terça-feira, 13 de novembro de 2012

O governo que copia o Democratas




Boa parte dos êxitos do atual governo se deve a medidas que seus integrantes sempre condenaram e depois que tomaram o poder resolveram manter ou se aprofundar.

Entre essas medidas estão a manutenção das metas de inflação, da Lei de Responsabilidade Fiscal, do superávit primário, do câmbio livre, e dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

A mais nova do PT é se apropriar de uma ideia original do DEM: a regulamentação da profissão de lobista. O lobby é uma ação legítima, necessária, porém pode estar no limite entre a falta de ética e o interesse público. Por isso deve se submeter ao rigor da lei.

O governo já tem um projeto pronto na Casa Civil para regularizar o lobby, mas talvez endosse uma proposta de 2007 do deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

·        Confira: http://migre.me/bMg5h

Falta dizer que o ex-vice-presidente da República Marco Maciel apresentou um projeto nos mesmos moldes que tramita no Congresso há 22 anos. Atualmente está na Câmara com o nome PLS 203/89. Mais uma vez o DEM esteve na vanguarda de uma proposta importante para o País.

·        Veja: http://migre.me/bLhdC

De qualquer maneira, todas as propostas que estão no Congresso, tanto do DEM como do PT, determinam que os lobistas deverão se registrar no órgão público onde irão atuar e devem portar crachás de identificação. Ao fazer o registro, precisarão informar quais são os interessados em seus serviços e as matérias que querem ver aprovadas ou rejeitadas. As empresas de lobby serão obrigadas a informar seus gastos ao Congresso, em detalhes.
Mesmo sem regulamentação, a atividade de lobby é oferecida por dezenas de empresas no Brasil. A Universidade de Brasília mantém um curso de especialização em "assessoramento parlamentar”. Nos EUA e na Europa é uma profissão consolidada.

O lobby pode ser bastante benéfico à sociedade. Há, por exemplo, movimentos para diminuir a carga tributária em materiais escolares, em apoio ao projeto apresentado pelo presidente do Democratas, José Agripino.

Hoje é inegável que o PT foi eficiente no movimento de tomar bandeiras que eram da oposição. A mais conhecida delas é a Bolsa Família, união de uma série de programas sociais criados na gestão do PSDB/PFL.

É sempre bom lembrar: o PT sempre atacou os programas de transferência de renda. Considerava ações neoliberais. Até mesmo o ex-presidente Lula se posicionou publicamente contra esse tipo de assistência social nos moldes do atual Bolsa Família.

Reveja esse clássico da demagogia nacional, o presidente Lula criticando a política de conceder bolsas aos mais carentes: http://migre.me/bLel6

Além de manter as antes condenadas bolsas, com o tempo o governo também percebeu que em vários setores o melhor para o País seria passar o controle para a iniciativa privada. Sem maiores autocríticas concedeu centenas de quilômetros de estradas e se prepara para privatizar portos e aeroportos.

No caso dos aeroportos, em especial, o Democratas foi um pioneiro na iniciativa de propor a concessão ao setor privado.

Curiosamente, as áreas em que o governo federal mais fracassou foram as em que resolveu manter a ideologia antiga intacta. Como exemplos podem ser citados o enfraquecimento das agências reguladoras, os fracassos nas parcerias-público-privada e a área do Petróleo.

Devido a problemas insolúveis geradas por uma lei estatizante, até hoje a Petrobras não conseguiu extrair uma gota das reservas descobertas no pré-sal. Todas as licitações encontram-se paralisadas. As áreas onde há produção são apenas aquelas já licitadas anteriormente à mudança na lei.

A regulamentação do lobby é apenas o exemplo mais recente. Tardiamente, entretanto, a oposição tenta reagir a esse movimento de pilhagem de ideias. Capitaneado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso há um movimento de recuperar as bandeiras que já foram publicamente da oposição.

No caso do DEM, a implantação das novas concepções administrativas irá continuar, em Salvador. Das bandeiras da oposição o novo prefeito ACM Neto irá se valer das parcerias-público-privadas para tocar as obras que irão desafogar as principais vias da cidade. Será questionado, criticado e, após o sucesso da medida, bastante copiado pelo País a fora.

Fonte: Imprensa Democratas 

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