disse Martin Luter King:
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia
os filhos dos descendentes de escravos
e os filhos dos desdentes dos donos de escravos
poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Nós não precisamos de heróis para que possamos viver juntos e de mãos dadas, apenas precisamos enxergar o outro dentro de nós.
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